sexta-feira, 27 de junho de 2014

Desconstruir e reconstruir

Oi, pessoal! Estou de volta. Durante esse tempo todo sem escrever, continuei viajando, voltei ao Brasil no fim de ano, li, estudei, engordei, emagreci, comprei, deixei de comprar, encontrei amigos, refleti, resmunguei. Ou seja, tenho história pra contar.

A primeira é que acho que cheguei ao (meu) ponto máximo de desapego e estou começando a voltar de lá. Em 2012, entrei de cabeça no minimalismo e em um ano me livrei de quase tudo que eu tinha. Fui radical porque ia viajar por um tempo longo e, de fato, não ia precisar de móveis, eletrodomésticos, livros de papel, cosméticos e um monte de roupas e sapatos por um período grande. Em vez de enfiar tudo em um guarda-móveis, o que ia ser caro e complicado, eu e meu marido doamos ou vendemos um montão de objetos, enchemos duas portas de armário na casa dos meus país com o que achamos que precisávamos manter e saímos leves e soltos pelo mundo.

Foi ótimo. Aí, depois de mais de um ano de simplicidade pessoal, comecei a sentir falta de... perfume.

Quando reduzi as minhas posses, doei, junto com um tanto de maquiagem, os meus três ou quatro vidros. Eu usava pouco e estava me desapegando dos códigos da feminilidade. Mas, depois de muitos meses, me deu saudades.

É verdade que perfume custa caro, vaza na mala e não é artigo de primeira necessidade. Mas nem só de pão vive o ser humano, né?

Às vezes as pessoas me chamam de exagerada, e de fato reconheço que sou. Tem muita gente que passa pelo processo de redução de bens gradativamente, reduzindo com calma que chegar a um ponto confortável. Eu, não: aproveitei que ia tirar um sabático, juntei o feminismo com o minimalismo e fui lá ao outro extremo.

E foi  muito bom. Experimentei, na prática, que dá para ver sem um monte de coisas. E, agora, posso readotar, aos poucos, o que acho importante para mim, depois de pensar um tanto sobre o assunto.

No caso do perfume, comprei umas miniaturas e fiquei feliz: elas ocupam pouco espaço e, como esperei com paciência por uma promoção, não custaram tão caro. Além disso, como são pequenas, não vão durar para sempre (como aqueles vidros doados que ainda estavam pela metade...).

São pequetitos mesmo: menores do que uma caixinha de fio dental...

5 comentários:

  1. Lud, é engraçado não é? Quem diria que o que te "faria falta" seria perfume?! Mas eu acho que no seu caso, existe uma vantagem implacável: a oportunidade de recomeçar com uma página em branco. Seja feliz no seu retorno!

    Beijos!

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    1. Tati, também achei engraçado. Mas até que perfume é um troço minimalista: depois que você passa, ele não pesa nem ocupa espaço!

      Obrigada pelas boas-vindas e beijos!

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  2. Lud, acredita que é justamente do que estou sentindo falta também? rsrs... Para mim foi mais minimalismo e naturalismo (não passar na pele nada que não posso ser ingerido), mas tenho sentido muita falta de perfume e de maquiagem.

    E me sinto exatamente como você, cheguei ao meu ponto máximo de minimalismo nesse momento (talvez mais para frente, volte e esse limite aumente), ai voltei com tudo para minha vida antiga (trabalho, correria, alimentação ruim) e agora sei o que me serve e o que não me serve. O que quero e o que não quero.

    Adorei o post, me identifiquei muito!! E tenho aprendido cada vez mais a achar lindo demais esse ir e vir da vida, esse movimento não é uma delícia?

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  3. Oi, Rô! Que interessante! De repente você pode se perfumar com essência de baunilha... (Adoro o cheiro.)
    É bom poder comparar, né? E talvez chegar ao equilíbrio. Eu realmente espero que o meu equilíbrio esteja mais perto do minimalismo de cá do que da vida anterior de lá. Vamos ver como fica (ou como fico)!
    Beijos!

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