sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Minimalismo X economia

Minimalismo e economia são coisas diferentes. Elas andam muito bem juntas, mas não estão necessariamente ligadas.

Minimalismo é eliminação de supérfluos. Pessoa pode resolver ter uma única bolsa e comprar uma Chanel 2.55 (aquela que custa  uns dois mil dólares).

Economia é contenção de gastos. Pessoa pode gastar poucas dilmas em bolsas e ter várias (porque comprou em liquidações e brechós ou ganhou de presente).

Quando adotei o minimalismo, travei algumas lutas contra meu bom-senso econômico. Eu sou do tipo "quem guarda tem", que jura que manter um monte de tralhas é praticamente dinheiro no bolso - se um dia você precisar daquele item, está lá na gaveta. Já o minimalismo quer que você se livre de tudo que não seja imediatamente útil - nada de ficar estocando objetos para uma necessidade eventual que pode jamais ocorrer.

No fim das contas, o estilo de vida mínimo tende a resultar em redução de despesas: para guardar coisinhas, você tem de ter armários/gavetas/baús, que ficam em quartos, o que te obriga a alugar/comprar uma casa maior, o que desagua em custos maiores de manutenção, eletricidade e impostos. Poucos objetos = menores gastos. Mas há os minimalistas que gostam de investir em experiências (em oposição a bens materiais), e aí já viu: dormir em hotel de gelo e acampar no deserto não fica barato.

Eu me considero uma subespécie minimalista: a minimalista econômica. Gosto de ter pouca coisa, e gosto de  ter um custo de vida baixo. Para mim, o resultado da soma desses elementos é liberdade: de ficar um tempo sem trabalhar, de mudar de endereço, de viajar por aí.

7 comentários:

  1. quero ser essa subespécie minimalista, não deve haver nada melhor do que ser minimalista e econômica é como matar dois coelhos com uma cajadada só ;D

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    1. Ou dois coelhos com uma caixa d'água só, como um amigo do Leo costumava dizer!

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  2. Lud, hoje em dia tem tantas denominações com diferenças sutis entre elas: minimalismo, vida simples, simplicidade voluntária, frugalidade, etc. que já nem sei qual é qual! Gosto de pensar que sou uma minimalista light tendendo para a ideia de simplicidade voluntária (também light). Pode isso?? Rsrsrsrs... beijos!

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    1. Pois é, Marina, são muitas as correntes! Estou tentando identificar o que cada uma quer dizer, e o que cada uma diz pra mim...

      Minimalista light tendendo para a ideia de simplicidade voluntária (também light)? Claro que pode! Parafraseando Tim Maia, pode tudo, inclusive dançar homem com homem e mulher com mulher.

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  3. eu acho que a gente tende a escolher filosofias que caibam um pouco na nossa vida e acrescentem mais - meu caso com o feminismo (agora tenho base pra nao querer/precisar ser bonita) e o seu minimalismo (agora voce tem base pra ser muquirana, ooops, brincadeirinha!). tou achando fenomenal que essas duas coisas estejam abrindo tanto a minha cabeca!

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  4. Eu sempre fui/quis ser mais econômica, mas desejava muitos itens, 'quantidade' de alguns tipos que amava! Daí... cansei de tudo, porque demandava muito tempo para arrumar, pesquisar, comprar, destinar uso.
    Aí aderi a ideia de 'ter menos', mas com qualidade. Poupo $$$ hoje, mais que outrora, claro, porque estou mais rígida na economia, já que tenho orçamento pré-definido até o fim do ano rs.
    A sensação de liberdade é maior para sair desse esquema, porque estou consciente até onde posso ir, gastar, comprar, experimentar.
    Desejo estar na mesma subespécie que vocês. Meu ideal de vida minimalista é aquele em que tudo parece branco e no lugar sabe, sem correria. Chego lá.

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  5. Lud e meninas, acredito que uma vida minimalista ou simples resultará, naturalmente, em uma vida mais frugal (econômica), não exigindo nenhum esforço extra. É simples assim, hábito mais austeros, resultam em economias para o bolso!

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