segunda-feira, 14 de julho de 2014

Lembranças de viagem minimalistas

As melhores de todas são, claro, as memórias das experiências pelas quais a gente passa. Algumas são visuais, como a cor da água de um lago incrível, que é verde na margem e fica azul no centro. Outras são sensoriais (ah, aquele sorvete de caramel salé!). E tem até as intelectuais, como quando damos de cara com um pêndulo de Foucault comprovando a rotação da Terra.

Mas às vezes a gente quer uma lembrança mais, digamos, palpável. Meu marido, por exemplo, diz que tem uma memória péssima (embora não, curiosamente, para rotas: se ele foi uma vez a um lugar, ele sabe voltar) e fica muito feliz pela existência da fotografia. De fato, as fotos são uma fantástica lembrança de viagem. Primeiro, porque não ocupam espaço (a não ser que você resolva revelá-las, o que é cada vez menos comum); segundo, porque atiçam as memórias (quem nunca viu uma foto e se lembrou até dos cheiros que estava sentindo naquela hora?); terceiro, porque com elas a gente pode dividir nossas experiências com os outros (o que é diferente de submeter os amigos a horas intermináveis de exposição. É bom rolar um auto-controle nessa hora).

Outra lembrança bacana são ímãs de geladeira. Eles são baratos em relação ao custo total da viagem, leves e ocupam pouco lugar na mala. Dá para colocá-los na geladeira ou em um painel magnético (que aí vira uma peça de decoração minimalista: tá grudado na parede, não ocupa metragem no chão). O irmão do Leo tem uma coleção e aceita ímãs de presente (ano passado ele ganhou muitos!), mas minha mãe e minha irmã mais nova restringem os delas aos lugares que elas visitaram.

Já meu pai gosta de dinheiro (todos nós gostamos, né?). Quer dizer, moedas estrangeiras. Quando ele viaja ele traz centavos e notas (essa última, quando a cotação é favorável). Na verdade, ele prefere as moedas, que são mais duradouras. Ele também aceita presentes em sua coleção (que também engordou bastante em 2014).

O euro diminuiu a diversidade de moedas na Europa, já que 18 nações o usam, mas tem uma manha: as moedas são cunhadas em diversos países, e em cada um deles a coroa é diferente, com símbolos nacionais. Então dá pra trazer dinheiros diferentes daquelas bandas também. Quem for minimalista mesmo pode se contentar com a menor disponível (um centavo de euro), mas meu pai aprecia a diversidade  de valores.

Uma lembrança que deve ser vista com reserva são os sabonetinhos/xampus/ loções de hotel. Embora se encaixem na categoria baratos (quer dizer, estão incluídos na diária), leves e pequenos, eles podem se transformar rapidamente em uma montanha de vidrinhos ocupadora de gavetas (eu já cometi esse ato repetidas vezes, mas hoje me considero curada). Reflita se você se você vai usá-los antes de embolsá-los!

Cerejeiras em Quioto, Japão: difícil descrever. 

4 comentários:

  1. Sou da turma dos ímas - mas só os de lugares em que de fato estive. Antigamente tinha um quadro, mas com o minimalismo e a mudança de endereço acabei preferindo colar tudo na lateral da geladeira. Também gosto de fotos e às vezes compro um ou outro cartão postal.

    Os xampus, sabonetes e afins eu pego, mas só pra usar em outras viagens, não pra colecionar.

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  2. Lu, bem lembrado: cartões postais! Baratos, leves, pequenos, e muitas as fotos são tiradas de ângulos que nós, simples mortais, não temos acesso.
    Beijos!

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  3. que nada! mama 'e pilantrissima na colecao dela, vale ima de presente e vale ate' mais de um ima do mesmo lugar. a minha colecao 'e a unica seria :D

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  4. Haha, então fica registrado: a sua coleção é a única que não permite biltrices.

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