segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Os perigos do minimalismo, parte II

Quando você resolve simplificar sua vida e tenta valorizar mais o ser do que o ter, é bem possível que não só sua vida mude, mas seu círculo de amizades também.

Ao mesmo tempo em que você descobre gente que está na mesma jornada, e cria novos laços - virtuais ou presenciais -, você percebe que alguns amigos têm interesses totalmente diferentes dos seus (para não dizer opostos). Aí, os contatos vão diminuindo, as conversas vão se tornando raras, e quando você vê, aquela pessoa se tornou só mais um conhecido.

Não é que você não goste mais dessa(e) amiga(o). É que a vida levou vocês para pontos tão diferentes que a comunicação se tornou difícil.

É uma perda. É triste, sim.

Mas quem sabe no futuro, em algum ponto desses tortuosos caminhos que cada um de nós toma, não nos encontramos de novo?


11 comentários:

  1. Poxa, Lud

    Ando me sentindo assim também. Parece que minimalizei até nas amizades. É uma sensação estranha, parece que estou vendo tudo do lado de fora. Acho que não me encaixo mais :/

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  2. Hum, acho que essas coisas fazem parte da vida mesmo! Ruim é quando a pessoa não entende que a gente quer levar uma vida assim e fica criticando, bem como não acho legal a gente também ficar criticando o outro só porque ele não segue algo que a gente segue. Enfim, é complexo mesmo!

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  3. Acho que este sentimento é comum a todos que decidem viver com menos, infelizmente.
    Muitos me apoiam e dizem querer fazer o mesmo mas, alguns me veem como "louca", "excêntrica" ou, o que é mais comum, " a esquisita", rss.
    Sinceramente, não me importo com as críticas, sinto-me muito bem com esse novo estilo de vida e pretendo levá-lo cada vez mais a sério. Como costumo dizer, simplicidade é um caminho sem volta.
    Ah, eu tb tenho um blog, dá uma passadinha por lá ;)

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  4. Que cabeça a minha, esqueci te colocar o link!

    www.simplicidadedia.blogspot.com

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  5. Assim que me sinto hoje em dia, tem amizades que já não me interessa. pensei que fosse só comigo!!

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  6. Assim que me sinto hoje em dia, tem amizades que já não me interessa. pensei que fosse só comigo!!

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  7. Oi Lud, isso está acontecendo comigo também. Confesso que até estou tentando manter o contato com algumas amigas. Mas quando nos encontramos os assuntos são tão diferentes que o papo não flui. Parece que a sintonia é tão diferente que não há diálogo mesmo. Eu mais escuto do que falo. É meio triste, é uma perda sim, mas parece que a preocupação com o ter não faz mais sentido mesmo e acho que é um caminho sem volta. O seu blog é um ponto de referência para mim, acho que há muitas pessoas buscando vidas simples, e aos poucos novas amizades vão surgindo. Isso acalenta meu coração!

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  8. Passei pela mesma situação faz um tempo. Mas como trabalho e estudo numa área pouco convencional (artista plástica e estudante de mestrado na área), meu antigo círculo de amizades tinham vícios diferentes: bebida, cigarro e emoções fora de controle.
    Resolvi que não precisava viver uma vida desregrada para ter sucesso profissional e que tais fatores não passavam de estereótipos senso comum que eu optava seguir quando imatura.
    Hoje não posso dizer que sou habitualmente plácida, mas consigo discernir com mais sucesso aquilo que é de fato essencial para minha realização profissional e vida pessoal sem me deixar afetar por estigmas e pitacos impertinentes.
    Além disso, encontrei no caminho muitas outras pessoas que me apoiaram e apoiam nessa busca. Então, siga em frente! ;-)

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  9. As vezes nesse minimalismo eu me sinto um pouco só...acho que é questão de acostumar...
    beijos

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  10. Acho que essa situação não tem a ver com minimalismo. Isso acontece sempre que a nossa vida toma rumos diferentes dos amigos. Quando você casa e os amigos continuam solteiros, quando você tem filho e os amigos não tem. Então acho que tem mais a ver com a nossa incapacidade de se relacionar com gente de interesses muito diferentes. É aquilo de que já falamos aqui, é muito difícil não julgar, e as escolhas diferentes sempre colocam as nossas próprias escolhas em cheque.

    Aliás, já li em alguns lugares que as amizades se formam na adolescência e na faculdade, e que depois dos trinta anos é muito mais difícil fazer amigos. Então, quando você perde o contato com esses amigos antigos, fica mais difícil fazer novos, por isso a sensação de que os amigos foram "minimalizados" também.

    Eu sou muito preguiçosa para manter laços, então vou perdendo os amigos pela vida. Mas tem alguns que, se eu reencontrar 10, 15 anos depois, continuo tendo a mesma intimidade, mesmo que as vidas estejam muito diferentes, porque são pessoas de quem eu gosto muito, mesmo não tendo contato.

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    Respostas
    1. Me identifiquei bastante com você, Daniela. Tive amigos na adolescência que acreditei que seriam pra vida inteira, mas a faculdade levou cada um pra um lado e com menos tempo e menos assuntos em comum, a amizade esfriou. Alguns continuam próximos, eu fui uma das primeiras que me afastei, e o fato de ter me mudado de cidade, casado e tido filhos antes de todos os outros foi definitivo para esse afastamento. Com isso tudo me aproximei de outras pessoas, que com o tempo seguiram um caminho diferente também. Hoje acho que não tenho nenhum amigo próximo, o que às vezes é triste, e às vezes não ligo, porque nunca fui de me socializar muito mesmo, gosto de ficar sozinha. Já sofri por perder amizades, hoje não sofro mais, aceito que dois amigos deixam de ser interessantes um para o outro porque a vida os leva para lados diferentes, paciência. Onde sai um, entra outro, ainda que realmente depois de adulto os laços sejam sempre mais frágeis, menos íntimos.

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