terça-feira, 16 de abril de 2013

O futuro: propriedades coletivas?

Paris é repleta de livrarias, sebos e bancas. Uma beleza para quem, como eu, é alucinada por livros e revistas. Só tem um probleminha: embora na França existam muitas edições baratinhas (livros de bolso a partir de 2 euros! Revistas a partir de 1!), material de leitura custa dinheiro... e ocupa espaço.

A salvação para o dilema está pertinho: a biblioteca pública. Paris tem 71. A que eu frequento é a mais próxima da minha casa (fica a 200 metros) e lá eu encontro de tudo e mais um pouco. Todo mês tem aquisição de livros, sem falar da assinatura de umas 30 revistas. A mais nova tem de ser consultada na biblioteca, mas as passadas podem ser emprestadas.

Eu não pago nada pela biblioteca, mas se houvesse uma assinatura, eu pagaria com gosto. Talvez seja esse o futuro dos bens culturais: em vez de termos em nossa casa coleções imensas, teremos estoques coletivos. No Brasil, já tem tevê a cabo que oferece um monte de filmes gratuitos e os lançamentos sob demanda. Aí ter pilhas de DVDs em casa (a não que sejam obras difíceis de encontrar) fica obsoleto.

Eu gosto da ideia.
Essa é a "minha" biblioteca, a Marguerite Adoux. As poltronas estão sempre ocupadas por leitores.

4 comentários:

  1. Mas bibliotecas sempre foram a opção para quem gosta de ler e não pode comprar livros e revistas. Eu passei a minha infância e adolescência frequentando bibliotecas, teve uma época que eu ia em três ao mesmo tempo. Só passei a comprar livros quando comecei a trabalhar, que não tinha mais tempo de ler no prazo de devolução da biblioteca e tinha dinheiro para comprar. Revistas eu não compro praticamente nunca, já assinei algumas, mas ocupavam muito espaço e eu tinha pena de jogar fora. Hoje eu leio várias na internet, e algumas eu assinaria só para ler o conteúdo completo na web, assim como faço com a folha de são paulo.

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  2. Eu gosto da ideia também, Lud.
    Para ver filmes e seriados, nem tenho TV a cabo ou compro DVDs mais. Eu vejo tudo no netflix. Adooooro! Eu pago 15 reais por mês e vejo o filme que eu quiser, na hora que eu quiser.
    Eu acho uma pena ter tão poucas bibliotecas no Brasil. Eu lembro que eu pegava altos livros de literatura na biblioteca da letras, na UFMG. Lembra?
    Beijo!

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  3. A ideia do kindle e dos aplicativos de música como Oi Rdio é a mesma. Além de não existir mais o produto físico, você não é dono da mídia virtual - tem apenas o direito de usufruir dela. É por isso que não se pode, por exemplo, revender um ebook (recentemente, falou-se que Amazon está revendo o modelo; talvez em breve seja possível revender ebooks depois de lê-los).

    A coisa vai além dos bens culturais: em algumas cidades (fora do Brasil), já existem modelos ótimos de empréstimo de coisas como cortador de grama, aspirador de piscina etc. Em vez de todo mundo ter o seu, existe um serviço para alugar ou emprestar essas coisas que usamos só de vez em quando e, na maior parte do tempo, só servem pra ocupar espaço.

    Isso pra não mencionar as queridas lojas de aluguel de roupa, que já salvaram minha vida algumas vezes. :P

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    1. Jura, Lu? Que maravilha esses aluguéis de coisas específicas! Adorei a ideia!

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