terça-feira, 30 de outubro de 2012

Desapegando dos motivos alheios

Dia desses encontrei uma amiga e estávamos de mimimi sobre voltar a morar com a família (eu contei sobre mim aqui, e a mãe dela se separou e foi morar com ela). Entre muitas risadas, desabafamos sobre como é chato ter que dar explicação para todos os nossos passos.

Se um dia eu chego mais cedo do que o normal em casa, sempre tem alguém pra perguntar por quê. Quando eu saio mais tarde idem, se eu vou sair à noite, perguntam.

Nenhuma dessas respostas é segredo e não tenho o que esconder, mas dá preguiça de explicar, e muitas vezes ver que a pessoa nem quer saber mesmo a resposta. Está perguntando no automático.

É uma coisa que a gente faz meio sem perceber mesmo. Meio como puxar papo reclamando do calor, da chuva ou do frio.

Ontem mesmo eu cheguei em casa mais cedo um pouco e minha mãe já estava lá. Já ia perguntar por que ela tinha chegado mais cedo, mas parei e pensei... E percebi que a resposta não faria diferença nenhuma pra mim ou pra ela. Na verdade, só ia ter que fazê-la parar de prestar atenção na novela pra me explicar. Então, deixei pra lá.

4 comentários:

  1. Eu já me peguei imaginando um retorno à casa dos meus pais e realmente seria complicado. Essa questão das relações são delicadas mesmo, mas o que seria mais difícil pra mim é o fato da minha mãe ser uma acumuladora e não ter método para nada em casa, do tipo que quer tirar tudo de um cômodo para começar a arrumar e aí acaba transformando tudo num caos rsrsrs Já eu sou aspirante a minimalista e organizadora compulsiva, então já viu o quanto iria sofrer em não poder meter o bedelho, afinal a casa é dela!
    Já passo uns bons momentos de agonia quando a visito nas férias, tento dar algumas dicas e sugestões de forma amigável, mas sei que tudo entra por um ouvido e sai pelo outro mesmo...

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    1. Sei bem como é, porque minha mãe também é acumuladora. Aí eu fiz um santuário pra mim dentro do meu quarto e não saio de lá. Infelizmente, acabo não usando muito a cozinha. Mas tudo bem, porque de noite geralmente só como uma fruta, um sanduíche, um iogurte, coisa que não precisa de preparo. Durante o dia, como no trabalho e nos fins de semana na casa do namorado. Mas é complicado, viu?
      Beijo!

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  2. Fe! Eu acho que por um lado pode demonstrar interesse na vida da pessoa. Tipo perguntar como foi o dia, ou se está tudo bem. Essa interação pode ser boa. Mas por outro concordo que é cansativo dar explicação de tudo. Outra coisa que é cansativa é dar explicação para os outros de porque você mora com os pais, sozinha, com a prima, com os amigos, com o cachorro ou com quem quer que seja. Acho que o mundo cobra demais saber como você vive. E tem muita gente que sai das casas dos pais só pra parecer independente, vivendo ainda às custas deles. Situação muito comum nos EUA e Europa. Quem se importa???

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    1. Nossa... É chato mesmo. Eu já estou até meio acostumada, de tanto que me perguntam. Hehe...
      Sobre perguntar sobre o dia, acho legal mesmo, mas mais dando uma oportunidade pra pessoa falar, se ela quiser. Se ela responder "bom" e só, aí a gente deixa pra lá, né?

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