quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Viver abaixo de seus meios: o caminho do liberdade

Já ouviram falar de "inflação de estilo de vida"? É assim: sua renda cresce (porque você ganhou um aumento, uma herança ou teve bons resultados em investimentos) e você passa a gastar mais quase automaticamente.

Isso não é necessariamente ruim, principalmente se você passa de renda nenhuma para alguma renda. Mas conheço um monte de gente que acha que torrar tudo o que entra no banco é praticamente uma obrigação.

Sou muitíssimo a favor de usar nossa renda em saúde, segurança e conforto. Mas percebo que existe uma cultura do "gastar por gastar". Tem dinheiro? Então vamos consumir!

É muito bom viver abaixo dos seus meios. Primeiro porque você economiza uma grana. Segundo porque você descobre que pode ser muito feliz sem ter (insira aqui o item de consumo do momento). Terceiro porque sua vida fica flexível: se te oferecerem um emprego que paga menos mas te faz mais feliz, um apartamento pequeno no bairro dos seus sonhos, uma mudança de cidade ou de país, você pode aceitar, bem pimpão.

É simples: se você precisa de pouco, pode se arriscar.

"Precisar de pouco" não significa não ter ambição, ou se contentar com migalhas. Signfica botar a ambição a seu próprio serviço, e não a serviço do que outras pessoas acham!

Eu fico batendo nessa tecla porque acho que ela é chave da nossa felicidade (minha e do Leo). Faz tempo que a gente quer morar fora, mas sempre esbarrávamos naquela ideia de "ah, mas não vamos conseguir ganhar tão bem quanto ganhamos aqui".

Aí percebemos que a gente não precisa ganhar tão bem quanto ganha aqui.


Nós temos muita ambição: a ambição de conhecer o mundo!

9 comentários:

  1. Ouvi uma vez no programa "Fim de Expediente" da CBN uma entrevista com um cara que não lembro o nome, que dizia sobre uma pesquisa que não lembro onde foi feita (por favor, dê um desconto! Era uma sexta à noite e eu estava voltando bem cansada do trabalho. Não me apeguei a detalhes da notícia...) bom, fato é que haviam entrevistado pessoas que por algum motivo tinham enriquecido muito de uma hora para outra (herança, loteria...) NENHUM dos entrevistados disse que se considerava mais feliz após a chegada da grande fortuna! Muito pelo contrário! Alguns relatavam até que estavam mais angustiados...

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    1. Bem, EU acho que ficaria mais feliz, mas é porque sei exatamente o que faria com ele, rs. Mas meu pai mesmo diz que nem joga na Megasena porque ganhar milhões estragaria a vida dele.

      Eu acho mesmo que dinheiro - depois daquele nível suficiente para garantir autonomia e uns luxinhos - não traz felicidade, não.

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  2. concordo, concordo! vou trocar meu emprego por um que ganha menos e estou feliz e pimpona ;)

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  3. A gente tem de pensar no todo, né?

    Leo tá dizendo aqui é pra comparar é com salário em BH (sem os penduricalhos).

    Beijos!

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  4. Falou tudo, Lud.
    No momento eu troquei meu salário por salário nenhum (rs) e ja to descobrindo que vou trocar por um bem menor, mas com muito mais satisfação. Achei que ia ficar nervosa, mas estou mt feliz!!

    *meu pai tb diz que milhões estragariam a vida dele, cresci ouvindo isso rsrs*

    Paz não tem preço, não é?

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    1. Bianca,
      é isso mesmo, paz não tem preço! O importante é ser feliz (com autonomia financeira, lógico).
      Beijos e boa sorte nessa nova etapa da sua vida!

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  5. Meios e liberdade;palavras chave da vida,se transformarmos meios em equilíbrio então formam o par perfeito!

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  6. Num dos dois livros do Dan Ariely que a Isinha me deu tem um estudo: é comprovado, alguns meses depois de um grande fato positivo (ganhar na loteria, herança) ou negativo (acidente, morte na família), as pessoas voltam ao mesmo nível de felicidade que tinham antes do evento. Ele conclui que o melhor, para manter nosso nível de satisfação sempre alto, é cultivar sempre pequenas alegrias... (tipo, comprar os móveis da casa de uma vez só te fazem feliz por muito pouco tempo; ir comprando aos poucos te mantêm feliz por mais tempo). Consumir não faz ninguém feliz ;)

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  7. Olha, nesse ponto o fto de ter tido uma vida dura é bom. Pq assim, eu passei minha vida vivendo com pouco pq era o que eu tinha e sempre tive poupança msm assim, pq é aquela coisa, sempre soube que se precisasse, só poderia contar cmg mesmo, entao poupava. E aí o lado bom é que vc sabe que dá perfeitamente pra viver sem papel higienico folha dupla, shampoo muderno ou qq superfluo. que da pra viver sem comer em restos bacanas ou o ultimo lançamento em celular. Óbvio que é mt ruim passar vontade especialmente de comida, sabe, não desejo nunca mais passar os perrengues que já passei, mas de certo modo é uma lembrança boa, que tranquiliza, do tipo "e se eu perder tudo"? ué, se eu perder tudo, tá perdido, conquisto de novo, mas vou sobreviver, com certeza.
    bjs,

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