segunda-feira, 1 de julho de 2013

Desapegando das justificativas

Quando a gente toma uma decisão importante, como aconteceu comigo, todo mundo tem uma opinião a respeito: que eu devia ter continuado no trabalho porque afinal todo trabalho é ruim mesmo, que eu devia ter procurado outro emprego antes de pedir demissão, que é para eu aproveitar e fazer concurso, que tenho que ter cuidado com o momento da economia etc. etc. etc.

As pessoas nem sempre fazem por mal. Muitas vezes elas querem mesmo ajudar. No começo, eu ficava um pouco irritada, e já passava a me defender, justificando minha escolha, explicando por que ela era a melhor para mim. Aí parei para pensar que isso é desnecessário. Eu me estresso e crio uma discussão à toa, podendo levar até a uma briga.

Resolvi então sempre escutar as sugestões, agradecer e realmente pensar sobre elas. Podem ser que sejam boas mesmo e que sirvam para alguma coisa no futuro. Se não forem, eu simplesmente esqueço e pronto. 

Na hora de ouvir opiniões dos outros sobre a sua vida, é bom lembrar também que as pessoas dão conselhos do que seria melhor para elas (que não necessariamente será o melhor para você) ou do que elas teoricamente acham mais adequado, mas naturalmente não vão levar todos os riscos e benefícios em consideração já que não são elas que terão que viver com as consequências dessas escolhas.

Ouvir mais e falar menos.

16 comentários:

  1. Certa vez ouvi de um colega: "Preste atenção na anatomia humana dois olhos, dois ouvidos e uma boca e multiplique sempre que for necessário" e não é que ele tinha razão. grande abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hahaha.. Bem pensado...
      Falar é importante em alguns momentos, mas escutar é mais :)

      Excluir
  2. Passei por isso 10 anos atrás. Larguei um emprego que me fazia infeliz sem ter nada em vista. Todo mundo me chamou de louca (eu era repórter trainee do O Globo e, segundo os outros, tinha um "futuro brilhante"). Depois de muito pensar no que fazer resolvi estudar firme até passar em um concurso de 6 horas de trabalho, pois tinha o objetivo de casar, ter filhos e ter tempo para cuidar das crianças eu mesma. Consegui tudo isso, graças a Deus (e à minha determinação).
    Pense com calma sobre o que VOCÊ quer para a sua vida, onde você se vê daqui a uns anos....com certeza você vai descobrir o que quer!
    Boa sorte!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Parabéns, Renata! Isso exige coragem e muita determinação mesmo, e você teve os dois! Estou no momento que você falou de pensar no que eu quero pro meu futuro. Eu também quero ter tempo livre. Penso em talvez ficar vivendo de freela, ou então buscar um concurso como seu. Estou refletindo aqui. Hehe...
      Obrigadinha pela força!
      :)

      Excluir
    2. Oi Fernanda, desculpe o pitaco, mas hoje, com 2 filhos, vejo que faz uma diferença enorrrrrme se vc inclui crianças no seu projeto de vida ou não...p. ex.: se você se imagina com 3 filhos, e seu marido não tiver o tipo de trabalho que sustenta uma casa (mesmo simples), viver de freela pode ser mais difícil (não impossível, claro, mas dificulta). Agora, se vc não pretende ter filhos, como a Lud, a coisa muda de figura...
      A não ser que sua personalidade seja do tipo aventureira, e não maníaca por planejamento e segurança (leia-se medrosa) como eu! rs

      Excluir
    3. Hahaha! Eu sou maníaca por planejamento e segurança, mas creio que seja possível conseguir isso sem necessariamente ser por um emprego, sabe?
      Eu e o namorado pensamos bastante no que queremos pro futuro. Nós dois temos nossos investimentos que nos dão uma certa tranquilidade. Pensamos em estudar, em abrir um negócio. São várias possibilidades... Sobre filhos, ainda não decidimos. Não é uma prioridade para a gente, sabe? Acho que vamos acabar não tendo. Hehe...

      Excluir
  3. Está mais do que certa! É bom ouvir e aproveitar só o que nos faz bem!

    beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Quando a gente passa a ouvir mais do que falar, fica impressionada com o tanto que aprendemos. Estou achando muito interessante e positivo.
      Beijo!

      Excluir
  4. Uhum... incrível mesmo como sempre as pessoas tem uma solução para o problemas ou situação alheia. E muitas vezes não conseguem solucionar seus próprios problemas. Mas enfim... concordo com você, gosto de ouvir também, pensar e aproveitar somente o que faz sentido.
    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ei, Andreia! Eu acho as pessoas dão conselho porque é mais fácil escolher quando não é a gente que está vivendo a situação. Além disso, muita gente já passou por situações semelhantes e gosta de dividir o que aprendeu. Eu acho isso bom, mesmo que eu não necessariamente vá seguir o que a pessoa falou. Ouvir e pensar é bom mesmo :)
      Obrigadinha pelo comentário.
      Beijo!

      Excluir
  5. Sabe Fer, eu acredito q muitas vezes as pessoas nem fazem por mal. Elas dão pitaco nas vidas alheias por simples hábito de julgar, mas não de forma maldosa e sim de forma automática e sem pensar muito no assunto. Às vezes elas falam sobre nossas vidas só pra ter assunto, sem a intenção de se aprofundar de verdade e no minuto seguinte até já esqueceram o que disseram, e aquelas opiniões ficam martelando na nossa cabeça, sendo q os autores da "pérolas" nem lembram mais de nada.
    Eu abandonei minha carreira na área de publicidade por diversos motivos, mesmo já tendo investido muito tempo e $$ em graduação, pós, curso de extensão etc. Estou há pouco mais de 2 anos estudando pra um concurso e só eu sei como está sendo complicado. O engraçado é q a única pessoa q teria direito de ficar dando pitacos sobre o assunto (meu marido que bancou financeira e emocionalmente o projeto) não faz isso. TODO o resto do mundo tem algo a falar, seja positivo ou negativo.
    Uma "amiga" falou que "não sabe como suporto ficar sem trabalhar e sem ganhar meu próprio dinheiro". Veja como as pessoas julgam sem conhecer metade da nossa história... ela não sabe q eu tenho uma poupança boa q fiz na época em que trabalhei e muito, ela não sabe q eu dispensei faxineira pra poder compensar um pouco o déficit financeiro que ficou em casa. Enfim, já estou escolada em fazer ouvido de mercador para as opiniões alheias. Sei que vc vai tirar isso de letra! Boa sorte!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Hehe.. Obrigada!
      Eu concordo demais com você sobre as pessoas falarem por hábito ou pra ter assunto. Bem pensado.
      A questão é que nossas escolhas são só nossas. A gente que sabe na pele o lado bom e o lado ruim. Se tem outra pessoa que vai ser afetada pelas consequências, como é o caso do seu marido, é questão de conversar mesmo e se acertar, como vocês fizeram.
      Obrigadinha pelo comentário e pela força
      ;)

      Excluir
  6. Ouvir outras pessoas pode ser ótimo. Dizia Maquiavel, sobre a suposta petulância de aconselhar príncipes em seu livro, algo como, que para desenhar a topografia da planície é necessário estar sobre a montanha, e pra desenhar corretamente montanhas é preciso vê-las de baixo, da planície. Penso que, de fora, há pessoas que podem aconselhar com propriedade, com sincera preocupação, mas também há quem não tenha nenhuma 'envergadura moral', algo como um sedentário que lhe aconselha sobre exercícios, e um devedor que aconselha sobre investimentos.
    Eu até escuto, mas faz um tempo que decidi nunca mais me justificar pelo meu modo minimalista de vida. Em suma:
    "Justificar-se: não adianta (aos inimigos) ou não é necessário (aos amigos)." Boa sorte e continuem com esse ótimo blog. Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É verdade. Opiniões de ponto de vistas diferentes podem ajudar, mas tem muita gente que fala sem ter conhecimento. Aí entra o filtro crítico que a gente tem que ter, não só pra ouvir os outros, mas como também com a mídia, com livros, com tudo. Tem toda razão.
      Adorei a citação!
      Muito obrigada, Anderson!
      Abraço!

      Excluir
  7. Eu admiro e muito esse tipo de atitude. Eu digo: Eu odeio ser advogada, mas, todavia, preciso trabalhar. Vivo em crise, porque sou feliz somente aos finais de semana e finais de expediente. Odeio mesmo! Tento conseguir emprego em outra área, ao menos para me sustentar, mas não consigo. Faço até terapia em vista disso. Eu preciso dar um basta nesse círculo vicioso!

    ResponderExcluir
  8. Ei, Gabriela!
    Não é fácil MESMO. Terapia é ótimo para isso, pois vai te ajudar a pensar sobre você mesma e a vislumbrar outros caminhos. Não é um processo rápido. Tanto a terapia, quanto mudanças de carreira devem ser levadas com calma e persistência. Você já está dando o primeiro passo que é reconhecer que quer mudar. Força!
    Um abraço!

    ResponderExcluir