A Anne Elise deixou um comentário no post anterior contando como foi praticando a ideia de desapegar devagar e sempre no seu guarda-roupa. Pedi a ela para publicar como post e aqui está.
Eu nunca curti fazer compras, e nem acumular coisas em excesso, mas não tinha muita noção do conceito de minimalismo. Em 2013 comecei a ler o blog e desde então as coisas começaram a ficar bem claras pra mim. Comecei a me esforçar pra ir diminuindo cada vez mais meus pertences (por questões ambientais, por paz de espírito, e pra doar a alguém que precise e vá fazer melhor uso).
Eu nunca curti fazer compras, e nem acumular coisas em excesso, mas não tinha muita noção do conceito de minimalismo. Em 2013 comecei a ler o blog e desde então as coisas começaram a ficar bem claras pra mim. Comecei a me esforçar pra ir diminuindo cada vez mais meus pertences (por questões ambientais, por paz de espírito, e pra doar a alguém que precise e vá fazer melhor uso).
No final de
2014, após voltar de uma estadia de 6 meses no Haiti (sou militar),
percebi quanta roupa eu tinha! (mesmo considerando "pouco" quando
comparado a maioria das mulheres que conheço). Fiz uma limpa geral.
Como trabalho uniformizada, uso muito pouco as minhas roupas "civis". A maioria delas estava muito bem conservada, por isso eu tinha pena de doar. Pensava que poderia guardar, pra usar futuramente... Mas percebi o quanto esse pensamento não faz sentido. Por que esperar a roupa ficar velha pra doar? Quem receber, iria preferir receber uma roupa velha ou uma roupa nova? E aí vi que se formos dar algo pra alguém (presente ou doação) é bem melhor dar algo que eu gostaria de receber, do que algo em más condições, que eu não iria querer pra mim. Óbvio, né?
Como trabalho uniformizada, uso muito pouco as minhas roupas "civis". A maioria delas estava muito bem conservada, por isso eu tinha pena de doar. Pensava que poderia guardar, pra usar futuramente... Mas percebi o quanto esse pensamento não faz sentido. Por que esperar a roupa ficar velha pra doar? Quem receber, iria preferir receber uma roupa velha ou uma roupa nova? E aí vi que se formos dar algo pra alguém (presente ou doação) é bem melhor dar algo que eu gostaria de receber, do que algo em más condições, que eu não iria querer pra mim. Óbvio, né?
Pra
conseguir determinar o que deveria ficar, e o que sairia, separei as
roupas em algumas categorias: roupa pra festa de noite, roupas pra sair
de noite (barzinho/boate), roupas pra saidinhas/festas de tarde, roupas
pra usar no curso, roupas pra uso geral (ir no mercado), roupas pra
ginástica/passear com cachorros, roupas pra ficar em casa etc. Depois
de dividir em categorias, comecei a pensar na frequência de utilização.
Festas de tarde, por exemplo, eu havia ido em umas 3 no último ano (festas de crianças). E eu tinha 5 vestidos pra essa finalidade! Fiquei só com dois, e os outros três, embora novos e lindos, foram doados.
Roupas pra sair de noite, eu tinha várias, entre blusas (pra usar com calça jeans/social) e vestidos. Se eu sair uma vez por semana é demais, então mantive uns 5 conjuntos pra essa finalidade, e o resto foi doado. E assim por diante.
No fim, acho que reduzi minhas roupas quase pela metade (doei quase 100 peças).
Festas de tarde, por exemplo, eu havia ido em umas 3 no último ano (festas de crianças). E eu tinha 5 vestidos pra essa finalidade! Fiquei só com dois, e os outros três, embora novos e lindos, foram doados.
Roupas pra sair de noite, eu tinha várias, entre blusas (pra usar com calça jeans/social) e vestidos. Se eu sair uma vez por semana é demais, então mantive uns 5 conjuntos pra essa finalidade, e o resto foi doado. E assim por diante.
No fim, acho que reduzi minhas roupas quase pela metade (doei quase 100 peças).
Doei tudo em um centro espírita que faz um bazar, e vende bem baratinho: assim quem comprar - normalmente pessoas de baixa renda - vai poder comprar bem baratinho, e vai fazer bom uso (prefiro sempre vender bem barato a doar. Acho que quem paga pela coisa, por mais barato que seja, costuma cuidar melhor), e o Centro ainda ganha um dinheirinho pra ajudar na manutenção interna. E eu me livro daqueles montes de roupas guardadas.
Agora, quase 2 anos depois, tenho visto como já
acumulei de novo. Não comprei nenhuma roupa nova desde então, mas minha
irmã, minha mãe e uma amiga me deram algumas roupas que elas não queriam
mais e ganhei algumas várias novas de presente (principalmente da minha
mãe, que SEMPRE me dá presentes). Está na hora de fazer uma limpa de
novo. E acho que essa época de fim de ano é uma ótima oportunidade de
recomeçar.
O próximo passo, nessa coisa do desapego, é pedir para as pessoas não comprarem presentes para ti! :) Como se diz, o melhor presente é proporcionar experiências e dar um pouco do seu tempo à pessoa presenteada!
ResponderExcluirAh, mas minha mãe adora me dar presente, ainda mais que eu moro em outra cidade, então sempre que vou visitá-la, tem um monte me aguardado. Já tentei falar que quase não uso roupas "civis" no meu dia a dia, que to com muitas, mas não adianta...
ExcluirO que eu faço agora é não comprar mais NADA pra mim, a não ser que seja algo bem específico ou que precise com urgência. Uso agora só roupas/sapatos que ganho de presente.
E outra coisa que comecei a fazer agora, é dizer pra ela as coisas que eu quero (de consumo), mas que não costumo comprar pelo preço elevado. A primeira foi sal rosa do Himalaia. Funcionou. Na última vez que estive na casa dela, ganhei um pacote de sal e nenhuma roupa/sapato.
Na próxima vou falar sobre óleo de coco... rsrsrsrsrs
Hahaha! Boa estratégia, Anne!
ExcluirRealmente falar pras pessoas que não queremos presentes nem sempre funciona. Algumas não dão mais. Outras entendem, mas continuam a dar falando que o fazem porque gostam. Aí acho até chato falar que não quero. Aceito, agradeço e incorporo no meu uso ou troco.
Adorei seu jeito de lidar com a questão. Mães realmente dão muito presente. A minha me dá comidinhas, o que eu adoro.
que legal essa ideia de pensar as atividades da vida! já estou aqui pirando nas coisas que posso fazer, e continuar meu destralhamento também!
ResponderExcluirAdorei também! :)
ExcluirMesmo sem comprar conforme ganhamos peças, acabamos acumulando sem perceber, por isso eu tenho feito sempre uma limpa, se não uso já sai, se não vou usar já sai, assim o pouco espaço que tenho não fica cheio! Se a gente deixar pra lá vai sempre acumular...
ResponderExcluirTem toda razão, Drevys! Também faço a mesma coisa :)
ExcluirComo compreendo... A minha mãe adora oferecer-me roupas!
ResponderExcluirPrecisei de a ir educando e hoje em dia já dá bem menos, mas a minha estratégia era se entra uma (mesmo que oferecida), sai outra do armário. Se não gosto tanto da peça oferecida quanto das que tenho, é essa que sai. Há-de haver outra pessoa que goste.
No entanto, a minha mãe conhece bem os meus gostos e eu costumo gostar das peças, por isso saiem outras.
É uma forma de controlar.
Mas também gostei da estratégia do sal rosa e o óleo de coco. ;)
Beijo e bom destralhe!
Sofia
http://ideiasdetrazerporcasa.pt
Essa de sair uma sempre que entra uma é ótima! Também faço isso e adoro os resultados :)
ExcluirBeijo!