quinta-feira, 24 de julho de 2014

Não tenho mais porão

Eu e o Leo demos uma sorte danada: meses antes do nosso sabático começar, minha irmã mais nova se mudou para Alemanha, para trabalhar na Nestlé, e ofereceu um lugarzinho pra deixarmos bagagem. Então, uma das nossa preocupações, que era ficar carregando roupas de inverno no verão, e vice-versa, simplesmente desapareceu. Foi uma beleza.

Só que ela decidiu voltar para o Brasil antes do final deste ano. O que é ótimo para ela, mas não tão bom para os nossos objetos que estão no porão do prédio onde ela mora.

A gente começou o sabático com duas malas, uma média e uma pequena, mas acabamos comprando mais coisas pelo caminho: casacos de frio realmente quentes (e gordos), botas de neve (para ver a aurora boreal), meias ultra grossas (idem), outra mala pequena para poder embarcar em companhias aéreas sem despachar bagagem etc etc. Não nos preocupamos com o volume que estávamos acumulando porque podíamos deixar o que não estávamos precisando em cada pedaço de viagem guardadinho.

Agora a festa acabou. Vamos ter de dar um jeito de compactar tudo que precisamos para este fim de ano e todo 2015 em duas malas - pequenas.

Momento de tensão. O que fazer com a mochila grande que nos serviu para a viagem ao sudeste asiático (e sua filhota, uma mini-mochila que veio grudada nela)? Com a bolsa de viagem dobrável que ia dentro da mala e podia ser usada em caso de emergência? Com os vidros de xampu e hidratante grandes, cujos conteúdos foram transferidos para embalagens menores? Com as roupas que trouxemos do Brasil e acabamos não usando, porque compramos peças mais simples e confortáveis por aqui?

É a hora do minimalismo atuar sem dó. E não posso me esquecer de que tenho uma vantagem: no começo do sabático, a gente não sabia bem do que ia precisar. Agora sei direitinho.

O Leo é partidário das soluções agressivas: quer fazer uma grande triagem e doar para a Cruz Vermelha alemã tudo que não seja estritamente necessário para os próximos meses. Eu sou menos radical, já que eu trouxe para o sabático roupas queridas, como vestidos feitos pela minha mãe, e peças que escaparam da orgia de desapego de 2011 porque de fato são confortáveis e bonitas.

A solução final vai ser um misto das nossas duas posições: sim, vai rolar uma triagem agressiva. Mas também vai rolar um pacote enviado pelo correio para o Brasil.

3 comentários:

  1. Realmente a vida prega todo o tipo de peças não é? Tomara que seu pacote chegue aqui direitinho Lud!

    Beijão!

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  2. Manda foto dessa mochilona com a filha grudada que as vezes podemos negociar! contato : lessacf-a@yahoo.com.br

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  3. Oi Lud!
    Doar o que não se usa mais ainda é a melhor solução!! Ou vender no brechó virtual peça mais caras e novas...
    Beijos!

    "Construindo Minha Casa Clean"

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