Tive um flash de reconhecimento: de vez em quando, eu me junto com minhas irmãs para resmungar do passado. E olha, vendo de fora, não é bonito.

Não estou dizendo que a gente não sofre quando é criança. Estou dizendo que, quando nos tornamos adultos, podemos mandar nas nossas próprias vidas e deixar de dar tanta importância a fatos ocorridos há tanto tempo.
O que achei chocante no filme é que, mesmo com décadas nas costas, as duas irmãs não tivessem conseguido criar lembranças boas para substituir - ou pelo menos diluir - as ruins. Tem uma terceira irmã na história: ao contrário das outras, ela saiu de casa cedo, trabalhou, viajou - e a gente não a vê reclamando do passado.
Acho que é importante, sim, a pessoa reconhecer as dificuldade e mágoas que vivenciou. Mas, depois de um tempo, em vez de se agarrar a elas e ficar remoendo, a gente podia deixá-las ir. Aí abrimos espaço para lembranças novas - e boas!
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Falar é bonito, mas como é que faz?
Segundo meus livros sobre a felicidade, tão importante quanto o que aconteceu com a gente é como contamos nossa própria história. Quem teve vários empregos diferentes, por exemplo, pode se ver como uma pessoa feliz que explorou vários interesses - ou como um fracassado que não chegou a presidente da empresa. As pessoas deprimidas tendem a se lembrar de suas vidas como uma sucessão de insucessos - enquanto a galera otimista foca no que deu certo.
Então, a gente pode tentar colocar as coisas em perspectiva.
Interessante.... Qual o nome do filme? :D
ResponderExcluirVocê é muito esperta, moça, muito esperta!
ExcluirPosso responder que o nome é "Minha vida dava um filme"?
Beijos
Muito bacana esse post! Eu falo muito isso pra minha mãe, porque vira e mexe ela se lamenta da infância dificil! Eu falo pra ela deixar isso pra tras, pra viver hoje, pra curtir o que tem de bom hoje, ne?
ResponderExcluirPois é, Bruna! Focar no positivo é sempre melhor!
ExcluirBeijos
Sabe Lud é muito importante se dá conta disso. Eu vivia lamentando e reclamando das histórias de infância e vira e mexe, a culpa caia encima da minha mãe. Isso atrapalhou por muitos anos o nosso relacionamento. No dia que eu percebi que ela fez o que era possível na época e que hoje sou adulta e posso fazer diferente. As coisas mudaram. Ficar alimentando mágoa não leva a gente a lugar algum. Deixar para trás mágoas e ressentimentos também faz parte do ideal minimalista. :) beijos
ResponderExcluirFaz parte mesmo, Andreia. Vamos descartar o que não nos serve mais!
ExcluirBeijos