segunda-feira, 7 de abril de 2014

O medo dos imprevistos e as malas gigantes

A grande virada na minha arrumação de malas foi quando eu percebi que ficar levando coisas para eventualidades era uma grande bobagem. Atualmente, qualquer lugar tem infraestrutura o suficiente para que a gente consiga lidar com imprevistos, e isso quando eles de fato acontecem, que é raro.

Vejam alguns exemplos.

E se eu precisar de remédios?

Você vai na farmácia e compra. A não ser que se tenha um problema crônico, como gastrite ou dor de cabeça, não vale a pena ficar se prevenindo de qualquer eventualidade com remédios. Primeiro que você teria que levar todos os remédios do mundo, segundo que a maioria dos lugares tem farmácia. Agora em Itacaré eu tive uma indigestão, meu namorado foi na farmácia da esquina e gastou 1,50 em um Sonrisal (o mesmo que eu teria gastado se tivesse comprado aqui em BH). 

E seu eu precisar de comida?

Comida, ainda mais do que remédios, é algo que em qualquer lugar tem, até mesmo na selva inabitada. Se precisar, vai lá e compra (na selva, caça ou colhe).

E se eu precisar de mais um sapato?

Calçado ocupa espaço para caramba, então devemos escolher com critério o que levar. Chinelo é algo que eu levo sempre, e na minha experiência mais dois calçados bastam: um para andanças (tênis, bota de caminhada etc.) e outro mais arrumado (sandália, sapato de festa etc.). Variações do mesmo tipo de calçado para uma viagem não fazem sentido, independentemente do tempo da viagem. Eu fiquei 4 meses na disney com os mesmos 3 sapatos (além dos dois tipos, eu tinha um social do uniforme).

E se o clima do lugar mudar terrivelmente?

Levar roupa de frio para a praia ou de calor para o inverno europeu porque o clima hoje em dia é muito louco não compensa. O clima não é tão louco assim. E, se ele mudar um pouco de fato, é possível se virar jogando um casaco por cima da roupa de calor ou usando menos camadas da de frio. Não precisa levar todo um guarda-roupa para essa eventualidade.

E se eu precisar de uma roupa de festa de gala?

A não ser que você tenha uma festa de gala programada, é muito pouco provável que você seja chamado para uma. Em toda a minha vida, isso nunca aconteceu. No fim do programa da Disney, quando eu fiz um cruzeiro que teve um jantar mais chique, eu simplesmente combinei umas roupas do dia-a-dia com o sapato mais arrumado e bijuterias. Chegando lá, vi que a maioria das pessoas estava até mais simples do que eu.

No jantar de gala no navio. Isso foi em 2002. Olha o tamanho das minhas bochechas!
E se todas as minhas roupas caírem na lama, em uma tempestade de areia ou sujarem de outra maneira?

É só lavar. A maioria dos lugares tem estrutura pra isso. Mas a verdade é que eu nunca precisei. Roupa não suja tão fácil assim.

E se eu não quiser ter que resolver imprevistos nas minhas férias?

A verdade é que levar uma mala enorme atolada de coisas é muito mais incômodo e inconveniente do que ter que lidar com imprevistos, principalmente porque esses últimos são bem raros, e fáceis de serem resolvidos.

10 comentários:

  1. Tão bom ler este post a uma semana da próxima grande viagem. Obrigada!!! Bjs

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    1. Que bom que foi útil, Rafaela. Principalmente em grandes viagens, uma mala mais bem pensada e prática faz muita diferença. Para viagens maiores, a Lud falou que uma grande sacada para ela foi descobrir que ela podia lavar as roupas que levava (no próprio hotel geralmente tem lavanderia) para poder levar menos. Eu não fiz viagens tão longas quando as dela, mas pode ser uma boa mesmo.
      Depois me conta suas escolhas e sua experiência, sim? E boa viagem ;)
      Beijo!

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  2. Adorei, Fernanda! Eu estou aprendendo, aos poucos, a fazer malas inteligentes e levar menos coisas, e coisas que combinem entre si!

    Beijos!

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    1. Bem lembrado, Bruna. Roupas que combinam entre si facilitam muuuuito a vida durante uma viagem. Dá para levar menos coisa e aproveitar muito mais. Eu também estou aprendendo aos poucos. Hehe...
      Beijo!

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  3. Se não me monitorar levo a casa dentro da mala! Mas o que mais levo é dinheiro (não uso cartão de crédito).E então fico o tempo todo preocupada em não perder o dinheiro, daí não consigo relaxar! E acabo levando quase o dobro do valor calculado. É uma chateação. Algo que eu gostaria de mudar pra aproveitar mais a viajem...

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    1. Por que não usar cartão de crédito? A não ser fora do país, que tem IOF alto, no Brasil é tão melhor usá-lo. A não ser que você não tenha controle, mas aí talvez seja melhor trabalhar isso, não?
      Quando eu viajei para a Europa e levei um tantão de euros, eu e o namorado levávamos naquelas "pochetes" que se usa por baixo da roupa, sabe? E, durante a viagem, colocamos no cofre do hotel ou bem escondido dentro da mala. Nunca tive problemas de perda ou roubo. Nem em albergues. Se mesmo se prevenindo, você for roubada ou perder um tanto de dinheiro, é bom desapegar também. Dinheiro é bom, mas é só dinheiro :)
      Só algumas coisas que eu pensei aqui agora, mas quem vai saber como lidar melhor com essa situação é você. Mas uma coisa é fato: chateção e viagem a passeio não combinam ;)

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    2. Pois então, Fernanda, não dá pra ficar preocupada com dinheiro já que quero relaxar durante a viajem, né? Nem é tanto dinheiro assim ,mas levo porque fico pensando em imprevistos (que nunca acontecem). Não uso cartão de crédito porque onde moro (cidade pequena em Minas) é facílimo pra comprar em notinhas ou até na base da confiança mesmo. Mas eu compro quase tudo à vista, então o cartão ficava esquecido na carteira. Só me lembro de cartão quando vou viajar , mas como viajo pouco, preferi não ter. Mas obrigada pelas dicas. Valeu!

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    3. Pensar em imprevistos é o que faz com a gente exagere. Hehe... É importante tentar descobrir como resolveria o imprevisto e a chance de ele acontecer para ver se vale a pena mesmo se prevenir de tudo. Eu soltei um monte de ideias aqui, mas quem vai saber o que é melhor pro seu caso é você mesmo. Mas não deixa de tentar sair dessa não. Ficar preocupando não é bom :)

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  4. Fernanda,

    Estou saindo de férias na sexta, já vou para o trabalho com a mochila. Com as suas dicas, vou fazer uma coisa enxuta, e olha que serão sete dias no Jalapão. Tomara que eu me dê bem! :)

    Beijos!!

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    1. Ah! Que legal, Lia! Por favor, me conta como foi?

      A Bruna falou algo muito importante nos comentários, que é para levar peças de roupa e sapatos que combinem entre si. Facilita muito e permite uma flexibilidade maior para se lidar com situações diferentes.

      Boa viagem e depois me conta :)

      Beijo!

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