sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A coisa mais importante dentre as menos importantes

Não sei ao certo a autoria da frase: “O futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes” (achei informações divergentes na internet), mas eu me identifico com ela.

Futebol para mim, acima de tudo, é ser atleticana. O Galo faz parte da minha identidade de maneira profunda. São as minhas fotos ainda bebê em cima da bandeira do clube, os domingos no mineirão nos jogos tranquilos quando eu era criança, e em TODOS os jogos quando fiquei adolescente. Lembro do meu pai reclamando da fila do estacionamento, lembro de comer pipoca na saída com meus irmãos e meus primos, de inúmeros casos engraçados, divertidos e emocionantes que vivi por lá. Claro que tiveram também decepções e sofrimentos. 

No começo dos anos 2000, me desliguei um pouco por motivos da vida. Tive sorte porque não me envolvi com o auge do rival e nem com o rebaixamento. Só fui voltar em 2009, quando o Galo tinha chances de ser campeão, e no fim nem se classificou para a Libertadores. Mas aí já não tinha jeito. Não deixei de me envolver mais.

Desde então, já fiquei me questionando inúmeras vezes por que eu dedico tanta energia e tempo a um time de futebol. Mas não tem motivos racionais. Futebol é emoção. O que não faltou para quem é Galo nos últimos tempos...

A conquista da Libertadoras foi épica! Tenho certeza de que vou lembrar pra sempre (e comentar com os outros) onde eu estava e como comemorei a defesa do Victor contra o Tijuana, os pênaltis contra o Newells e, obviamente, contra o Olimpia. A comemoração depois na Praça Sete, com meus irmãos e primos chegando cada hora um - uns vindos de casa, outros do estádio, outros de bares. Todo mundo junto e eufórico.

Agora a Copa do Brasil nos premiou com mais vitórias épicas emocionantes e a conquista do título em cima do maior rival.

Nem vou dizer que tudo valeu a pena, porque é paixão, é sentimento, o que não dá para colocar em contas matemáticas e análises racionais. Deixo o futebol na minha vida no seu lugar de coisa importante dentre as menos importantes.

"Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento." Roberto Drummond. Foto do meu irmão.

7 comentários:

  1. Paixão por futebol e time é inexplicável mesmo, mas tão gostosa quando a gente sabe dar a medica certa de importância, e aí eu concordo totalmente com a frase que abre o post.

    Uma das primeiras roupas que eu vesti foi um macacão do Corinthians, então não dava pra fugir muito de ser apaixonada pelo time. E justo essa paixão rendeu muitos bons momentos com meu vô, que hoje lembro com muita saudade e carinho cada vez que assisto um jogo.

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    1. É o que eu penso também, Rê. E as memórias afetivas são muitas mesmo. Até hoje o futebol é algo que me une muito aos meus tios, primos, irmãos e meu pai. A gente vê jogo junto, comemora. É muito legal :)

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  2. Oi Fernanda!
    Leio o blog desde o primeiro. Adoro, mas quase nunca comento. Dessa vez não teve jeito, tive que vir deixar um comentário. No dia da defesa do Victor contra o Tijuana eu estava na Maternidade Santa Fé dando à luz o meu filho. Todo mundo querendo que eu mudasse o nome dele para Victor. Na hora da defesa do pênalti, eu já estava no quarto e deu para ver e filmar os fogos do estádio. Já na final, eu estava com ele na minha cama, porque não tinha jeito dele dormir no berço sozinho com tantos fogos e meu marido estava me ligando do estádio quase sem voz. Galo é galo, só sabe quem é!

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    1. Complementando: leio desde o primeiro post. E meu nome também é Fernanda.

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    2. Que história linda, Fernanda! Muito obrigada por compartilhar comigo. Fiquei emocionada. Até mostrei pro meu namorado. Hehe...Só sabe que é mesmo. :)

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  3. Fernanda, acompanho sempre seu blog e nunca comento, mas hoje não consegui resistir. Nesse exato momento estou traçando minhas metas pessoais para 2015 e acabo de incluir "fazer tatuagem do Galo" como um delas. Justamente por acreditar que minha paixão pelo Clube Atlético Mineiro vai muito mais além de apenas "torcer", sinto a necessidade de gravar na pele esse sentimento. Que venham mais viradas históricas e títulos épicos, porque, como disse o Fred Melo Paiva, "bom mesmo é ser atleticano". <3

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    1. Que bom que você comentou, Mariana! Eu já tive vontade de fazer uma tatuagem do Galo também. Eu queria fazer daquele galo estilizado, sabe? Só não criei coragem ainda, mas um dia vou fazer. Depois me conta como ficou a sua :)

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