segunda-feira, 4 de maio de 2015

A casa, o tempo e a aceitação

É então que novamente eu me deparo com um dos meus grandes demônios: a realidade de que eu não sou capaz de tudo que gostaria. Há limites.

A verdade é que o tempo realmente é um recurso escasso, e que não só eu devo escolher como vou gastá-lo; mas também que, por mais que eu simplifique e priorize, ele nunca vai ser suficiente para fazer tudo que eu gostaria. Então o jeito é aceitar.

Foi mais uma vez que aprendi muito com os comentários, que me fizeram ver que eu estava encarando a questão toda da casa e do tempo de uma maneira inadequada.

A Andreia Rodrigues comentou algo que me tocou bastante: "Casa perfeita e com tudo no lugar, só em foto de revista! Casa de verdade, funciona, as coisas são usadas e isso é o normal, faz parte!".

Fiquei pensando sobre isso, e sobre como uma casa mostra sinais de que pessoas estão vivendo e fazendo várias coisas nela. E como isso na verdade é uma coisa linda, e não deve ser motivo de estresse.

Outra ideia que me fez mudar a maneira de pensar foi: "Serviço de casa não acaba nunca, mas não deve ser um fardo. É como escovar os dentes ou tomar banho.", da Lu Monte.

Realmente o cuidado da casa não é um item da minha lista de pendências que eu vou conseguir riscar, pois ele é constante. Então o jeito é ir lidando com isso de acordo com minha disponibilidade, mas sem neurose ou ansiedade.

A mesa lá de casa. Não está arrumadinha, mas não vou deixar isso me atormentar mais.

12 comentários:

  1. Oi Fernanda,

    É isso mesmo, tem que definir prioridades e aceitar que não dá para fazer tudo. Eu não gosto de sair de casa sem arrumar a cama e sem lavar a louça, então determinei na minha rotina que a primeira coisa que eu faço depois de levantar é arrumar a cama, senão me dá um desânimo depois. Depois eu limpo as coisas dos gatos, tomo café e lavo a louça, sempre nessa ordem. É a questão da rotina, não tento fazer mais coisas nesse horário, senão acabo me atrasando.

    Também odeio acordar e ver a pia com louça suja, então nunca vou dormir antes de lavar a louça. Tem gente que não se importa, então cada um tem que ver o que é melhor para si.

    Eu tenho ajuda em casa, mas faço bastante coisa também. Coloco a roupa para lavar, varro a casa no final de semana e estou sempre arrumando. Eu digo que a minha vida é juntar coisas (eu junto e a minha filha espalha atrás de mim). Ela já ajuda a juntar, mas eu ainda tenho que recolher quase tudo.

    Mas esses ajustes são normais quando a gente passa a ter a nossa casa, eu lembro que quando fui morar sozinha também demorei a definir o que e quando eu ia fazer em casa. Parecia sempre que eu tinha montes de coisas para fazer.

    Um abraço, Daniela

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    1. Obrigada pelo comentário, Daniela. E desculpa a demora para responder. Você tem razão. É questão de ajustes. Eu sinto que já estou ficando mais tranquila e descobrindo maneiras de lidar melhor com as mudanças. Abraço!

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  2. Olá,

    Posso dizer que, minha sequência de serviços, é a mesma que o da leitora Daniela. Não saio do quarto sem fazer a cama, e não deixo louça do jantar para o dia seguinte, quando vou dormir ajeito as almofadas, o piso do banheiro é branco, aparece logo os fios de cabelo, dou uma varrida. Sendo assim, quem olha pensa que a casa está arrumada o tempo todo, só eu sei onde estão as reais pendências.

    Maria

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    1. Oi, Maria! Realmente arrumar o que acabou de ser usado é uma boa ideia. Estou tentando implantar isso no meu dia-a-dia. Obrigadinha.

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  3. Gostei muito do texto... Tenho feito algo parecido na minha casa, para parar com a neurose. Felizmente sou paga (não é salário mínimo, é bem menos) para cuidar da casa dos meus avós todos os dias, mas na casa não vivem só eles. Antes fazia meu trabalho e sempre ia alguém e sujava de novo, isso várias vezes por dia, e eu ia lá e limpava. Isso ficou tão estressante e neurótico para mim que não consegui mais suportar. Sou perfeccionista e por isso não conseguia deixar as coisas sujas, hoje em dia para não me estressar faço todo meu trabalho apenas uma vez, porque sou paga para fazê-lo apenas uma vez, quem sujar depois que limpe, e se não limpar não serei eu a ser taxada de casa bagunçada ou mal limpa. Passei a ter meus minimalismos e manias de limpeza e organização apenas com aquilo que é meu, quando compartilhamos coisas com outras pessoas nunca vai ser inteiramente do jeito que queremos. E preciso dizer, estou me estressando bem menos. Desculpa, acho que acabei desabafando rsrs.

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    1. Não precisa pedir desculpas, pelo contrário. Eu adoro e aprendo sempre com os desabafos. Realmente o perfeccionismo é um grande inimigo nosso. Eu luto contra ele diariamente. E outra coisa que vejo que temos em comum é lutar contra essa necessidade de controle. A gente não pode, e nem deveria poder mesmo, controlar os outros. Então a gente tem que aprender a aceitar e conviver. Me identifico muito :)

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  4. É engraçado isso, porque quando a gente resolve ser minimalista acaba aprendendo que é legal minimalizar tudo, inclusive os desejos! É dar-se conta de que a gente não consegue dar conta. É estabelecer prioridades e abrir mão de outras coisas. Em relação à casa, mesmo não tendo tanto cacareco e tantos cômodos, requer tanto cuidado como qualquer outra. O lance é não querer perfeccionismo. Não sei está relacionado, mas eu tenho essas manias de querer tudo organizado, tudo no lugar. Acho que ser minimalista também ensina a gente aprender a dar menos importância pra detalhes bobos, como um objeto fora do lugar, por exemplo.

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    1. Tem toda razão, Jessica. É uma das minhas maiores lutas no minimalismo: desapegar do perfeccionismo e da mania de arrumação. Eu tenho melhorado, mas volta e meia eu percebo que ainda tenho um longo caminho pela frente.

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  5. Oi Fernanda, você trabalha em que ramo?

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    1. Olá! Trabalho com educação corporativa, comunicação e educação a distância.

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  6. É isso mesmo! Eu também me estressava muito com a organização da casa, mas, realmente, casa organizada e limpinha todo tempo só em revista. No começo, eu achava o máximo as casas super minimalistas, com pouquíssimos móveis e praticamente nada de objetos. Na verdade, ainda as acho bacanas, mas sei que para mim é inviável. Ao mesmo tempo que são super práticas e organizadas, sinto uma certa solidão nelas, pois não há nada pessoal que dê aquele toque de "lar doce lar". ;)

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    1. Ei, Marcelle. Eu tento achar o meio termo, sabe? Não gosto de ter muitos enfeites que não tenham uma utilidade porque realmente o trabalho para arrumar aumenta demais. Então eu dou meu toque pessoal escolhendo móveis e utensílios que sejam a minha cara. Tenho achado interessante :)

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