terça-feira, 25 de setembro de 2012

Minimalismo na carteira

Ser minimalista na carteira tem duas grandes vantagens. A primeira é que vamos carregar menos peso por aí, já que carteira é algo que está sempre conosco. A segunda é que, no caso de roubo ou assalto, será muito mais fácil repôr o que foi perdido.

Há um bom tempo atrás, eu fui assaltada. E me deu um trabalho danado cancelar todos os cartões, fazer segunda via de todos os documentos, foi uma chatice sem tamanho.

1. Cartões de banco. Não precisamos de mais de um. Então obviamente vai só um na carteira.

2. Documentos. Escolho um só também. Antes do assalto, eu andava com CPF, título de eleitor, identidade e carteira de motorista na carteira. A minha sorte é que os ladrões jogaram os documentos no chão e alguém entregou na delegacia, senão eu teria que ter tirado segunda via de tudo. Mas aprendi a lição. A gente não precisa andar com tudo. A carteira de motorista basta, ou apenas a identidade.

3. Cartões de visita. A gente ganha de clientes, de lojas, de amigos etc. É legal tê-los, mas a gente não precisa andar com eles. Que tal guardar os profissionais no trabalho e os pessoais em casa?

4. Notas de compras. Se for aquela do cartão que só tem o gasto total, eu nem pego. Falo pra pessoa que passou o cartão que não precisa imprimir minha via. Economiza em papel e eu fico sem ter que carregar aquilo. As que têm discriminadas as compras, eu guardo até chegar em casa e colocar as informações na minha planilha de controle de gastos, depois jogo fora.

5. A gente costuma carregar outras tralhas na carteira: um tanto de 3x4, papeizinhos onde anotamos coisas, cartão de fidelidade de uma loja ou outra. Algumas dessas coisas podem ser úteis, mas muitas acabam deixando de ser com o tempo. Então acho legal fazer uma limpa na carteira de tempos em tempos, para analisar o que fica e o que vai pro lixo.
Andar com uma carteira levinha, tendo dentro só o que realmente uso, é minimalista e muito prático.

14 comentários:

  1. Meu minimalismo começou com a carteira, meio sem querer :D

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    1. Vamos lá! É uma longa história (primeiro a história).

      Quando eu fui pra 1 faculdade no interior, abri uma conta de universitário num banco publico e ganhei um cartão de credito dos pais para despesas. Não trabalhava. Vivia perdendo o segundo cartão, pq minha carteira era enorme e eu saia só com ele no bolso. Eu tinha compulsão por comprar carteiras grandes e frufrus, e claro, tinha vergonha de sair só com a carteira na mão. Usava cheque, levava todos documentos.
      Ao voltar pra cidade grande, abri uma conta num banco privado e logo pedi um cartão internacional. A conta no estatal ficou esquecida.
      Voltei a usa-la enquanto fui funcionaria publica. Nesse meio tempo, discuti varias vezes com o gerente pq queria uma conta salario e um cartão de saque. Tive que fazer uma carta de próprio punho recusando TODAS as ofertas possíveis que o banco publico oferecia a pessoas que tinham meu tipo de emprego.
      Num ato de revolta, eu nem movimentava aquela conta mesmo, só com saque.
      Quando eu passei nesse tal concurso, fui para ganhar menos $$ que meu emprego anterior. Então eu sabia que reduzir as contas e o uso de credito era obrigatório. Mas ainda usava cheques para pagar a academia.
      Saí do emprego publico e comecei a ganhar bem melhor. Mas o bichinho da economia e pão durice já tinha me picado e contaminado!!!!

      Tudo isso para dizer como se criou minha mentalidade que gastar pouco em compras no crédito.

      Administrar um cartão só me dá uma sensação de controle do que posso usar ou não de credito.

      Meu primeiro passo foi deixar de usar cheques. Motivos óbvios.
      Segundo, todas as contas que tenho estão em débito automático; são poucas, celular (valor fixo) e a fatura do crédito. Isto me obriga a TER dinheiro em conta para cobrir estes dois gastos. Me obriga também a controlar muito bem o que entra e sai. Eu nunca esqueço vencimentos, neste caso.

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    2. Cheques e cartões de crédito dão às pessoas FALSA sensação de crédito na praça. Para qualquer emergência, estão ali disponíveis. Mas aí tem que administrar valores, vencimentos, etc etc etc. PREGUIÇA.

      Eu sou preconceituosa com gente que tem cartão de loja de roupa. Perdoem-me. Eu não consigo entender como alguém é tão apegado assim a uma rede a ponto de mensalmente visita-la para renovar o armário com fast fashion, parcelar em até 5x (se tem juros ou não, sei lá), pagar a conta das compras anteriores e renovar pedido de crédito. É um círculo vicioso, talvez tal qual teu cartão do submarino. Você sabe que ele existe para (qualquer produto em especifico) , vai lá para pagar a conta ou recebe informes promocionais, e saí de lá com novas aquisições. Ops, novas dívidas, algumas vezes desnecessárias.

      Minha irmã é assim. Tem uma carteira enorme, muitos cartões, de loja inclusive. Compra demais, entra no cheque especial, no rotativo, continua comprando demais, e se descontrolando demais. Ela diz que para qualquer situação, ela está preparada. Não sei se a cabeça dela está programada para comprar qq coisa, qq bala juquinha que acenar. Eu a considero descontrolada. Ela sofre com isso mas não quer mudar. E tem consciência do seu endividamento, pois teve um pedido de cartão internacional recusado pelo banco.

      Meu irmão é diferente. Ele destina, quando recebe, logo sua porção de salário à poupança e demais gastos. Diz que prefere pagar TUDO logo, e se surgir algum imprevisto bobo, mas necessário, ele passa no débito e mesmo que a conta fique negativa, é melhor pq isso é um lembrete que ele 'deve' ao banco, e portanto, NÃO PODE comprar nada desnecessário.

      Eu faço planilha, com destino do gasto e percentual. Não controlo 100% cada vintém, pq um valor em dinheiro vivo fica na carteira, então eu vejo VISUALMENTE que, se tem pouco dinheiro, controlo melhor o resto do mês até o próximo pagamento. Uma ou outra vez tive algum imprevisto financeiro que demandasse uma intervenção diferente. Estou firme e forte poupando, por ora, mas como já contei, não tenho grandes despesas, logo, é mais fácil né?

      Bem, com pouco recheio, minha carteira é bem modesta: o dinheiro do mês; o único cartão; habilitação; cartão do convênio; carteira tipo sanguíneo. Sabe lá Deus porque, a carteira do curso de música, mas é desnecessário andar com ela.
      Demorei, mas encontrei um modelo masculino de porta cartão (tipo isso aqui https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT04aL1D6s-fhMQY2uDCAiKuk2sD7YHrcflNjEblHYpWrSXXvB-gA ), de cor vermelha, que cabe no meu bolso e não fica perdido dentro da bolsa.

      Os demais documentos estão numa carteira grande (e lisa) em CASA!

      PS: estendam vosso perdão ao fato d'eu escrever demais :D

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    3. Concordo quanto ao cartao de loja e tento fazer a mesma coisa que fazes.

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    4. Nossa, Lilly. Precisa pedir desculpas não. Muito pelo contrário. Adoro saber essas histórias e trocar ideias e experiências. Foi um dos principais motivos de criar esse blog. Então, obrigada.

      Isso de sair com todos os documentos deve ser uma coisa que a gente faz no início da vida adulta mesmo. Hehe... Só depois que percebemos a inutilidade que é.

      Gastar pouco com crédito é algo em que também acredito, como você. Nunca gostei e nunca pratiquei parcelar. Acho que é o primeiro passo para a perda de controle sobre o seu dinheiro. Já vi muita gente começar a pensar, como você falou, que cartão é dinheiro. Tem gente que acha até que o limite do cheque especial é limite. E o próprio banco te incentiva a achar isso. Claro. Os juros pra eles são ótimos.

      Os bancos, as lojas e a mídia vivem do nosso consumo. Então os estímulos para consumir e se endividar são muitos. É difícil fugir disso. Ainda bem que a gente consegue. Hehe...

      Fazer planilha de gastos é fundamental para não cair nessas armadilhas. Quando a gente mensura e vê anotado o que gasta, a percepção é diferente. Eu também faço controle financeiro de tudo que gasto, ganho e até de rendimentos. Tentei convencer minha mãe a fazer isso, mas ela não aguentou um mês. Disse que dava trabalho e tomava tempo. Tentei explicar que valeria a pena. Pedi que pelo menos tentasse um mês, mas ela não quis. Fazer o quê...

      Sobre cartão de loja, acho que é mais um cartão desnecessário, que tentam empurrar pra gente. Eu fiz uma vez, milênios atrás, da C&A só pra evitar a fila um dia (as atendentes me enganaram, aquelas danadinhas...) e foi uma luta cancelar. Um saco!

      É bom demais ter controle sobre nossa vida financeira, não é? E andar com uma carteira leve e prática.

      Mais uma vez, obrigada pela troca de ideias! Adoro!
      :)

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    5. Corrigindo, lá no terceiro parágrafo, penúltima linha, o segundo "limite" era pra ser "dinheiro".

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  2. Dica rápida: para poder jogar fora todos os cartões de visita é só instalar o app Camcard no smartphone. Ele fotografa o cartão e insere automaticamente os dados da pessoa na nossa agenda de telefone. Juro q revolucionou meu dia-a-dia profissional. =)

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    1. Uau! Que prático! Vou procurar imediatamente. Obrigadinha, Fer.

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  3. Andar com título de eleitor foi ótimo!! rs, sempre temos o risco de ter que votar em um local ou outro né..rs

    Brincadeiras à parte, também tenho uma carteira minimalista, por segurança mesmo, ando só com dinheiro da semana, carteira de identidade profissional, habilitação, documento do carro e só, um cartão de crédito eventualmente vai junto mas só quando preciso abastecer ou algo assim, do contrário faço questão de esquecer..rs

    Mas já tive carteira com tudo que tinha direito, até carteirinha de clube e tal, talões de cheques... hoje essas coisas ficam tudo em casa

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    1. É mesmo... Esqueci de falar de cheques. É que eu nem uso, então esqueço que tem gente que usa e ainda carrega consigo. Um perigo.
      Obrigada :)
      Sobre o título de eleitor, não faço ideia do que me levou a carregá-lo. Hahaha... Não sei mesmo o que se passou na minha cabeça.

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    2. Não há lugar melhor que na sua casa. DIFICILMENTE alguém vai pedir teu número de título de eleitor e não possa esperar até o outro dia para obte-lo, sei lá, num cadastro, etc.

      E cartões, como bebida, chamam ao gasto (minha comparação tosca). No filme da Becky Bloom, a personagem a chama de 'dinheiro de plastico'. E não sabe o 'quanto' pode passar em cada um deles, ou seja, o que tem de crédito em cada um. Isso se chama descontrole. Por isso eu acho tal filme ótimo!

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    3. Eu não vi o filme. Vou procurar pra ver.
      Olha... Eu realmente não sei por que eu andava com o título. Acho que, na época, eu simplesmente colocava tudo quanto é documento na carteira, sem pensar. Depois que o número de documentos foi aumentando, tive o caso do assalto e tudo mais, percebi a bobeira.

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  4. Minimalizei a carteira porque estava achando um saaaaaco ter que andar com bolsa e "lancheira" no metrô. Agora, carrego só a "lancheira", com uma necessaire dentro que leva: celular, chaves, carteira de identidade, crachá funcional, carteira do plano de saúde (vai que passo mal, né?) e um cartão de crédito. Ah, e uns caraminguás, também. :)

    Aqui, foto: http://www.flickr.com/photos/lucianamonte/7847783058/in/photostream

    A carteira que uso quando estou sem "lancheira" e com bolsa é grande (amo o modelo e a cor), mas não é lotada de coisas. Além do que vai na necessaire, tem uns cartões-fidelidade de lanchonetes e meus cartões de visitas. Recibos e cartões que recebo são guardados em outro canto uma vez por semana. Tem um compartimento com zíper com remedinhos e lápis (tenho os mesmos remédios na gaveta do trabalho). Documento do carro, cartão do seguro e carteira de motorista ficam separados.

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