sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Desapego na gaveta de lembranças

Dia desses encarei o desafio de esvaziar parte da minha gaveta de lembranças. Isso porque juntei mais lembranças da minha última viagem e não tinha onde colocá-las. Foi um bom motivador.

1. Cartas. Tinha milhares e trilhões de cartas. Algumas muito legais e divertidas, mas umas chatas e sem sentido. E tinham milhares. Muitas das mesmas pessoas. Escolhi algumas poucas, que eu vou ter interesse em reler um dia pra lembrar de uma época ou uma pessoa, e joguei o resto fora.

2. Cartões. Tinham uns muito legais. Dos meus tios, quando eu era bebê. Da tia da minha mãe, que já morreu. De colegas com os quais perdi contato. Mas tinha um monte de bobos. Tinham uns do garfield que só tinham escrito: "Parabéns!". Foi pro lixo. Tinham uns de pessoas das quais não gosto hoje. Não quero nada de mal pra essas pessoas, mas pra quê guardar cartões delas?

O conteúdo da minha gaveta: caixa de lembranças da Disney,
 revistas Capricho com matérias que eu escrevi, cards de
Arquivo X (sou nerd), canudo de diploma vazio, estojos fofinhos
da infância, caixa de cartas e várias outras coisas miúdas.
3. Viagens. Putz! Aí sim tinha muita coisa. Tinha catálogos imensos de propaganda de Paris. Pra quê? Lixo. Tinha folheto de museu, notinha de restaurante, um monte de inutilidades. Lixo. Guardei algumas entradas dos museus que eu mais gostei, uns mapas fininhos e outras coisas marcantes. Eu gosto de colocar algumas dessas coisas no álbum de fotos (sim, eu ainda revelo fotos, mas poucas) e gosto de rever as lembranças de tempos em tempos, mas não preciso ter tanta coisa que dê preguiça de abrir a gaveta.

4. Medalhas. De futebol do colégio, de corrida (que você ganha só por pagar e completar a prova), de basquete da faculdade... Escolhi três mais legais. Joguei o resto fora.

5. Carteirinhas e cartões. Eu tinha guardada a carteirinha do meu colégio de 1992, tinha cartão do banco vencido em 1999, cartão da lavanderia que eu usava quando morei nos Estados Unidos... Guardei algumas coisas. Mas joguei fora a maioria.

6. Figurinhas. Tinham umas feias e amareladas do Rei Leão, do Campeonato Brasileiro de 1992, da Pocahontas... Guardei uma amostra das 10 mais legais e joguei o resto fora.

Daqui a alguns dias, eu repasso a coleção e jogo mais coisas fora. Um possível próximo passo é escanear tudo o que sobrou e jogar o físico fora.

Eu não estou me desfazendo das lembranças de momentos passados e das minhas memórias. Tudo isso está dentro da minha cabeça e eu não vou esquecer. E se esquecer também, de que adianta ter o objeto? Ter objeto demais acaba é ocupando espaço e dando até preguiça de abrir as gavetas para ver o que tem dentro.

6 comentários:

  1. Bem difícil mas também já conseguir me desapegar de algumas!

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    1. Eu acho que a gente não precisa se desapegar de tudo, sabe? Mas tem umas coisas que a gente guarda mais por costume do que por ser importante mesmo. Acho que a chave é tentar descobrir a diferença :)

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  2. Eu tenho várias coisas que citastes e não consigo desapegar:

    - cartão de banco conta universitária do BB, tinha foto e era formato de um bolso jeans. Não consigo por fora.

    - medalhas de corridas daquelas corridas/caminhadas beneficentes

    - postais, um bem antigo, da bélgica que uma tia mandou de lá quando fiz 15 anos e é um lugar que ainda quero conhecer pois gostei do postal, dai guardo ele

    -álbuns de figurinhas - amar é, amor perfeito, turma da mônica, snoopy ...

    Difícil desapegar. Com muito custo doei meu boneco "dino - não é a mamãe".

    Tem coisas que marcam épocas que são difíceis desapegar..rs

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    1. Ah... Também não acho que a gente deva jogar TUDO fora. só que é supérfluo mesmo. Eu não joguei todos os cartões fora. O meu do banco da disney, com o símbolo do Mickey, eu ainda guardei. Mas o da máquina de lavar era só a logo da empresa lá. Não tinha a menor graça. Das medalhas, eu joguei umas 5 fora, mas guardei 3. Guardei alguns postais e cartões também, mas tinham uns que só ocupavam espaço.

      Como você falou do boneco, vou confessar que guardei um bichinho de pelúcia, dos 5 que eu trouxe da disney, que foi o do Stitch.

      Não acho que a gente precisa desapegar de tudo, só refletir o que é importante mesmo e o que não é
      :)

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  3. Fiz o mesmo a todas as lembranças e medalhas que tinha! Descobri o seu blog há pouco tempo e estou agora a ler todos os posts. Me identifico muito com as suas palavras e com a sua viagem pelo minimalismo. Também para mim 2012 foi o meu primeiro ano como minimalista. Continue que eu vou continuar a ler :)

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    1. Olá, Ana!
      Que bom que você gostou! Seja muito bem-vinda!
      E boa sorte para nós todas na nossa caminhada ;)

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