segunda-feira, 27 de agosto de 2012

1 ano sem comprar!

Em agosto do ano passado, decidimos parar de comprar. Para economizar, para não juntar mais objetos, para aprendermos a viver com menos - todos ótimos motivos.

Fiquei calmo e não compre!
As regras são simples. Só pode:
1) comida
2) produtos de limpeza
3) remédios
4) material de estudo
5) presentes (para os outros)
6) necessidades do sabático

Demos umas escorregadas, é verdade. Quando viajamos em outubro, acabamos comprando livros. Eu comprei também um blazer preto e um xampu para cabelos brancos. O blazer é utilíssimo para trabalhar, mas os cabelos brancos que estavam ameaçando chegar desistiram (ou seja: eu devia ter esperado ter mais de um ou dois na cabeça antes de arrumar um xampu pra eles!). Ah, também torrei 40 reais em materiais (papel contact + estilete) para decorar o novo apê.

Teríamos comprado outras coisas, desnecessárias, se não estivéssemos "de altas" do consumo:
1) uma botinha para viajar no fim do ano passado. Usei a que eu já tinha (sim, eu tinha uma bota preta e queria comprar outra, só porque o modelo era diferente).
2) um HD externo. Estava na promoção, e ficamos tentados, mas concluímos que os HDs que temos (externos e internos) são suficientes para guardar nossos documentos digitalizados.
3) um cesto para roupa suja. No apê antigo, a gente jogava as roupas usadas dentro da máquina de lavar. No novo não tem máquina. Pensamos em adquirir um cesto, mas acabamos usando um balde que fica debaixo do tanque. Quando acumula o suficiente levamos para a lavanderia (em um saco, não no balde. Se bem que a ideia não é ruim, não).

O que aprendi

Eu não me considerava uma pessoa consumista, e achava que ia ser moleza. A proibição me fez perceber que eu gostava de uma comprinha, sim. Principalmente em liquidações. Tive momentos em que me senti uma coitadinha (pura manha, claro).

Descobri que fico encantada com a possibilidade de fazer "um bom negócio": promoções e  descontos são comigo mesmo. Mas é claro que não é um bom negócio se vou usar pouco ou nada. Estou feliz de estar perdendo esse hábito.

Gostei de perceber que não fazer compras estimulou minha criatividade. Deixei o quarto-e-sala com a nossa cara na base do papel contact, gravuras e capas de almofada que a gente já tinha. (O fato dele ser pequetito ajudou muito na decoração: poucos ambientes para enfeitar!)

E, claro, não comprar ajuda no minimalismo: é mais fácil diminuir as posses se a gente não está adquirindo novas o tempo todo.

2 comentários:

  1. Oi Lud!

    nossa, to feliz com esse seu blog, pq eu ja tava querendo chorar minhas pitangas com vc, mas no meio de notícias do Plano B da viagem eu fiquei sem graça (rs).
    Bom, primeiro de tudo, o plano B está indo bem, ne? Vai dar tudo certo, olha que beleza, almoçar todo dia rsrs.
    Eu mandei um comentário ha uns dois meses, dizendo que pensava seriamente no meu 'sabático' e logo depois disso veio o auge do stress. Como eu conheci essa 'corrente' minimalista meses antes, fiquei feliz de descobrir que existe muito mais gente por aí que pensa igual a mim. E agora resolvi botar tudo em prática. O momento foi oportuno e está dando tudo certo até agora. Td bem que a chuva de "vc é maluuuuca" não para de cair, mas em compensação o "vc que ta certa" está balanceando essa relação.

    Moral da história: agora eu tirei meu 'um ano' para mudar de vida. E eu sei que vc não tem naaaada com isso (aff..) mas eu tinha que desabafar. E, seguindo o seu conselho pra mim, eu tenho que falar é com gente que me entende, não é?

    Obrigada pela força que vc me deu, mesmo sem saber! (rsrs)

    Bjsss

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  2. Bianca,
    isso mesmo, conversa quem te apoia!
    Eu acho que você tá certa. Se a gente não descobrir o que ama fazer (também estou nessa), ou descobrir o que a gente ama não dá dinheiro, vamos trabalhar com o que nos sustenta e nos divertir nas férias. O que não dá é nunca ter tentado descobrir!

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