quinta-feira, 14 de maio de 2015

Mais de três ano, e ainda desapegando

Quando comecei esse processo de desapego, sentia uma leveza impressionante. A cada sacola cheia de lixo ou doações, era um peso que saía das minhas costas e um espaço enorme que se abria nos meus armários, estantes etc.

Eu acreditava que iria aos poucos me desapegando das coisas, e que depois de algum tempo eu iria chegar a um ponto ideal de posses, e que então seria fácil não comprar coisas em excesso (comprar nunca me atraiu muito mesmo) e assim manter esse estado de equilíbrio. Mas não...

Lá se vão mais de três anos de busca pelo minimalismo, e é impressionante como até hoje eu ainda tenho coisas em excesso. Volta e meia eu olho uma gaveta, ou aqueles cantos em que guardo coisa que não uso tanto, e vejo algo ali que eu não preciso, ou que ficou velho demais. E lá vai mais coisa para doação.

Não tem jeito. É um processo constante, mesmo para quem tem relativamente poucos objetos. E isso é normal. O importante é não baixar a guarda, e continuar desapegando.

A parte de cima do guarda-roupa é um lugar onde tipicamente se junta coisa

14 comentários:

  1. Também tinha a ideia de chegar num ponto ideal, mas desapego é um caminho que não tem fim. Acho que a questão é que as coisas não passam do estado de "úteis" para "inúteis" de um momento pro outro - sempre tem aquela área "cinza" em que elas ficam por ali até a gente perceber que não está usando mais. Seria tão mais fácil chegar num ponto onde só possuíssemos o necessário e as coisas simplesmente acabassem/estragassem, fossem pro lixo, e uma nova entrasse no lugar, igual a, sei lá, um tubo de pasta de dente, mas nem tudo funciona assim!

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    1. Exatamente, Renata! Estou começando a achar que o ponto ideal é esse que precisa só de revisões da área "cinza", como você escreveu. Muito bem pensado... Faz sentido.

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  2. Exatamente, Fernanda! Minimalismo é um exercício diário!

    Beijos!

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  3. Penso que desapego não é uma tarefa, e sim um estado de espírito.
    O exercício de doar/ jogar fora os objetos que não nos servem mais deve ser contínuo! Volta e meia tem "limpa" aqui em casa!
    Claro que quanto mais seletiva a gente fica, menor é a quantidade de coisas pra sair, mas às vezes acontece. Um exemplo: troquei de cama e precisei mudar os lençóis e edredons por de outro tamanho. Os antigos saíram, é claro! Fora aquele sapato que a gente compra pensando que vai ser confortável e machuca os pés... Aquela roupa de quando a gente tava mais magra ou mais gorda... Normal. rsrs

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    1. Tem toda razão, Simone! É bem por aí mesmo. O importante é não cair no descuido e achar que não precisa mais desapegar, certo? Porque aí começamos a juntar tralha de novo. E isso não é legal. Beijo!

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  4. Eu adoro ler esses posts sobre desapego e destralhe porque me incentivam a continuar...
    Bj e fk c Deus.
    Nana
    http://www.procurandoamigosvirtuais.blogspot.com

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  5. É que nem serviço de casa: não acaba nunca. :)
    Estou precisando dar um gás, especialmente nas roupas e acessórios. Coisas que não uso e continuo guardando, apesar de todo o desapego dos últimos 5 anos.

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    1. Hahaha... Realmente, Lu! É bem por aí. Sobre roupa, eu estou sempre doando, mas por causa das trocas e de presentes, mesmo eu não comprando, sempre vou juntando mais. Eu separo roupa pra doar numa frequência impressionante. Que coisa, não é?

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  6. Já venho há vários anos nesse caminho, e todos os meses ainda sai uma sacolinha pra doação... Claro que no começo eram quantidades maiores.

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  7. Nossa Fernanda, sabe que esses dias mesmo parei e, ao olhar em volta, senti uma frustração tão grande com isso. E essa consciência do excesso que nos cerca é bem opressiva. O problema é que vamos avançando no minimalismo e descobrindo que aquilo que considerávamos essencial não o é mais.

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    1. Tem toda razão, Tatiana. Mas não acho que a gente precise se sentir oprimida. Estou preferindo pensar na busca pelo minimalismo como um processo mesmo. Como você falou, a gente vai avançando, se conhecendo, e assim vai percebendo melhor o que é essencial.

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