terça-feira, 28 de julho de 2015

Por que desapegar aos poucos

Eu não acredito muito em mudanças radicais. Eu nunca seria aquelas pessoas de jogar todas as minhas coisas fora e ficar com... sei lá... 15 peças de roupa, só coisas que caibam em uma mala ou coisa do tipo. Não sou muito de atalhos. Não acredito muito na eficiência deles.

O que eu gosto mais de desapegar aos poucos é a chance de me conhecer. Saber o que me move, o que é importante para mim, o que eu quero do mundo e pra minha vida. E tenho aprendido tanto nesses anos de jornada.

É como a diferença entre dieta e reeducação alimentar. A dieta até dá resultado, mas a pessoa passa a tratar a comida como uma restrição. Com a reeducação alimentar, a gente constrói uma relação saudável com ela. Repensamos até nossa ligação com os animais que comemos, com a natureza, com o nosso próprio corpo. (Sem contar que quando a gente faz dieta restritiva, costuma engordar tudo de novo depois).

Ir desapegando aos poucos dá resultados não só imediatos, mas também para o longo prazo. Aprendemos sobre nós mesmos e repensamos toda a nossa relação com o consumo e com os objetos. Tenho gostado de chamar isso de uma reeducação material, porque a gente repensa nossa relação com as coisas, os objetos.

Eu acredito que estabelecer uma relação saudável com os bens materiais que temos e usamos é bem mais interessante e mais sustentável do que estabelecer uma restrição. 

14 comentários:

  1. Isso que estou fazendo. Não joguei um monte de coisas fora de uma vez....o tempo passa e eu vou percebendo o que não preciso. Quando comecei eu achei que precisava de algumas coisas, depois de um tempo vi que não, depois de mais um tempo percebi que ainda haviam coisas desnecessárias. Provavelmente com o tempo vou conseguir desapegar mais, porque certamente há coisas por aqui que eu não uso. O bom de fazer assim é que a gente não se arrepende de nada daquilo que foi embora, você estava consciente.

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    1. Exatamente, Pri. A gente não se arrepende e ainda aprende a não repetir os mesmos erros no futuro. Estar consciente é realmente a chave.

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  2. Bon dia . tudos passamos por isso . achamos que tener muitas cosas que não precisamos é comodidade, mais Cuando um têm só o que precisa lo necessário , lá pessoa se sente muito mais leve por fora y por dentro. LÁ vida só é uma. Tem que vivir com amor respeito y muita paz interior.

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  3. Concordo com você, é como se nos desapegássemos das coisas em camadas. Você se livra da primeira camada de coisas que estão mais visíveis, ver outras coisas que pode utilizar e não se lembrava, mas também vê coisas das quais não precisa mais e se livra da segunda camada, e assim vai...

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  4. Eu flerto um pouco com o radicalismo. Gostaria de ter a coragem de começar do zero, sem nada. Tipo quando formatamos eletrônicos (coisa que eu amo): apaga tudo e começa de novo.

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    1. Eu não curto não. Mas cada um deve procurar o que é melhor para si
      ;)

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  5. Esse foi um dos posts mais sensatos que li sobre minimalismo! Pode crer, vc está coberta de razão, quando a gente restringe e impõe muitas metas e limites aquilo acaba se tornando tão rigoroso e pesado que nós mesmos acabamos desistindo! Adorei a reflexão. bj

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    1. Obrigada, Allan. É por aí mesmo que eu penso. E acho que a pessoa que impõe limites demais acaba não aprendendo a fazer escolhas melhores no futuro. Perde-se o aprendizado, eu acho. Obrigada pelo comentário. Beijo!

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  6. Muito bom o seu blog . Eu particularmente funciono melhor quando me livro de tudo de uma vez. Abraços

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    1. Muito obrigada!
      Cada um tem uma maneira de lidar com as coisas, e com a própria vida. E nada mais justo já que ela é quem vai conviver com as consequências de suas escolhas. Então se você acha melhor, vai fundo ;)
      Abraço!

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  7. Na minha experiência, notei que as pequenas mudanças, além de mais fáceis de executar, são mais duradouras. Recentemente li um artigo onde profissionais da "Produtividade" julgavam que, começar com pequenas ações, deveria ser o foco principal de qualquer tentativa de mudança de hábito.

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    1. Também penso da mesma forma. Que legal esse artigo que você leu! É tão raro artigos profissionais que fujam do óbvio. Curti.

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