quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tempo, esse lindo

Tem várias coisas na vida que a gente só dá valor quando perde. Tem acontecido o contrário comigo com o tempo. Agora que eu tenho tempo, eu descobri o quanto ele é maravilhoso.

Quando a gente trabalha o dia inteiro, nos acostumamos com aquele ritmo. Trabalhamos, comemos, resolvemos problemas e, no tempo que resta, só queremos descansar. Nessas horas, até um convite para uma festa de aniversário vira mais uma obrigação.

Quando eu saí do trabalho, comecei a cuidar de um tanto de coisa que eu tinha deixado pra trás. Tudo com calma, sem pressa. Continuo a acordar cedo todos os dias, no máximo 08h. Resolvo problemas, pratico esportes, arrumo a casa, cuido dos meus investimentos...  Tenho sempre coisas para fazer. Mas tudo com mais calma, deixando espaço inclusive para alguns momentos de "à toice".

Ontem eu tive dentista. Era a 5 km aqui de casa. Fui a pé, ouvindo música. Voltei a pé também. Pelo horário (17h), se eu tivesse ido de carro teria gastado até mais tempo, além de dinheiro. Mas não. Fui tranquila, caminhando e escutando música, esperei pra ser atendida lendo no kindle tranquilamente, depois da consulta bati papo com a minha dentista. É um ritmo tão mais saudável.

Claro que uma hora ou outra eu terei que voltar a trabalhar (ou não... hehe...) e eu até gosto bastante do que eu faço. Mas ter tempo para fazer as coisas sem stress e não viver correndo de um lado pro outro é maravilhoso.

Então... Meu objetivo para o segundo semestre é descobrir como vou conciliar um estilo de vida mais tranquilo com o trabalho. É complicado, mas vou tentar.

27 comentários:

  1. Eu eu por aqui estou de férias e começando a compreender de onde vinha aquela melancolia que me atacava todo dia de manhã... era cansaço e uma indisponibilidade pessoal imensa para fazer qualquer coisa... e é tão bom não ter que correr o tempo todo...

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    1. Não é bom, Marina! Pois é... Eu queria viver em um mundo onde as pessoas todas pudessem trabalhar menos, tendo mais tempo para viver. Correria e cansaço se tornaram tão comuns na nossa vida...

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  2. Fernanda, tenho um livro muito bom pra lhe indicar, perfeito para o momento que você está vivendo:
    "Como Encontrar o Trabalho da Sua Vida" de Roman Krznaric, editora Objetiva. Apesar do título péssimo, verdadeira piada pronta da autoajuda (só faltava dizer que era da editora Organizações Tabajara), o conteúdo surpreende e realmente nos ajuda a pensar melhor como queremos vivenciar nossa vida profissional e mostra uma série de possibilidades que muita gente nem cogita tentar. Descobri esse livro porque ele faz parte do projeto The School of Life, do Alain de Botton, de quem eu gosto muito. Boa sorte na sua nova jornada! É muito enriquecedor poder acompanhar suas experiências por aqui. :) Alexandra

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    1. Oi, Alexandra! Eu gosto do Alain Botton também. O título é ruim mesmo. Hehe... Ainda bem que você falou dele ou eu nunca iria ler. Vou ver se conheço alguém que tenha para me emprestar ou trocar. Estou numa fase sem compras. Muito obrigada pela dica ;)

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  3. Que legal Fernanda! Comigo foi o contrário. Eu trabalhei home office por 2 anos. Tinha toda essa boa relação com o tempo, administrava do mesmo jeito. Agora voltei a trabalhar em escritório e tenho que me adaptar com o pouco tempo livre que sobra. É dificil, mas dá pra equilibrar, só tem que planejar direitinho. Pelo menos aqui na minha cidade praiana é possível rs. Beijos!

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    1. Me mata de inveja mesmo! Hehe... Eu ainda quero viver em uma cidade praiana.
      A gente consegue um certo equilíbrio sim, mas é preciso abrir mão de muita coisa, e correr sempre o tempo todo. Eu tenho vivido assim há mais de dez anos e tinha me acostumado. Estou pensando agora em como conseguir mais qualidade de vida, quando eu voltar a trabalhar.
      Beijo!

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  4. Ah, e realmente Botton é sensacional, porque é mais filosofia que autoajuda, rs. A Arte de Viajar e Arquitetura da Felicidade me cativaram.

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    1. Eu dei um livro dele para a minha mãe e li algumas partes que gostei, mas não li todo. Vou pedir emprestado pra ela. Obrigadinha ;)

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    2. Só para esclarecer, Alain de Botton não é autoajuda e em momento nenhum eu disse isso. Apenas fiz uma brincadeira, por conta do título do livro. Ele é um escritor excelente, a quem muitos se referem como filósofo (se não me engano ele é formado em Filosofia mesmo.)Ele já deu entrevista dizendo que não se considera exatamente um filósofo, por não ter criado (ainda?) um novo sistema filosófico. Mas as citações filosóficas, históricas e artísticas que ele faz e a maneira como ele as utiliza para refletir sobre o cotidiano e os dilemas do ser humano são sempre incríveis. Alexandra

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    3. Sim sim! Eu sei. Por isso dei o livro pra minha mãe. Uma amiga minha que estudava filosofia que indicou. Eu li um pouco, gostei e compra pra minha mãe. Eu pretendia ler, mas fui enrolando, enrolando... Obrigada pela indicação, Alexandra. Vou pedir emprestado pra minha mãe e ler.

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    4. Fernanda, já terminei de ler o tal livro que te indiquei. Se você quiser, posso enviá-lo pra você, sem problema algum. Pelo contrário, ficaria feliz, pois acho que ele seria muito bem aproveitado. Se você topar, manda o endereço para o qual você gostaria que eu o enviasse para: alexandra.queiroz@uol.com.br E, por favor, nada de ficar sem graça ou se preocupar com o custo do envio (não moro em BH, mas sei que não é caro enviar um livrinho, de vez em quando envio coisas para familiares que moram em outra cidade.)Generosas são você e a Lud, que sempre compartilham coisas tão legais com a gente :) Enfim, querendo, estou às ordens. Beijo. Alexandra

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    5. Muito obrigada pelo carinho, Alexandra. Fiquei emocionada!
      Eu topo com uma condição: que você aceite que eu te mande um livro meu também. Vou te enviar um e-mail e a gente combina.
      Beijo!

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  5. É por isso que eu acho que o ideal seria as pessoas trabalharem 6h/dia e não 8. É um tempo bastante razoável e dá pra viver além do trabalho! Dá até pra escolher um turno só :)

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    1. Também acho, Mariana. Tomara que o mundo perceba isso. Hehe...

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    2. Eu trabalhava oito horas e há dois anos passei a seis horas. Minha vida mudou completamente, consigo manter a casa sempre organizada, caminhar, estudar...

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    3. Deve ser muito bom. Vou correr atrás disso ;)

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  6. O nome disso é serviço público :)

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    1. Anônimo, tem alguns concursos públicos para cargos de 6 horas sim, mas é uma pequena minoria. Tem vagas na iniciativa privada também de 6 horas, mas também é minoria. Infelizmente, na minha opinião.

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  7. Eu sou igual! Adoro ter tempo para aproveitar cada momento e nada virar obrigação ... tento fazer isso diariamente!
    beijos

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    1. É muito bom, não é? Também vou tentar fazer isso diariamente, mesmo quando voltar a trabalhar. Hehe...
      Beijo!

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Oi Fernanda, gostaria de ter tempo assim para minhas coisas. Fico tentando equilibrar trabalho e vida pessoal, acho que tentando ter uma qualidade de vida melhor. Mas é um desafio diário.
    Adorei as dicas de leitura não conheço ainda os autores.

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    1. É, Andreia... É complicado mesmo. Eu estou pensando agora maneiras de tentar achar esse equilíbrio para quando eu voltar a trabalhar. Vamos continuar procurando. Deve ser possível. Hehe...

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  10. Ai amei teu texto! e você ta certa! desacelerar é preciso! bj

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  11. O dia que decidi pedir demissão de um dos empregos e passar a trabalhar somente 30 horas semanais todos acharam que eu estava maluca. Isso aconteceu há 12 anos atras quando meu filho casula tinha apenas dois anos. Ao entrar no seu quarto de brinquedo, onde não entrava para brincar com ele, deparei com uma maçã podre que estava jogada no chão já alguns dias que a babá assim como a diarista sequer retiraram, foi o momento para uma reflexão profunda e mudanças. Hoje o tempo é pouco para muitas atividades mas todas envolvem qualidade de vida, administração direta daquilo que se tem e acima de tudo convivência com aqueles que fazem parte da minha vida e representam alegria e compromisso. Quando você Fernanda narra que ficou batendo papo com a sua dentista vc abriu espaço para a convivência, ouvir música para a apreciação, caminhar para o movimento corporal, ler um livro para atividade mental de qualidade que gera criatividade e produtividade. Ainda somos seres estranhos para o mundo do tem que ter, tem que ser, tem que fazer mas um dia ...
    Um grande abraço

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    1. Imagino como esses problemas da falta de tempo e de qualidade de vida ficam mais evidentes quando se tem filho. Nossa! No ritmo de 44 horas semanais de trabalho é quase inconcebível.
      O que eu estou fazendo agora tem sido ótimo. Poder fazer tudo o que você falou. O problema é que agora fica mais difícil para mim voltar para o esquema anterior de trabalho. Não sei o que fazer :/
      Abração

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