segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Tudo ao mesmo tempo agora

Um pouco depois de virar adulta, descobri que eu podia ser qualquer coisa, mas não podia ser tudo. A gente tem de escolher se quer ser advogada ou engenheira, porque o dia só tem 24 horas. Há várias identidades que dá para conciliar (advogada/fã de livros/bilíngue/tia), mas tem outras que não.

Junto com minha adesão ao minimalismo, fiz uma descoberta fantástica: não dá pra ser um monte de coisas AO MESMO TEMPO. Mas pra ser um monte de coisas SE FOR UMA DEPOIS DA OUTRA!

Assim, eu me formei, arrumei emprego, casei, montei casa. Oito anos depois, esse estilo de vida deixou de fazer sentido - e então, depois de pensar muito e me preparar bastante, eu mudei. Continuo casada e continuo formada, mas me desfiz da casa e dei um tempo na vida profissional. Deixei de saber o que vai acontecer mês que vem. E olha, tem sido bom.

É claro que essa escolha tem um preço, como todas as escolhas. Mas a percepção que a gente pode viver várias vidas em uma só, que as decisões não precisam ser definitivas, e que o amanhã pode trazer surpresas, é uma maravilha.

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