domingo, 14 de agosto de 2016

Respeitar e ser respeitado

Quando você desencana de tentar fazer os outros viverem como você e ao mesmo tempo de tentar se defender se eles te julgam, parece que uma barreira se dissolve entre você e as outras pessoas. De repente, o diálogo é possível e parece que as outras pessoas te ouvem mais, mesmo que você esteja falando consideravelmente menos.

Claro que eu gostaria que todos fossem minimalistas. Seria muito melhor para o planeta, que não teria seus recursos naturais tão desgastados, e para a sociedade como um todo, que teria menos desigualdade social. Logo, seria muito melhor para todas as pessoas, eu inclusive. É nesse mundo que eu gostaria de viver. Mas percebi que ficar tentando convencer os outros a viverem assim é a pior forma de conseguir tal coisa.

Acredito que não há nada que funcione tão bem quanto o exemplo. Acredito também que é importante assumir os seus valores, falar que não concorda com certas coisas e concorda com outras. É diferente de ficar convencendo os outros. Mas é importante se posicionar. Isso porque você pode estar plantando uma sementinha de ideia na cabeça de alguém que nunca pensou naquilo. Além disso, pode ser que a pessoa já tenha algumas ideias parecidas, e ouvir de outra os mesmos pensamentos ajudará a dar mais um passo no caminho (eu sei que isso já me ajudou muito).

Eu acho interessante quando vejo pessoas que convivem comigo chegam para me contar que desapegaram de algo ou fizeram uma escolha consciente e lembraram de mim. O legal não é terem lembrado de mim, mas sim saber que fiz alguma diferença e que estamos um pouquinho mais perto do mundo em que eu acredito.

12 comentários:

  1. Oi Fernanda... Tudo bem? Belo post. Com certeza o exemplo vale muito. Boa semana e fica com Deus. Bj

    Maria

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Maria! Tudo bem comigo. E com você? Obrigadinha :)
      Beijo!

      Excluir
  2. Adorei!

    Sabe que sobre essa questão do minimalismo, sempre tentei convencer o meu pai a se tornar menos consumista (acho que ele beira ao consumismo compulsivo). Eu falava numa boa, insistia, fazia discurso, criticava quando ele aparecia com mais uma tranqueira em casa... E nunca tive nenhum resultado...

    De uns tempos pra cá me tornei vegetariana, e nunca tentei convencer ninguém a isso, só respondia ao que me perguntavam. Duas amigas e meu namorado já estão trilhando esse caminho...

    É exatamente o que você falou! :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que bom, Anne! Quando a gente só fala, parece que estamos apenas criticando. Acho que quando as pessoas conseguem enxergar que estamos realmente praticando o que falamos, e tendo resultados, elas se sentem inspiradas. :)

      Excluir
  3. Oi Fernanda,

    O difícil, para mim, é ouvir as reclamações que as pessoas fazem sobre as consequências de suas próprias escolhas, sem dar palpite. Eu faço um exercício em relação a isso, mas às vezes ainda caio nessas armadilhas. Eu sei que tenho que trabalhar melhor o ouvir sem dar a minha opinião, a não ser que seja solicitada. Não é nem questão de convencer o outro a viver do seu jeito, mas mais de lembrar que a gente tem responsabilidade sobre as nossas escolhas. Acho que eu tenho que desapegar mais das coisas que eu ouço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Daniela! É difícil mesmo. Na verdade, nesses casos eu dou palpite também, e fico reparando como a pessoa recebe. Se eu vejo que ela não quer escutar, não falo mais. Tem gente que gosta mesmo de ouvir opinião dos outros (eu gosto) e isso as ajuda. Mas tem gente que não, que quando reclama só quer que a gente concorde com as reclamações. É o caso de ir percebendo mesmo... Tem ocasiões (e pessoas) em que é melhor desapegar mesmo do que a gente ouve, infelizmente...

      Excluir
  4. Com certeza a melhor coisa é mostrar exemplo! Aos poucos as pessoas ao seu redor vão começar a mudar um pouco suas atitudes =] Tudo mudando um pouco! Esse mundo ainda há de ter salvação.

    Beijos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Também acho que o mundo tem salvação, Drevys! Vamos fazendo nossa parte e tentando inspirar :)
      Beijo!

      Excluir
  5. Ah esqueci de comentar que a imagem foi uma ótima escolha.

    ResponderExcluir
  6. Uma coisa que demorei a entender mas que foi muito libertador quando aconteceu é que o seu discurso, a defesa da sua ideia seja ela qual for precisa de terreno fértil pra crescer. Por isso hoje em dia eu penso muito antes de defender com veemência algum ponto de vista. Tento ver se há abertura, se há solo fértil para as minhas sementes brotarem. Acho que como efeito colateral tem que adotamos mais o silêncio e ficamos mais isolados... mas, como você disse. Se posicionar é preciso, sim.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nunca tinha pensado por esse lado de ser preciso um terreno fértil, Theo. Faz todo sentido. E o silêncio pode fazer bem. Acho importante se posicionar, mas ficar debatendo muitas vezes só nos cansa, nos faz brigar e não traz nada de bom. É um equilíbrio difícil de alcançar, mas eu acho que vale a pena buscá-lo.

      Excluir