quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Programas minimalistas

Sair para passear é uma coisa ótima. Encontrar com os amigos, a família... Comemorar algum acontecimento ou uma data. Distrair e aproveitar a vida.

Eu gosto, mas tenho reparado que passeios nos custam muito. Primeiro e mais óbvio, porque gastamos muito dinheiro. Depois, porque acabamos na maioria das vezes voltando tarde pra casa e bagunçando toda a rotina. Por fim, porque tendemos a comer mal e beber muito nessas ocasiões, o que não é lá muito saudável e nem minimalista.

Desde que adotei o minimalismo, sempre penso: "O que é essencial e supérfluo neste caso?". Geralmente, nas saídas, o essencial é estar com as pessoas.

Comecei então a buscar inspiração nos programas que eu fazia com meus amigos na adolescência, quando eu não tinha dinheiro, não podia voltar tarde pra casa e não bebia ainda, e mesmo assim me divertia demais. Algumas coisas que eu fazia e que ainda dá pra fazer:

1. Encontro em casa, pra jogar baralho ou jogo de tabuleiro, pra ver um filme na TV, pra cozinhar alguma coisa juntos... Nada chique. O foco são as pessoas.

2. Andar a esmo. Podia ser pela Savassi (bairro aqui de BH), olhando os bares, as pessoas, encontrando um ou outro conhecido, tomando um sorvete. Podia ser em algum lugar agradável pra conversar, como numa praça ou em um parque. A ideia era conversar e aproveitar a companhia da pessoa.

Fotos de Praça da Savassi (Praça Diogo de Vasconcelos), Belo Horizonte
Esta foto de Praça da Savassi (Praça Diogo de Vasconcelos)
é cortesia do TripAdvisor
3. Praticar uma atividade física. Chamar os amigos pra caminhar, jogar futebol, correr. Sem competição, só pela diversão da coisa.

Lembrei também que eu sempre comia antes de sair de casa. Na rua, só petiscos, um sorvete e talvez uma ou outra bebida alcóolica. Eu não preciso chegar no bar morrendo de fome e me entupir de batata frita e picanha. Posso comer em casa e só petiscar no bar.

É curioso como a gente tende a focar todos os passeios em comida e bebida, sendo que isso geralmente não é o mais importante.

Claro que tem as ocasiões em que o essencial mesmo é a refeição, é conhecer um lugar novo e legal, mudar a rotina. Nesses casos, o foco é outro.

Aí, já seria bom pesquisar um lugar que tenha um equilíbrio entre qualidade e preço. Melhor também marcar mais cedo, pra não chegar em casa de madrugada e perder o outro dia todo. E, no lugar, não preciso comer e nem beber como se o mundo fosse acabar amanhã, não é?

5 comentários:

  1. Fernanda, eu acho que um passeio no Parque das Mangabeiras, na pampulha, nos Museus da Praça da Liberdade (vá em todos, são super interativos e excelentes) e em outros lugares afins pode ser melhor que passear na savassi. Fora o sorvete e sentar na pracinha do 3 corações pra conversar, a Savassi tem um apelo enorme ao consumo e acho que é um dos lugares mais difíceis de só passear, sei lá.. é a minha opinião! estive aí depois da reforma da praça e não gostei tanto, esperava mais... Eu gostava muito de ir Palácio das Artes ver as exposições, pegar um cineminha (sempre filmes bons e muito baratos), sentar ali no café, conversar... só tem gente interessante e os gatinhos que moram no parque Municipal ficam andando por ali, miando entre as mesa.. é ótimo!!! Abraço!

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  2. Oi, Marina!
    A Praça da Liberdade e o Parque das Mangabeiras são lugares que eu já fui muito também. Já a Pampulha é onde trabalho e corro todos os dias, então prefiro variar um pouco nos momentos de folga. Hehe... Eu tenho uma história com a Savassi, sabe? É uma coisa difícil de explicar... Eu estudei lá, no Colégio Santo Antonio, minha adolescência toda. Sem contar que é um lugar que tem ônibus fácil, então é ótimo pra quem não tem carro. E tem sempre pessoas que eu conheço passeando por lá. Por fim, eu não sou muito consumista, então o apelo não surte muito efeito em mim. É uma coisa bem pessoal mesmo. Mas os lugares que você falou são muito legais e merecem mesmo ser visitados :)
    Abração!

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  3. Super concordo com vc e tenho pensado nisso ultimamente. Sair e acabar decidindo comer/beber sempre faz a gente gastar além do esperado. E esse é o tipo de "programa" que as pessoas preferem quando vão confraternizar. Geralmente isso faz a alimentação equilibrada ir por água abaixo e nem sempre a diversão é garantida...

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    1. Pois é, Pri. E nem acho que as pessoas preferem mesmo, conscientemente, comer/beber. Acho que, na maioria das vezes, a gente faz isso mesmo sem pensar. Já está tão cravado na cultura que virou quase natural, sabe? Por isso estou tentando pensar antes de decidir o programa, pra lembrar que há outras opções que podem se mais baratas, saudáveis e divertidas :)
      Obrigada pelo comentário!

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  4. putz, fe! me lembrei de anos adolescentes agora... realmente a gente tinha muito menos meios e se divertia a valer. tinha uma e'poca que o quente era comprar UM LITRO de limonada na padaria e tomar ela inteirinha numa tarde, huhu. vou repensar meus habitos pancadao :)

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