sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O que dar de presente para um criança?

Eu não tenho muitos amigos com filhos, e mesmo na minha família não temos muitas crianças. Eu sou a prima mais velha dos dois lados e por enquanto só uma prima minha teve uma filha. Eis que ela fez um ano de idade.

Então fui eu a uma loja de brinquedos infantis e... Uau... Fiquei chocada com o número gigantesco de opções e os preços absurdos. R$ 300,00 por uma boneca? Cê jura? Não sabia que existiam tantos personagens de desenhos e filmes assim, e que cada um tinha toda a sua linha gigante de brinquedos. Eu não lembro de ter tantos assim quando eu era criança, mas pode ser só porque eu não tinha acesso mesmo. Enfim...

Comprei o brinquedo da foto abaixo. Meus pré-requisitos para a escolha foram: ser um brinquedo (eu lembro que eu odiava ganhar roupa quando era criança), não ser caro para caramba apenas por ser de um personagem famoso, que não fosse fortemente marcado para gênero (hoje em dia tudo para menina é tão rosa e de princesa.. cadê a variedade?) e que pudesse ajudar a criança a se desenvolver de alguma maneira. 

Eu lembro de ter um brinquedo parecido com esse quando criança e de adorar. Espero que a aniversariante goste e aproveite também.

Ainda estou refletindo sobre a coisa toda e imaginando como realmente deve ser difícil ter filhos e lidar com o consumismo relacionado a eles, principalmente quando ficam mais velhos e susceptíveis a propagandas.


19 comentários:

  1. Compartilho todas as suas dúvidas e questões. Tenho 2 filhos pequenos e esse mundo dos brinquedos é cruel com eles e conosco. A maioria IMENSA do que tem à venda perde a graça em 5 minutos e custa mil vezes mais do que vale. Tento ser bem crítica na hora de comprar, mas é bem difícil e as vezes me deixo levar pela vontade deles, porque né, eu sei como é querer um brinquedo e nunca ter, levei muito disso pra vida adulta rs! Acho que você acertou no presente, os meus tiveram essas caixas com peças de encaixar e sempre amaram. Pros mais velhos, sempre dou livros. Acho um ótimo presente, não perde a graça, difícil de errar (hoje mesmo comprei um pro aniversário de amanhã). Beijos

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    1. Que horror, Renata! Deve ser difícil conseguir esse equilíbrio de não se entregar ao consumismo mas também sem deixar a criança só na vontade. Um desafio daqueles... Adoro livros, e tendo a achar que é sempre um bom presente, depois que a criança tenha idade para ler. Mas não sei o que as crianças costumam achar. Elas gostam? Beijo!

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    2. Fernanda, as crianças que tenho contato costumam gostar de livros sim, principalmente se já vão à escola, porque aí eles tem bastante contato com livros lá. Se a criança não tem costume, acho que pode ser uma boa oportunidade dos pais começarem a ler para os filhos (sem falar no preço - relação custo/benefício dos livros é imensamente maior do que dos brinquedos). E saber ler não é pré-requisito, tem uma infinidade de livros pra todas as idades! Aqui em casa os meus adoram livros desde muito pequenos, temos uma coleção grande e enquanto não aprendem a ler, leio pra eles. Inclusive já peguei várias vezes minha filha "lendo" livros pro irmão, contando as histórias de cabeça e mostrando as figuras :)

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    3. Ah, eu sou bem viciada em leituras (marido também) então livros sempre fizeram parte das nossas vidas e consequentemente dos filhos. Gosto de pensar que, dando livros de presente, talvez eu ajude crianças que não tem esse estímulo dos pais, a passarem a se interessar pela leitura...

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    4. Ei, Renata! Que ótimo! Eu também sempre li muito, e na minha família livros eram uma constante. Mas eu sempre convivi com outras crianças que odiavam ler, e por isso minha pergunta se os livros eram recebidos bem por todas as crianças. Mas que bom que são. Vou guardar essa informação para futuras oportunidades. Hehe...
      :)

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    5. Eu ADORAVA ganhar livros. =)
      Pra crianças muito pequenas, sempre procuro algo que tenha um viés educativo, como esse cubo que você comprou. Mandou bem. :)

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  2. É, é isso mesmo, bem vinda ao novo mundo infantil. Eu tentei resistir aos apelos sexistas, mas aqui estou eu comprando blusas de princesas, bonecas de desenho animado, e por aí vai.

    Eu evito comprar brinquedos caros, justamente porque a diversão do brinquedo não é, de forma alguma, proporcional ao preço.
    Quando eu compro presentes para aniversário, eu estabeleço um valor, e compro algo até esse limite, mas sempre compro onde colocam etiquetas de troca, porque é muito comum as crianças ganharem brinquedos parecidos.

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    1. É uma luta, não é? Nem imagino como é ter que lidar com isso diariamente. Ah... Obrigada pela dica sobre colocar o cupom para troca. Nunca tinha pensado nisso. Faz todo sentido ;)

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  3. O horror, Fernanda, o horror - são essas lojas de brinquedo atuais. É impossível achar algo que não seja licenciado - hoje só tem lousa da Galinha, bola do Homem Aranha, corda de pular da Barbie... Logicamente que tudo dividido por seções de menino e menina (tudo rosa, eca) - vc entra pra comprar um presente pra um recém nascido e já te perguntam "é menino ou menina".
    A minha solução tem sido livros (amor eterno, amor verdadeiro) que além de tudo também costumam ser carinhos; e brinquedos educativos, daqueles de madeira mesmo (mas tem que ter cuidado que nessas lojas de grife tem coisa que parece que fizeram de marfim e ébano, de tanto que as coisas são caras).
    O que faço pra restringir aqui em casa (dois meninos, 3 e 1 ano) é assistir tv (pouca) sem propaganda - netflix rules, e DVDs. Pelo menos até agora tem surtido efeito.
    Ah, regra de ouro dos pais: não dê brinquedos que brinquem sozinhos e especialmente que façam muito barulho - os ouvidos maternos e da população em geral agradecem. Eles já gritam o suficiente sozinhos, não precisa de acompanhamento ;)

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    1. Eu fiquei chocada com isso, Dani. Eles também me perguntaram na porta se era menino ou menina, e eu vi de cara metade da loja rosa e a outra metade azul. Lá no fundo tinham umas coisas coloridas.
      Um colega meu de trabalho me sugeriu uma loja dessas de brinquedos de madeira educativos mas era tudo TÃO caro. Eu achei uma absurdo.
      Eu dei sorte de ter ido comprar o presente com uma colega de trabalho e ela me deu essa dica de não comprar brinquedos barulhentos porque os pais teriam que ficar ouvindo aquilo inúmeras vezes. Eu quase comprei um desses. Hehe...
      Netflix e DVDs é uma salvação, não é? Até para mim eu tenho preferido.
      :)

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    2. Os brinquedos educativos são realmente uma fortuna.. e a maioria é tão simples que dá até raiva. Com um tiquinho de boa vontade dá pra fazer um equivalente em casa. Eu sempre namorei aquelas casas enormes de madeira, de boneca... Acabei comprando uma numa loja de artigos crus de mdf, mil vezes mais barata, no fim nem cheguei a customizar porque minha filha mal brincava.
      Meus filhos pedem TUDO que aparece em propagandas, já virou até brincadeira aqui em casa, eles falam "eu quero!" e eu falo animadíssima "também quero!!!" eles caem na risada e esquecem. Se depender de mim aqui só entra Netflix, marido é que insiste em colocar os canais infantis pra eles as vezes rs

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    3. Ótimas ideias, Renata! Com criatividade e boa vontade você se saiu muito bem dessas situações.

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  4. Sem contar que o mundo infantil é uma nova desculpa pra consumir mais e mais. Coisas que vc nunca imaginou que iria precisar (e continua não precisando) agora tem pra vender com licenciamento da Peppa Pig...

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    1. Pois é, Dani! Eu fiquei chocada com um bichinho de pelúcia de 200 reais de uma porquinha toda mal feita. Aí me contaram que era essa porca Peppa e que faz o maior sucesso. Mas 200 reais? Afe...

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  5. Concordo com a Dani,minha filha assiste DVDs e raramente TV,mas quando assiste TV comeca a pedir,tudo gracas as propagandas que fazem qualquer boneca parecer um bebe de verdade, e custar o que nao vale, aqui em casa funciona bem tambem.Nay.

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    1. Certíssima! Além dos custos de ter que comprar esses brinquedos caros, deixar as crianças terem suas personalidades moldadas pelas publicidade pode trazer muitos problemas para elas no futuro, não é?

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  6. Sobre as crianças pedirem tudo, aqui em casa a minha filha até pede, mas eu não levo muito a sério, eu digo, ah tá, vamos anotar para pedir no aniversário (até lá ela já mudou 600 vezes de ideia). Ela vai fazer 4 anos, e vê bastante TV. Mas ela tem muita coisa, porque o pai toda semana compra algum brinquedinho para ela. Ela já passou da fase crítica da Peppa, então estamos sobrevivendo bem à inundação dos licenciamentos da porquinha.

    Eu costumo comprar livros também, mas às vezes penso que estou redirecionando os meus impulsos consumistas para os livros, já que ela tem muito mais livros do que damos conta de ler. Ainda mais que as crianças gostam de ouvir as mesmas histórias n vezes.

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    1. Hahaha... Boa tática, Daniela.
      Sabe... Isso dos livros é algo que me incomoda também. A gente às vezes acha que livro é como se fosse um consumo "do bem", então a gente pode fazer sem moderação, e acaba causando esse acúmulo. Eu já me proibi de comprar novos livros até terminar de ler os que eu tenho, e vou te contar que isso já tem mais de um ano e eu não consegui ainda terminar de ler os que eu tenho. Hehe...
      Eu lembro que, quando criança, eu gostava também de ler os mesmos livros e assistir os mesmos filmes mil vezes. Até hoje eu sei os diálogos do "Rei Leão" de cor. Boa lembrança :)

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  7. Obrigada, Thais. Eu tô começando agora. Hehe...

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