quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Onde não vale a pena pão-durar

O título deste post era "Onde não vale a pena economizar", mas eu mudei. Porque sempre vale a pena economizar! Economizar é pesquisar o preço mais baixo e abrir mão dos supérfluos. Pão-durar é deixar de gastar no necessário.

E eu sou a rainha do pão-durismo. Não, eu não sei gastar dinheiro. Se dependesse de mim, jamais teríamos comprado um sofá novo e abandonado os antigos, que haviam sido doados pelos parentes, não combinavam e tinham um rasgo no braço (devidamente disfarçado por um paninho de crochê). Quando comprei uma jaqueta de couro, depois de muito pesquisar (foi num outlet e custou metade do preço), achei tão caro que fiquei até tonta na hora de pagar. (E foi uma ótima compra: uso muito, ela é bonita e impermeável.) Minha irmã mais velha faz piadinhas sobre o escorpião que tenho no bolso. Minha irmã mais
nova disse que adotei o minimalismo para pão-durar mais à vontade. Etc etc.

Tem horas que o pão-durismo vem muito a calhar. Quando quisemos reduzir despesas e deixar de comprar, foi uma beleza. Mas tem momentos em que, óbvio, ele atrapalha a vida. Quando como deixei de comprar um remédio de sinusite porque achei muito caro (e no fim acabei comprando, depois de sofrer em vão por dois dias).

Pensei em trabalhar essa característica, mas concluí que eu não quero deixar de ser pão-dura: quero deixar de ser pão-dura nas áreas que importam. Assim, não prejudico a mim mesma, mas também não traio minha natureza (nem deixo sem casa meu escorpiãozinho de estimação, coitadinho).

Tenho pensado, e até agora as áreas que importam são:

1) saúde. Dá pra economizar (ter um plano de saúde co-participativo, comprar remédios genéricos), mas não pão-durar.

2) instrumentos para o que você faz muito ou gosta muito. Eu e o Leo compartilhamos um netbook e um tablet, e o tablet é bom para uma série de coisas (fazer ligações, usar mapas), mas não é bom para outras, como digitar posts e organizar fotos. A gente administra, mas tenho achado que eu escreveria muito mais se cada um tivesse seu próprio computadorzinho. Uma das razões de não ter é que a gente carrega tudo nas costas (quer dizer, nas malas). Ano que vem, estamos planejando ficar mais tempo em cada cidade e aí fica mais fácil ter um segundo "instrumento de trabalho".

3) refletindo...

6 comentários:

  1. Comida.. sim, dá pra economizar.. mas tem coisa q não dá (tipo um pão muito esquisito, o leite de origem duvidosa ou aquele nugget sem vergonha).. hahaha

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    1. Pois é! Comida até faz parte do item saúde, né? Tem de ter um mínimo de qualidade e variedade...
      Beijos

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  2. Muito bacana essa sua reflexão, Lud! Acredito que pras coisas que são importante pra gente, para o que é o foco da nossa vida minimalista, não precisamos pão durar. Afinal, são coisas que gostamos, ferramentas de trabalho ou coisas que são muito necessárias mesmo pra nossa rotina. O que não significa não pesquisar pra comprar por um preço justo.

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    1. É, porque o que é importante nos dá um grande retorno... vale a pena!
      Beijos

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  3. Aii, me identifiquei!! Huashua... Ainda mais porque essa semana fui no PS por causa da sinusite e tava querendo não comprar o caro antibiótico receitado porque eu já tinha um similar em casa! haushua... Eu precisava comprar um composto, e o de casa era pediátrico (do meu filho) e com um dos ingredientes do composto. hauhsua... Sorte que meu pai me mostrou que era melhor tomar o troço direito!

    Vou refletir sobre isso, grata, Lud!

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    1. Rô, com antibiótico a gente tem de ter cuidado mesmo. Até a minha tese de que "data de validade é sugestão" cai por terra no caso deles (maionese.também é excessão).
      Espero que você já tenha melhorado!
      Beijos

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