terça-feira, 4 de dezembro de 2012

... a gente levanta

Como eu e a Lud falamos nos dois últimos posts, a gente erra. O importante é não deixar isso nos desanimar, e aprender com os erros.

Aproveitei também para transformar o "erro" (que nem foi tão grave assim) em algo positivo. 

Em primeiro lugar, desabafar no blog foi muito bom. Receber comentários de gente que compartilha da nossa caminhada foi muito animador. Se eu fosse contar esse acontecimento para todo mundo, teria gente que teria falado "ai! que bobagem! ficou assim por causa de uns DVD!" por não entender a importância que o minimalismo tem pra mim; e teria gente que teria falado "tá vendo! não é minimalista nada. sua enganadora". Aqui no blog, não recebi nada disso. Foi um alívio.

Percebi também, lendo os comentários e refletindo, que eu não preciso ser tão exigente comigo mesma. Como sempre diz a Lud, nem só de pão vive o ser humano. Eu economizo com algumas coisas justamente para poder gastar com outras, certo?

Depois, usei o ocorrido como um motivador. Agora vou ficar mais atenta ainda para não cair em tentações. Se elas aparecerem, vou pensar "será que eu quero gastar com isso mesmo? lembra da última vez?".

Continuando, percebi que uma das coisas que tinha me incomodado mais é que, por meu quarto ser minúsculo, eu não tinha onde guardar os DVDs e eles ficaram em cima da cama (eu deixava no chão quando ir dormir). Então eu aproveitei o fim de semana e fiz mais uma sessão de desapego no armário. Joguei umas coisas fora, doei uns livros e umas roupas, e agora os DVDs estão devidamente guardados.

Por último, estou aproveitando ao máximo meus DVDs. Vendo os episódios todos de Arquivo X, todos os extras e me divertindo muito. Até levei para o trabalho para ver com os colegas na hora do almoço. Até fiz meu namorado ver comigo (e ele curtiu!).

Meu coração minimalista (e excer) ficou em paz.

Os DVDs que me fizeram questionar meu minimalismo.

10 comentários:

  1. Vamos nos permitir um pouquinho né?
    No mês de novembro eu achei q passei um tanto da conta com pequenos gastos.
    Fui olhar na planilha onde tinha ido o $$ e cheguei à conclusão de que os gastos não eram desnecessários, mas foram feitos no momento errado. Alguns poderiam ter sido adiados para dezembro e janeiro, ficando assim melhor distribuídos. Mas, como escrevi no início...temos que nos permitir, mesmo q seja de vez em quando.

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    1. Tem toda razão.
      Nem demais para um lado, nem para o outro, certo? A chave é encontrar o equilíbrio.
      ;)

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  2. Os posts de vocês sobre os escorregões foram ótimos. Coincidentemente, uns 4 ou 5 dias antes dei meu primeiro escorregão no Ano Sem Compras - e faltando pouco dmais de um mês pro ano terminar. Claro que fiquei chateada... demorei uns dias pra ficar em paz com a consciência e perceber que, se eu não tivesse feito a compra, teria ficado realmente arrependida.

    Acho que esse movimento todo de análise e reflexão é que realmente importa. A gente não compra mais por comprar, mas sim porque realmente curtiu muito o objeto. São compras que de fato agregam bons sentimentos, em vez de tralha.

    Pra compensar, também fiz uma mini-sessão de destralhamento, hehehe.

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    1. Obrigada, Lu.
      É mesmo. Refletir e analisar é o que importa. Descobrir o que é tralha pra gente, e o que agrega. Assim a gente vai se aproximando daquilo em que acredita. E vai vivendo melhor. E sendo mais feliz. Concorda?
      Vamos em frente!

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  3. Fernanda,

    Acho que você citou um ponto importante quando disse que nós economizamos em um lado para podermos gastar em outro.

    E a Lu Monte resumiu o que eu penso sobre a filosofia minimalista. Mais do que os objetos em si, o que importa é esse movimento de análise e reflexão que acabamos fazendo todos os dias. Como ela disse, "A gente não compra mais por comprar, mas sim porque realmente curtiu muito o objeto. São compras que de fato agregam bons sentimentos, em vez de tralha."

    Li outro dia esse post [http://lauravanderkam.com/2012/11/5-reasons-simplifying-christmas], de uma mãe minimalista explicando porque ela não iria simplificar o natal esse ano e achei genial. Independente dos motivos dela serem válidos ou não, acho que a essência de decidir levar uma vida mais simples é essa: não é uma regra que você precisa adotar a todos os aspectos da sua vida, é mais uma sugestão, um modo de olhar pro mundo, que te faz refletir frequentemente sobre cada um desses aspectos e daí agir da forma que achar que está mais em harmonia com a sua visão de mundo. E com isso saímos do piloto automático a que estamos acostumados. O que já é muita coisa!

    Um grande beijo,
    Camilla

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  4. Fernanda, acho que o propósito do "minimalismo" é evitar gasto com bobagens, entulhos, etc mas não se privando de coisas que gostamos.

    Claro que, 6 temporadas e de uma vez só é um pouco de exagero...rs , por acaso foi obra do "black friday" ou alguma coisa do tipo?

    Em todo caso devo confessar que já fiquei tentada em fazer o mesmo com alguns boxes que tenho, mas só não fiz pois atualmente não tenho tempo de ver e dai deixo a preguiça e o netflix resolverem meu problema.

    E interessante que a compra desencadeou outras "tralhas escondidas" que para liberar espaço foram para outros lares ou locais, ficando só o que tu gosta.

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  5. Mais um post ótimo, acompanhado de comentários que exprimem bem o que eu penso. Também não achei tão grave assim; foi muito legal você ter refletido e encontrado maneiras positivas de aproveitar a nova aquisição! E, mudando completamente de assunto, também amava Gilmore Girls - aliás, amo até hoje, só não vejo porque não passa mais na TV (eu acho.) Alexandra

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  6. Nossa, novamente estou comentando aqui no blog. Acabei de descobri-lo e estou amando. Vi que vocês gostam do Leo Babauta. Acompanho todas as newsletters dele e tenho 1 livro. Preciso deixar sempre à mão para me lembrar das coisas que realmente importam. As vezes a mente dá uma escapadinha.

    Achei legal que nesse post você falou pra não sermos tão exigentes com nós mesmos. Creio que nem tudo que a gente compra que não é completamente essencial é dinheiro jogado fora. Tem algumas questões históricas, biológicas e sociais que formam o pensamento coletivo. Desde a época das cavernas os homens buscam criar ferramentas para tornar seu dia-a-dia mais fácil. O que quero dizer com isso: que algumas coisas podem nos ajudar, sem que sejam essenciais à manutenção da vida - como alimento, abrigo e proteção.

    Mas acho super importantes nos lembrarmos diariamente de manter o equilíbrio de todas as coisas. Principalmente quando somos bombardeados 24h por informações duvidosas externas.

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    1. Estou adorando os comentários, Karina!
      O Leo Babauta foi quem me despertou pro minimalismo. Quando descobri o blog minimalista dele, fiquei encantada. Li simplesmente todos os posts. Depois comecei a ler o zenhabits também, mas eu prefiro o outro. Hehe...
      Concordo demais com você. Não é questão de não consumir nada, não gastar nada, não ter nada. O objetivo é buscar o equilíbrio mesmo, ver o que é mais importante e não ser presa fácil dessas informações que nos bombardeam e que geralmente não têm a ver com nosso próprios interesses.
      obrigadinha!

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  7. Inútil nada! Estou adorando seus comentários em posts antigos. É bom para eu relembrar deles também. Hehe... Concordo contigo. Acho que tudo é questão de equilíbrio e de escolhas mesmo :)

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