Uma das minhas estratégias para não gastar desnecessariamente e para ter maior controle das minhas finanças é vivenciar todos os gastos que eu faço. Por isso, não parcelo compras e não uso o débito automático.
Quando a gente divide um pagamento em parcelas, a gente se ilude achando que não gastou tanto assim. Afinal, é apenas uma parcelinha de R$ 200,00 e eu vou ter uma televisão chiquérrima em casa! O problema é que gastou sim. E a gente vai perdendo a noção do que já pagou e do que vai ter disponível no futuro. E vai gastando mais, comprometendo um dinheiro que a gente ainda não tem. E assim vamos construindo nossas próprias amarras, para ficarmos dependentes de salários e de chefes. Será que vale mesmo a pena? Eu acho que não.
Outra armadilha que tira nossa noção e nosso controle é o débito automático. Como a gente não tem que ir lá ao internet banking ou ao caixa eletrônico e ativamente pagar a conta, saber o valor que pagamos e ver o dinheiro que temos na conta diminuindo, a gente não sente o impacto do gasto.
Além disso, ficamos com a impressão de que aquele gasto é obrigatório, como se fosse o pagamento de Imposto de Renda, que é debitado automaticamente do nosso salário. De repente, nossa internet, conta de celular, conta de luz, cartão de crédito... Tudo isso parece ser inquestionável. Mas não é. Estamos pagando por um produto ou serviço que escolhemos consumir. E precisamos saber disso.
Para alguém que deseja ser consciente da própria vida e fazer as próprias escolhas, vivenciar os próprios gastos e ter controle sobre eles é fundamental. O efeito é mais psicológico do que prático, mas é real.
PS: Ainda estou analisando meus gastos de 2012. Estou consolidando tudo porque mudei de ferramenta no meio do ano. Em breve o post vem. Prometo.
Bom, eu coloco tudo que posso em débito automático, e uso o cartão de crédito pra quase tudo. MAAAAAAAS... sempre olho a conta quando chega e faço o lançamento na minha planilha de orçamento mensal. E, como você não faço parcelas. Excepcionalmente, esse ano tive que fazer MUITAS parcelas, porque mudei de casa, teve reforma, precisava de alguns eletros e tal, mas elas acabam em dezembro e não vejo a hora de me livrar das últimas. Não entendo como algumas pessoas conseguem ficar tranquilas vivendo cheias de parcelinhas...
ResponderExcluirEu também uso o cartão de crédito para quase tudo, Lu. Mas faço o lançamento dos gastos em um programa de controle financeiro (até o meio do ano, eu fazia em planilha também) e pago a conta no fim do mês.
ExcluirParcelas às vezes são um mau necessário. Um tempo atrás, comprei um carro e tive que fazer um financiamento. Mas fui pagando as parcelas adiantadas e consegui quitar rapidinho. Dever, mesmo que pro banco, me incomoda, sabe? Também não entendo como algumas pessoas conseguem.
Fernanda,
ResponderExcluirTambém estou fazendo isso, até pra ver no que resultou essa nova forma de pensar.
Não uso débito automático mas agendo os pagamentos para o dia do vencimento depois de receber a conta, ver se está certa e tal. Faço isso mais por uma questão de evitar preocupação em ter que ir em banco, até porque os horários que posso são os mais cheios.
E também abandonei as parcelinhas inocentes para ter uma coisa legal em casa. Não preciso ter tudo de último lançamento só pra ser aceita, me aceito tendo menos preocupação e não comprometer os futuros rendimentos com parcela de uma compra que muitas vezes não dura nada, logo lançam uma coisa melhor.
As pessoas criticam, me tiram pra chata no mínimo, e dizem que não adianta nada economizar. Com economias já fiz viagens bem legais que sei que valem a pena, então deixo falarem e sigo fazendo o que parece que está dando bons frutos!
Ei, Adriana!
ExcluirÉ importante se conhecer pra fazer o que é melhor pra você mesmo. Eu não pago conta em banco. Pago tudo pela internet. Isso facilita. Eu sei de cabeça também todas as contas fixas que eu pago, que são poucas, então não corro o risco de esquecer. Além disso, todo último dia do mês, eu faço a análise financeira do mês. Aproveito tal momento para já pagar todas as contas, mesmo que elas vençam na verdade lá pro dia 5.
Ficar livre de preocupações é lindo, não? A liberdade compensa as críticas, eu acho, e pelo visto você também :)
Sobre as críticas das pessoas, eu tenho uma teoria, e já até escrevi sobre isso aqui, de que as pessoas criticam porque você conseguir economizar mostra pra elas que elas são fracas em não conseguir, e a maioria das pessoas tenta reagir a isso tentando te desqualificar, pra justificar pra elas mesmas a própria incompetência. Claro que isso tudo é inconsciente, na maiora das vezes, eu acho...
Sigamos fazendo o que nos faz feliz, não?
:)
Oi Fernanda,
ResponderExcluirEu tenho tudo em débito em conta, inclusive a conta do cartão de crédito. Já faz mais de ano que aboli o parcelamento no cartão, então só tenho a conta do mês para pagar. Inclusive, tem alguns pagamentos (inss, por ex) e alguns docs que são valores fixos, que eu agendo 2 vezes ao ano, em janeiro e em julho. Mas eu tenho uma planilha detalhadíssima, onde controlo todos os gastos, inclusive todos pagamentos em dinheiro. Sei exatamente quanto gasto em qualquer coisa. Isso ajuda a manter a poupança mensal dentro dos meus objetivos. Eu não tenho a intenção de economizar em tudo, acho que dinheiro compra conforto e tempo, mas temos que ter reservas para enfrentar eventos inesperados. As pessoas têm problemas em lidar com dinheiro, acham que controlar gastos é coisa de pão-duro. Eu não deixo de gastar em coisas que acho que valem a pena, mas não fico me queixando que são caras, ou falando quanto gasto nelas.
Ei, Daniela!
ExcluirAdooooro controlar os gastos. Hehe... Eu usava planilha, mas no meio do ano comecei a usar um programinha.
Eu também não acho que temos que economizar em tudo, mas sim que temos que saber tudo que gastamos, pra poder avaliar se estamos escolhendo gastar com aquilo que realmente achamos importante, não só no sentido de necessário mas no sentido de que nos traz felicidade, conforto, coisas boas em geral.
;)