terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O que é caro? O que é barato?

No nosso blog de viagens, eu e o Leo dizemos com frequência que uma tal atração é cara (ou não) e/ou que uma tal estadia ficou barata (ou muito antes pelo contrário). A gente sempre põe o valor dos itens, porque sabemos que o conceito é altamente subjetivo, mas gostamos de deixar registrada a nossa opinião também.

Mas, na verdade, dizer que algo é caro ou barato é tão pessoal que talvez nossa opinião não valha nada (ou valha muito pouco). Para começar, não depende tanto quanto se imagina dos recursos da indivídua: conheço gente que ganha muito bem e acha os preços de tudo um horror. E tem quem não tenha um salário alto, mas veja com a maior naturalidade os valores das vitrines. 

Contudo, esse é a apenas o primeiro passo: considerar que um objeto custa pouco não significa que ele vá ser comprado, assim como se chocar com preços não é igual a desistir da aquisição. Há quem tente racionalizar o gasto pensando no uso: se o troço custa milhares de dinheiros, mas vai ser usado todo dia durante anos, aí tudo bem, porque serão poucos dinheiros por dia.

Não sei. O fato de eu ser uma tremenda pão-dura faz com que eu basicamente ache tudo caro. O que é um problema, porque isso não é tão diferente de achar tudo barato: significa falta de critério, isso sim.

Talvez a solução seja objetiva: separar tantos por cento do orçamento para diferentes categorias (sendo que uma delas é a poupança/investimentos, claro) e gastar aquilo sem esquentar a cabeça demais. Porque passar muito tempo preocupando com trocados também não é esperto, não. 

10 comentários:

  1. Boa Lud. Eu sou o tipo que sofre e se culpa demais por ter comprado algo. fico me auto-justificando!! Sem dúvidas também é uma neurose que precisa ser trabalhada..

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    1. Pois é! Mas, olhando pelo lado bom, essa característica é ótima quando a gente quer economizar, rs.

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  2. Pra mim geralmente o caro/barato é em comparação com o uso. Já paguei passeios caríssimos que amei e pagaria sorrindo de novo, e outros mais baratos que nem por isso valeram o preço. Mesma coisa com objetos. Então é subjetivo, sim. Já um orçamento pra cada coisa, pra mim não funciona. Aqui em casa o importante ultimamente é manter a conta no azul, rs. E se preocupar com investimentos ou poupança quando a situação estabilizar (mudamos de país há alguns meses então dá pra imaginar a bagunça financeira). Bjs!

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    1. Olha, só de saber o quanto estão gastando vocês já estão na frente de muita gente, viu? Boa sorte com o novo país!

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  3. Hj em dia eu penso assim: se eu compro uma bolsa q custa 500 pilas mas q eu vou usar durante anos e em várias situações, ela saiu por uma pechincha. Caro é pagar 50 reais por uma blusa q vai ficar encostada sem uso.
    No q tange a experiências faço minhas compensações. Compro passagens sempre na promoção, mas faço questão de me hospedar com conforto. Na viagem pago caro pra comer bem e passear, mas passo longe de lojas. E por aí, vai...

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    1. Então, o problema é saber se a bolsa vai mesmo durar anos. Às vezes a gente topa comprar um objeto mais caro confiando na qualidade e se desaponta.
      Ainda bem que hoje tem internet e resenha de consumidor...

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    2. Vou geralmente pelas marcas q eu conheço a qualidade. Bolsas da arezzo geralmente duram anos comigo. Ano passado fui num outlet nos EUA e comprei uma de couro marrom modelo carteiro por $80 e eu só uso ela desde então. Maravilhosa, de couro legítimo, super básica. Só falto dormir com ela...rsrs. Em compensação, nunca mais gastei nessas bolsas de couro falso q a gente compra por 60 reais e tem q trocar a cada 6 meses. Não é nem sustentável com o planeta...

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  4. Às vezes há realmente coisas caras que compensam o investimento mas temos de pensar se esse investimento também não nos vai afectar o orçamento mensal inteiro. Mas sim é verdade, há quem não ganhe muito e não esteja minimamente preocupado em pagar demasiado por certas coisas e achar tudo normal.

    :) beijo

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    1. Fico pensando que tem gente que simplesmente tem como padrão de consumo um terceiro (família/amigos/colegas), e não acha que qualquer relação entre os valores que entram no fim do mês e o tanto que é possível (nem vou dizer razoável) gastar! Tipo "se fulano tem, eu também tenho direito".
      Beijo

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  5. Eu sou dessas que sente culpa lascada de comprar...um batom, um chocolate, uma garrafa d'água.
    Virei meio exagerada sabe? Querendo controlar minunciosamente tudim tudim... eu sei quanto e em que gasto, mas às vzs o minimalismo em excesso me sai de controle, e pra minha personalidade não faz tão bem ser tão controladora. Quer dizer, eu diminuí todas as minhas compulsões para certas compras.

    Uma técnica que uso para determinar o caro/barato é saber quantas horas de trabalho eu preciso para adquirir o objeto X. Às vzs funciona...

    Lilly

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