quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O vazio

Aí você (quer dizer, eu) vende tudo, repensa amizades, se afasta do trabalho, abandona certos hábitos e... quer saber? Dá um vazio, sim.


Mas é um vazio principalmente positivo. Rola uma angústia de vez em quando, mas como somos seres humanos, isso é normal. É positivo porque, como diz o ditado (chinês?), "para beber vinho, primeiro é preciso esvaziar a taça de chá". Então a gente tem de desocupar certas áreas das nossas vidas antes de reformulá-las.

(Dito isso, ninguém precisa ser radical: dá pra ir aos poucos, uma área de cada vez.)

Diante do vazio, a gente se reconhece como realmente é: com nossas qualidades, preferências e defeitos. O reflexo no espelho nem sempre é bonito, mas é o nosso reflexo. Aceitá-lo é o primeiro passo para começar a trabalhar nele. Só dá pra mudar o que a gente conhece. Se você nunca se deu conta de que era, por exemplo, egoísta, como é que vai se tornar mais generosa?

O autoconhecimento é um caminho longo e, às vezes, doloroso. Mas as paisagens são bem, bem bonitas.

4 comentários:

  1. Concordo com você, Lud! Acredito que quando optamos por esse caminho nos despimos de muitas "mascaras" e abandonamos muitas coisas, rumo ao encontro com a gente mesmo! É tudo novo e estranho mas é uma experiência fantástica!

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  2. Querida Lud:

    Estou muito contente por teres voltado a escrever aqui! Muito do que tens escrito, eu já vivi ou vivo. Há livros de auto-ajuda, por exemplo, que são excelentes, porque são livros de divulgação científica emuitos deles discuti-os e comentei-os com a minha psiquiatra. Agora do que eu te quero falar aqui é dos gatos. adoptei outro, o Bart, um pequenito de uma ninhada de 6 destinada à morte, salva pela minha vizinha, presidente da associação protetora dos animais.

    O Bart é o gatinho mais feliz do mundo, muitíssimo curioso e atrevido, faz-nos rir o tempo todo. Brinca imenso coma a Daisy que assim ganhou um amigo e passou a a fazer exercício físico, pelo que está mais elegante e feliz. Os animais domésticos precisam tanto de nós quanto nós deles e, mais, afinal nós somos os responsáveis por que eles precisem mesmo de nós, não é? Aqui te envio a história da gatinha adoptado por um alpinista que tem corrido a Internet: http://minilua.com/conheasa-millie-gata-alpinista/. bjs muitos, para os dois, Vera.

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  3. Querida, você adotou um gatinho, que delícia! Quero conhecer o Bart na próxima visita. E também quero indicações de bons livros (o Memorial do Convento eu adorei)!
    Uma fofura a gatinha alpinista. E faz todo sentido, né? Gatos são extremamente ágeis (além de terem sete vidas!).
    Beijos carinhosos

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