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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Novos posts no minimalizo, parte 7

Resolvendo aquelas pendências que ficam sempre para depois
13 de junho
Sabe aquelas pendências chatas que a gente sabe que tem que resolver, mas que acaba deixando para lá, porque não tem muito impacto imediato na nossa vida?

Como comecei a minha caminhada no minimalismo
26 de junho
Minha história no minimalismo começou em 2012 por uma necessidade prática: eu precisava organizar todas as minhas coisas em um espaço menor.

Comprar na promoção não é deixar de gastar
04 de julho
Uma das armadilhas do consumismo é nos atrair para comprar algo que não precisamos porque está em promoção. Mas você não estará deixando de gastar.

Pobre é quem precisa de muito para viver
12 de julho
A frase do Mujica faz sentido do ponto de vista filosófico e prático. Principalmente para quem busca liberdade - a tão sonhada independência financeira.

Os custos irrecuperáveis e as dificuldades de desapegar
20 de julho
Custos irrecuperáveis são um conceito da economia usado quando investimos em algo que não dá o retorno que queríamos, mas não temos como voltar atrás. 

terça-feira, 10 de abril de 2018

Novos posts no minimalizo, parte 5

Espero que vocês gostem dos novos posts :)

O carnaval, os excessos e a liberdade
10 de fevereiro
Carnaval é época de festas sem parar, de não ter hora para nada e de se entregar sem culpa aos excessos. Na origem religiosa do feriado, era uma despedida antes dos sacrifícios da quaresma. Antes de ter que se controlar em vários sentidos, é uma oportunidade para fazer o oposto, por uns dias.

O Poder do Hábito (Parte 3): Acreditar nos faz mais fortes
01 de março
Hábitos são mecanismos poderosíssimos para que consigamos atingir objetivos e melhorar nossa qualidade de vida. E é possível criar hábitos, e até substituir aqueles que nos fazem mal por outros melhores. Mas não é fácil e nem necessariamente rápido.

A importância dos limites entre vida pessoal e profissional
13 de março
Uma das maiores vantagens do minimalismo é percebermos como ter foco naquilo que é importante nos permite ser mais eficientes e felizes. Para isso precisamos definir limites, e aquele entre a vida pessoal e profissional é dos mais impactantes e ao mesmo tempo dos menos respeitados.

Guardando para uma ocasião especial, a grande bobagem
26 de março
Sabe aquela bobagem que a gente tem de guardar coisas chiques/boas/caras para uma futura e hipotética ocasião especial? Seja um perfume, uma roupa, um vinho, um charuto, talheres... Guardamos para um dia que pode nunca chegar.

Saem roupas de verão, entram roupas de inverno
06 de abril
 O verão terminou e por aqui já começou um vento frio. Aproveitei então para fazer minha já tradicional troca de quando mudam as estações: tiro as roupas de inverno lá de cima do armário e guardo as de verão no lugar. Pode parecer pouca coisa, mas é algo simples que traz praticidade e um uso melhor do que eu tenho.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Novos posts no minimalizo, parte 4

Olá!

Seguem mais posts novos que estão lá no novo endereço.

Definindo prioridades e dando um passo de cada vez
23 de outubro
Sabe quando temos um projeto grande para realizar ou simplesmente muitas pendências para resolver e ficamos paralisados diante de tanta coisa?

Desapegando dos meus rastros de tralha
20 de novembro
Engraçado como tralha é algo que se espalha. Eu já saí da casa da minha mãe há quatro anos, mas até hoje tem uns rastros meus por lá.

Por metas e resoluções que nos façam felizes
09 de janeiro
Metas e resoluções de ano novo são ótimas para nos motivar a correr atrás de objetivos que são importante, mas nem sempre fáceis de alcançar. Juntar tanto de dinheiro, perder tanto de peso, dormir e acordar cedo... São objetivos lindos, mas que dão um trabalho danado para se chegar lá.

Organizando e-mails, desapegando e descadastrando
17 de janeiro
Nossas caixas de e-mail pessoais deixaram de ser um meio de comunicação para ser alvo de recebimento de contas, propagandas e notificações. E a gente recebe essas mensagens mesmo quando não quer. Fica fácil perder o controle.

Como saber quando realmente precisamos consumir?
31 de janeiro
Um dos princípios básicos do minimalismo é questionar o consumo. Mas, como não conseguimos produzir tudo que precisamos, diminuímos mas continuamos consumindo.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Novos posts no minimalizo, parte 2

Compartilhando os últimos posts que estão no novo endereço :)

Deixa as pessoas fazerem as escolhas delas
14 de fevereiro
Sabe quando alguém conta que é vegano ou não quer ter filhos, e outro vem listar os motivos pelos quais aquela não é uma boa escolha? Não seja essa pessoa.

TV a cabo: já tive, não tenho e por que não vou ter mais
07 de março
Eu tinha TV a cabo e assistia muito. Quando fui morar com o Roberto, deixamos para colocar depois, e esse depois acabou nunca chegando.

A melhor dica de organização de todos os tempos
21 de março
Lendo sobre organização, encontro dicas ótimas sobre como separar as coisas, onde guardá-las... Mas a melhor dica de organização é: tenha poucas coisas.

Por que não comprar um apartamento
12 de abril
Comprar apartamento pode ser ótimo, mas tenho motivos práticos, financeiros e de momento para continuar morando de aluguel por um bom tempo.

O Poder do Hábito (Parte 1): Quando o Minimalismo vira Hábito
17 de maio
Estou lendo "O Poder do Hábito" e agora entendi por que o meu mote de praticar o minimalismo devagar e sempre tem dado tão certo: se tornou um hábito.

A mudança e como o minimalismo me ajudou mais uma vez
04 de julho
Agora que terminei de mudar de apartamento, tive mais uma vez várias amostras de como o minimalismo traz inúmeras vantagens para a minha vida.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Os hobbies e o risco de acumular objetos desnecessários

Definidos os hobbies que queremos praticar, é hora de avaliar os objetos relacionados.

Primeiro, acho importante se livrar daqueles de hobbies que não se quer manter mais. Não faz sentido ficar guardando para um possível retorno. Se você não curte agora, não vai curtir depois. Tem hobbie demais por aí para ficar praticando um só porque comprou um monte de coisa para isso. Doe, venda, troque ou dê um outro uso.

Fiz tênis durante uns anos, até machucar o punho. Depois que me recuperei, percebi que não iria mais voltar porque não cabe mais na minha rotina. Doei minhas bolinhas e a raquete. Tenho usado as roupas para correr. Por mais que eu possa voltar um dia, não faz sentido ficar anos guardando aquilo tudo. Se bobear e eu voltar mesmo, a raquete que eu tinha já vai estar ultrapassada e as roupas estariam puídas. Não faz sentido.

Em segundo lugar, é importante não cairmos na armadilha de comprar todas as tralhas relacionadas ao hobbie. Lembro de colegas do tênis que iam fantasiados de Roger Federer. Blusa, bermuda, boné, munhequeira, meia, tênis, raqueteira, garrafinha... Tudo de marca. Não preciso nem falar que isso não fazia deles melhores jogadores... 

Roger Federer e sua linha de roupas de 2013. Garanto que o motivo de ele ser foda não são as roupas. Na verdade, as roupas só existem porque ele é foda.
Claro que há ferramentas e roupas que fazem diferença no conforto e até na eficiência. Alguns produtos de baixa qualidade podem até fazer você machucar. Mas tem um tanto de coisa que é só estética. Ou só marketing. Ou nem isso.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Guest post: diminuindo o guarda-roupa devagar e sempre

A Anne Elise deixou um comentário no post anterior contando como foi praticando a ideia de desapegar devagar e sempre no seu guarda-roupa. Pedi a ela para publicar como post e aqui está.

Eu nunca curti fazer compras, e nem acumular coisas em excesso, mas não tinha muita noção do conceito de minimalismo. Em 2013 comecei a ler o blog e desde então as coisas começaram a ficar bem claras pra mim. Comecei a me esforçar pra ir diminuindo cada vez mais meus pertences (por questões ambientais, por paz de espírito, e pra doar a alguém que precise e vá fazer melhor uso).

No final de 2014, após voltar de uma estadia de 6 meses no Haiti (sou militar), percebi quanta roupa eu tinha! (mesmo considerando "pouco" quando comparado a maioria das mulheres que conheço). Fiz uma limpa geral.

Como trabalho uniformizada, uso muito pouco as minhas roupas "civis". A maioria delas estava muito bem conservada, por isso eu tinha pena de doar. Pensava que poderia guardar, pra usar futuramente... Mas percebi o quanto esse pensamento não faz sentido. Por que esperar a roupa ficar velha pra doar? Quem receber, iria preferir receber uma roupa velha ou uma roupa nova? E aí vi que se formos dar algo pra alguém (presente ou doação) é bem melhor dar algo que eu gostaria de receber, do que algo em más condições, que eu não iria querer pra mim. Óbvio, né?

Pra conseguir determinar o que deveria ficar, e o que sairia, separei as roupas em algumas categorias: roupa pra festa de noite, roupas pra sair de noite (barzinho/boate), roupas pra saidinhas/festas de tarde, roupas pra usar no curso, roupas pra uso geral (ir no mercado), roupas pra ginástica/passear com cachorros, roupas pra ficar em casa etc. Depois de dividir em categorias, comecei a pensar na frequência de utilização.

Festas de tarde, por exemplo, eu havia ido em umas 3 no último ano (festas de crianças). E eu tinha 5 vestidos pra essa finalidade! Fiquei só com dois, e os outros três, embora novos e lindos, foram doados.

Roupas pra sair de noite, eu tinha várias, entre blusas (pra usar com calça jeans/social) e vestidos. Se eu sair uma vez por semana é demais, então mantive uns 5 conjuntos pra essa finalidade, e o resto foi doado. E assim por diante.

No fim, acho que reduzi minhas roupas quase pela metade (doei quase 100 peças).

Doei tudo em um centro espírita que faz um bazar, e vende bem baratinho: assim quem comprar - normalmente pessoas de baixa renda - vai poder comprar bem baratinho, e vai fazer bom uso (prefiro sempre vender bem barato a doar. Acho que quem paga pela coisa, por mais barato que seja, costuma cuidar melhor), e o Centro ainda ganha um dinheirinho pra ajudar na manutenção interna. E eu me livro daqueles montes de roupas guardadas.

Agora, quase 2 anos depois, tenho visto como já acumulei de novo. Não comprei nenhuma roupa nova desde então, mas minha irmã, minha mãe e uma amiga me deram algumas roupas que elas não queriam mais e ganhei algumas várias novas de presente (principalmente da minha mãe, que SEMPRE me dá presentes). Está na hora de fazer uma limpa de novo. E acho que essa época de fim de ano é uma ótima oportunidade de recomeçar.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Meu minimalismo é devagar e sempre

Uma das perguntas que mais escuto ao falar sobre minimalismo é: como adotar esse estilo de vida sem gastar mais? Minha primeira reação é sempre um estranhamento até eu lembrar que há uma ideia de que é preciso se livrar de todas as suas coisas e adquirir outras ditas minimalistas.

Essa pergunta apareceu novamente na entrevista que dei para o jornal Zero Hora, para a matéria Talvez você não precise de tudo o que tem, da Paula Minozzo. Desta vez resolvi organizar melhor as ideias sobre o assunto.

Primeiro há uma confusão normal entre o estilo de vida minimalista e o movimento estético minimalista. Não são exatamente a mesma coisa. O que têm em comum é a ideia de buscar o que é mais importante e eliminar aquilo que não é. Tem tudo a ver com foco. Isso pode se expressar de maneira estética ou não.

Para mim, buscar o essencial não quer dizer usar só branco e preto. Nem ter um armário cápsula ou um macbook. Focar no mínimo tem a ver com prioridade. Porque sabemos que não dá para ter tudo. Então eu quero ter na minha vida aquilo que é mais importante para mim. É questão de escolha.

Desde que comecei minha caminhada neste estilo, venho aos poucos avaliando o que eu quero manter, e o que é supérfluo. Não joguei meu armário todo fora e comprei outro. Não fiz isso com meus cosméticos, eletrônicos e nem com meus livros. Fui aos poucos consumindo o que eu já tinha, doando o que não queria e refletindo sobre minhas posses e seus usos.

Mas o mais importante é que, na hora de comprar algo novo, faço com muita consciência. Então meu armário e minha casa estão cada vez mais próximos do que eu considero ideal. E não gastei nada a mais por isso. Pelo contrário, gastei menos. Já que aproveitei o que eu já tinha e não adquiri inutilidades.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pequenas vitórias do desapego (sobre e-mails e esmaltes)

Uma caminhada minimalista é cheia de desafios, e são muitos mesmo e diversos. Alguns são mais impactantes, principalmente no início quando começamos a cortar todo o excesso que sem perceber fomos acumulando ao longo da vida. Doamos caixas e caixas de roupas, de livros, de enfeites... 

Mas o tempo vai passando... Vamos comprando com mais consciência... Os excessos já foram descartados... Nossa atenção começa a ser direcionada para não acumular novamente... E para aqueles pequenos desapegos que passaram despercebidos nos primeiros momentos. Este post é pra falar desses últimos.

Compartilhei com vocês quando me lancei o desafio de limpar minha caixa de entrada. Consegui ir trabalhando aos poucos e agora já tem algumas semanas que eu tenho mantido no máximo 5 e-mails ali, juntando todas as abas. Lindeza.

Minha caixa de e-mail antigamente (com 27 emails na aba Principal, 16 rascunhos e um tanto ainda em Social e Promoções)...
... e minha caixa hoje (com 3 emails na aba Principal, e as outras lindamente vazias).
Contei aqui ainda que estava repensando meus esmaltes. Fui usando e dando aos poucos. E agora estou com 6 cores, além da base e do ultra brilho.

Os esmaltes que eu tinha...
... e os que tenho agora.
Vou seguindo na minha caminhada. Devagar e sempre. Não deixando nenhuma dimensão da minha vida sem o cuidado de simplificar. E com isso indo colhendo cada vez mais os frutos de ter uma vida concentrada naquilo que realmente importa para mim.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

O dia que resolvi parar de tomar remédios

Desde quando meus exames apontaram colesterol alto e minha médica me prescreveu medicação para controlá-lo, estou pensando sobre a relação da nossa sociedade com os remédios.

Eu não quis tomar. Primeiro porque teria que consumir para sempre, depois porque o meu colesterol ruim não chega a estar tão alto assim, e outro motivo é que já pesquisei sobre o tema e não há consenso de que o colesterol seja esse vilão todo.

Aliás, já tem algum tempo que eu tenho desconfiado da indústria farmacêutica. Desde que comecei a reparar no tanto que ganham dinheiro e no tanto de representantes com suas pastas de couro com rodinhas lotando todos os consultórios médicos onde vou. Um dia ouvi dois conversando sobre as convenções e os bônus que eles ganhavam por desempenho, e sobre como os médicos também tinham acesso a esses "agrados".

Comecei a pensar ainda sobre meu uso de anticoncepcional. Conversei com amigas e fiquei sabendo de inúmeros problemas que os remedinhos causam, como trombose, dores de cabeça e o consenso sobre a diminuição da libido. Fiquei impressionada e fui pesquisar, mas é muito difícil achar informações precisas sobre esse tipo de medicamento justamente pela força da indústria farmacêutica.

Li ainda o texto Exaustos-e-correndo-e-dopados da Eliane Brum e fiquei pensando em como a gente tenta resolver nossos problemas todos tomando remédio.

"O corpo então virou um atrapalho, um apêndice incômodo, um não-dá-conta que adoece, fica ansioso, deprime, entra em pânico. E assim dopamos esse corpo falho que se contorce ao ser submetido a uma velocidade não humana. Viramos exaustos-e-correndo-e-dopados. Porque só dopados para continuar exaustos-e-correndo."

Porque se alimentar bem, ter hábitos saudáveis, praticar atividade física... Tudo isso dá trabalho e toma tempo. E, no nosso ritmo louco de correria, acabamos por deixar isso sempre para depois. E tentamos resolver comprando remédios.

Então parei de tomar anticoncepcional. Não vou tomar o remédio pro colesterol. Vou me dedicar cada vez mais a ter hábitos saudáveis, para que tomar remédio seja uma exceção e não a regra.


quarta-feira, 6 de julho de 2016

Seja generoso com o passado, mas aprenda com ele

Quando a gente escolhe levar uma vida consciente, precisamos ficar sempre refletindo, analisando, tentando entender se cada passo que damos está de acordo com o que acreditamos ou é apenas a decisão mais automática.

Acho a melhor maneira de levar a vida e não conseguiria ser de outro jeito. Mas dá trabalho. É um exercício diário e nem sempre simples. E a gente aprende todos os dias. Testa umas coisas, dá errado e aprende. Testa outras e dá certo. Fala uma bobagem, alguém explica que está errado. Lê mais um pouco, conversa com outras pessoas, revê conceitos, muda de ideia...

Tudo isso é maravilhoso e louvável. Como dizia um professor meu quando eu reclamava que não estava conseguindo aprender algo novo: "Consegue sim. Quando nasceu, você não sabia nem andar".

A gente vai aprendendo, e evoluindo. Então é normal a gente lembrar de atitudes e atos nossos do passado e se envergonhar. Ou ficar pensando: se eu não tivesse feito tal coisa, estaria bem melhor hoje.

Mas precisamos ter a humildade e a generosidade para reconhecer que naquela época a gente não sabia que estava errado, que fizemos o melhor de acordo com o conhecimento que tínhamos na época. Não adianta nadar ficar se martirizando. 

Por outro lado, ficar grudado em ideias antigas, sem se abrir pra aprender e evoluir, por ter muitas certezas, é um erro maior ainda. Reconhecer um erro do passado é um bom sinal de que temos senso crítico e que estamos melhorando a cada dia.

Mudar é lindo. Aprender é uma das nossas maiores dádivas. Não vamos desperdiçá-la.

terça-feira, 26 de abril de 2016

A dor, a falta, as lembranças e a gratidão

Na última semana, nossa cachorrinha morreu. A Xena ficou com a minha família por 15 anos. Foi nossa companheira em tantas fases, de tantas formas... Era a alegria de quando cada um chegava em casa.

Doeu e ainda dói. Nos primeiros dias, só de pensar no assunto eu chorava. Foi um final de semana inteiro de dor. Com o passar dos dias, outras preocupações da vida foram surgindo e dividiram minha atenção. Mas eu me sentia culpada. Achava que estava esquecendo dela, e que isso era uma injustiça. Ficava então mais triste.

Mas, com o tempo, comecei a me lembrar mais de todos os inúmeros momentos que tivemos a sorte de viver com ela. Desde que ela chegou miudinha e cheia de  pulgas na casa da minha mãe, quando ela foi crescendo e mordendo tudo que via pela frente, correndo desenfreadamente em volta da mesa, dormindo com a gente, fazendo os truques que ensinamos para ganhar comida, brincando com a  sua bolinha de estimação... As brincadeiras, os passeios... Sou muito grata por todos.

Na porta da casa da minha mãe, tem um quadro da Xena que minha irmã pintou. Toda vez que eu chego lá, faço um carinho no quadro e invoco essas memórias boas. Entro em casa com alegria, ao invés de tristeza, e na ausência dela eu mesma faço escândalo, grito que cheguei, abraço minha mãe e meus irmãos.

Estou tentando transformar a dor e a falta em boas lembranças e gratidão.

Quadro que minha super talentosa irmã, Ju Marinho, pintou da Xena. 

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Desapegando do pessimismo (ou vamos parar de reclamar)

Vivemos em tempos muito pessimistas. Nossa geração adora reclamar do tempo, reclamar do Brasil, reclamar das pessoas. Achamos que tudo está ruim. Que tudo era melhor no passado. Ou que tudo é melhor em outro lugar. Enfim... Reclamamos muito.

Tenho reparado que negatividade gera mais negatividade, e que por mais que desabafar tenha seu valor, reclamar é muito mais um hábito do que realmente necessidade de desabafo.

Como já falei outras vezes, acho natural que tenhamos foco maior no que está ruim do que no que está bom, já que o primeiro exige que façamos alguma coisa e o segundo é só deixar rolar. No entanto, tenho cada vez mais clareza de que precisamos dar mais relevância para as coisas boas sim, pois elas nos dão força inclusive para melhorar o que está ruim.

Além disso, há outro motivo para reclamarmos menos que me contaram dia desses. Quando tem alguma coisa incomodando a gente, e reclamamos sobre isso, nossa mente interpreta que já tomamos uma ação em relação ao problema, e acabamos então não fazendo nada pra realmente resolvermos a situação.

Então, além de trazer negatividade e outros sentimentos ruins, reclamar muitas vezes no impede de realmente tomar uma atitude para resolvermos nossos problemas.

Minha ideia então é tentar, novamente, reclamar menos e fazer mais.


reclamar

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Devolvendo livros dos outros

Uma das minhas metas para este ano é trazer tudo da casa da minha mãe que é meu para a minha casa. Muitas coisas já vieram. Nesta tarefa, descobri que tem alguns livros comigo que são de outras pessoas.

Se tem uma coisa que eu entendo menos do que acumular coisas, é não emprestar livro. Fora os de consulta, livros são feitos para serem lidos, não para decorar estantes. Então sempre emprestei os meus, e também sempre peguei alguns emprestados.

Nisso, muitos que eu emprestei ficaram pra sempre com os outros. E alguns dos outros ficaram comigo. Pessoas que se mudaram, ou que perdi o contato. Achei livros que eu nem lembrava que não tinha devolvido.

Já que hoje as redes sociais permitem que a gente tenha contato com quase qualquer pessoa, resolvi procurar os donos dos livros e devolver. Já devolvi 3 livros, e tenho essa pilha aí pendente. Vou ter que mandar alguns para outras cidades, mas não é problema pois os correios têm desconto para enviar livros.

Estou adorando. É uma chance de reconectar com amigos antigos e de esvaziar as estantes.

Desapego de livros
Livros que vou devolver, Nem são tantos assim...

terça-feira, 8 de março de 2016

Não somos obrigadas

Hoje é o dia internacional da mulher, o que deveria render várias reflexões, mas que na maioria das vezes só gera mensagens de parabéns vazias e mais pressão para que nós mulheres nos encaixemos em um modelo pré-determinado de feminilidade que não tem necessariamente a ver com o que é melhor para nós (às vezes, até o contrário).

Então desapegue-se de...

... enfeitar o mundo - não é sua obrigação estar sempre linda, magra, com roupas novas, maquiada, com unhas feitas para agradar aos outros. Isso gasta tempo e dinheiro, duas coisas que são muito valiosas. Você não é obrigada!

... ser mãe - não é um pré-requisito para ser uma "mulher completa". Ser mãe também gasta tempo e dinheiro, e todo mundo sempre incentiva, mas quem vai ter que cuidar da criança vai ser você, porque nossa sociedade não dá o apoio necessário e joga toda a responsabilidade pra cima da mãe. Você não é obrigada!

... ser um poço de generosidade - apesar de ser algo que, na minha visão de mundo, todo mundo deveria ser, não é justo colocar todo o peso de se pensar nos outros só nas mulheres. Ser gentil não é sua exclusiva obrigação, principalmente quando isso quer dizer ceder sempre, assumir responsabilidades que os homens evitam e engolir sapos. Você não é obrigada!

... ser uma pessoa que ama incondicionalmente - amar não significa se submeter a violências. O amor é uma coisa linda que deveria sim ser mais praticada, mas continuar em relações abusivas por causa dele não é sua obrigação. Um relacionamento (seja amoroso, fraternal, profissional e até de amizade) deve ser baseado no respeito mútuo. Seus sentimentos e bem-estar são tão importantes quanto os da outra pessoa. E infelizmente, em alguns casos, você vai ser a única preocupada com eles.

Então vamos ser felizes e fazer nossas escolhas de acordo com o que acreditamos e com o que queremos para as nossas vidas. Somos livres pra escolher o que queremos, seja ser mãe ou não, fazer unha ou não, ser boazinha ou não. A vida é nossa e é a gente que decide!

dia internacional da mulher

sexta-feira, 4 de março de 2016

Essa palavra

Sempre que me perguntam os motivos de eu ter adotado o minimalismo, falo da liberdade. Mas essa palavra solta assim parece tão pouco palpável e distante... Muitas vezes não é claro o apelo quando comparado a outros mais óbvios, como comprar uma roupa nova ou o último iPhone.

Mas eu tenho um truque. Sempre quando eu começo a ser tentada pelo consumismo ou começo a ficar apegada a alguma coisa, eu puxo uma memória de liberdade, e aí a decisão fica fácil.

O que eu senti logo após apresentar o TCC da pós-graduação. O sentimento de estar carregando uma mochila pesada e tirar ela das costas. Aquele momento em que chego em casa de um dia de trabalho e tiro o salto. Quando eu doei um sapato que eu não usava para alguém que adorou. O primeiro dia de férias. A sensação de quando pedi demissão de um emprego que eu odiava.

Tenho comprovado cada vez mais que as coisas às quais nos apegamos prendem a gente, e de uma maneira que não é positiva.

"...Ai dos felizes, porque são
Só o que passa!

Basta a quem baste o que lhe basta
O bastante de lhe bastar!
A vida é breve, a alma é vasta:
Ter é tardar..."

 O das quinas, Fernando Pessoa

"...Liberdade, essa palavra
que o sonho humano alimenta
que não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda..."

Romanceiro da Inconfidência, Cecília Meireles

liberdade

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A vida é muito curta pra assistir seriado ruim até o fim

Eu amo ficção. Livros, filmes e seriados. Gosto muito mesmo. Tanto que estou sempre lendo e assistindo. Mas tem uma decisão que eu tomei já há um tempo e da qual não me arrependo: não tenho o menor pudor de largar no meio. Já falei sobre isso em relação a livros, e agora falo sobre seriados.

Até dou uma chance, mas tem muita coisa boa por aí para eu perder meu tempo assistindo um seriado ruim até o fim só porque já comecei mesmo, ou porque todo mundo fala bem ou porque quero saber como termina a história. Prefiro ver outra coisa, ou ir até fazer algo diferente. 

Em 2015 exercitei muito essa escolha. Alguns seriados que larguei no meio foram: Narcos, Breaking Bad, Modern Family, Penny Dreadful e Game of Thrones.

Larguei mesmo. Ficou ruim, repetitivo ou não gostei desde o inicio mesmo todo mundo adorando... Não importa. Larguei e fui fazer coisas melhores.

Minha TV cheia de opções para assistir.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Desapego dos papéis (de novo)

Papel é dureza... A gente junta mesmo. É comprovante disso, daquilo, recibo, conta e por aí vai. 

Há muito tempo, eu já defini o que eu guardo e o que eu jogo fora imediatamente. Defini ainda que tem coisas que eu nem chego a pegar: segunda via de compra no cartão de crédito, conta de banco (selecionei a opção de receber por e-mail), nota fiscal (sempre opto pelo eletrônico também). Enfim...

Mesmo assim, de tempos em tempos, tenho que dar uma olhada na gaveta para jogar coisas fora que foram úteis, mas por um tempo determinado, como comprovantes de garantia vencidos.

Desta vez, além dessa limpa habitual, eu decidi jogar fora um tanto de exames que eu tinha. Como já tive anemia e falta de vitamina B12 pela falta de comer carne, além de uma gastrite bacteriana e colesterol alto na família, sempre gosto de comparar meus resultados de exame com os anteriores. Mas tem uns anos já que eu baixo os resultados pela internet, e eu tinha uns de papel de 2005. Muito antigos!

Os papéis da minha gaveta, e a própria no cantinho

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Saquinhos plásticos: diminuindo lixo e tralha

Sabe aqueles saquinhos transparentes que a gente usa em supermercado para pegar frutas e legumes? Eu sempre guardava para usar como lixo, mas fui guardando mais do que usando e enchendo a casa. 

Dia desses tive uma ideia: por que não reaproveitar esses saquinhos? E lá fui eu ao supermercado, com a minha sacola grande (já não uso aquelas de plástico branco), e dentro vários saquinhos transparentes. No começo, fiquei me achando estranha, mas no fim das contas foi ótimo. Já tem um mês que estou fazendo todas as minhas compras assim: reaproveitando os mesmos saquinhos.

Além de não acumular mais em casa, o que já estava enchendo minha área de serviço, eu gero menos lixo e consumo menos saquinhos. Uma situação daquelas que só tem lados positivos.


quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Desapegando dos esmaltes

Inicialmente parecia até perda de tempo fazer desapego de esmaltes, já que eu tenho tão poucos. Mas, justamente em um momento de recomeçar, gostei da ideia de algo mais simples.

Eu faço unha no salão. Eu já fiz em casa por um tempo, quando estava sem trabalhar, mas eu não consegui ficar habilidosa. Levava muito tempo e o resultado era sofrível. Mais pelo tempo do que pelo resultado, resolvi fazer no salão.

Então que eu tenho alguns esmaltes em casa. Alguns porque eu comprei na época em que eu tentei fazer minhas próprias unhas, e levo pro salão vez ou outra pra manicure usar. Outros para usar para fazer retoques, porque as pontas das minhas unhas sempre saem uns dias depois (a vida da dona de casa.. é uma luta danada).

Mas eu estava com muitos, para esse uso tão restrito. Resolvi então ir doando para a manicure. Cada semana estou levando um dos que eu tenho para ela aplicar pra mim, e deixo o esmalte com ela. Meu objetivo é ficar com no máximo 5 vidros no fim.

Os esmaltes que eu tenho no momento, já sem 4 que eu doei. O objetivo é chegar em 5.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Na dúvida, escolhi desapegar

Volta e meia, eu analiso as coisas que eu tenho para escolher algumas para doar ou jogar fora, mantendo assim um número de posses que realmente seja condizente com minhas necessidades e vontades.

Quando faço isso, adoto vários critérios para fazer minhas escolhas. Estou sempre refletindo para definir o que pode ser um bom motivo para me desapegar de algo. Muitas dessas definições eu compartilho aqui com vocês.

Mas há casos em que eu eu fico na dúvida. É uma roupa que não costumo usar muito, mas vez ou outra ainda visto. É um fone de ouvido antigo que não é muito bom, eu tenho outro melhor, mas ainda funciona. É um chinelo desses de casamento que é maior do que meu pé, mas ainda dá para usar. Enfim... Casos não tão óbvios.

Antigamente, na dúvida eu guardava a coisa por mais um tempo até decidir. Mas agora estou fazendo o contrário. Quando não tenho um motivo claro, mas ainda assim estou pensando em doar ou jogar algo fora, eu desapego. Até agora, não me arrependi de nenhuma dessas escolhas, e tem até me ajudado a definir outros motivos para desapegar.