segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O dinheiro do chute

Nas férias meu pai me disse, brincando, que agora que eu quero viver uma vida simples, devia pedir uma demoção (o contrário de uma promoção) para um cargo que pagasse menos. E já perguntaram pra Fê o que ela ia fazer com o dinheiro que ela não estava gastando.

Parece que as pessoas acham que os minimalistas não dão importância para o dinheiro. Damos, sim. Damos tanta que preferimos gastá-lo só no que for realmente importante. E o que sobra? A gente guarda, uai. É a reserva do chute. Isto é, se chegar uma hora em que a situação, o emprego, o apartamento, a cidade, o casamento estiverem insustentáveis, a gente tem como chutar o balde.

Ou seja, é a grana da liberdade.

9 comentários:

  1. é isso ai q vc escreveu,mas quem resolve seguir na contramão do consumismo desenfreado de vez enquando escuta alguma barbaridade como essa,as pessoas n percebem como o ser altamente consumista esta tornando nosso planeta um lixo,as vezes eu acho q os minimalistas ou pelo menos quem tenta ser são os unicos q enxergam a realidade, os outros não querem acreditar

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    1. Anon,
      eu não falo muito disso (falha minha), mas de fato o minimalismo tem muitos efeitos sociais positivos: a diminuição de consumo preserva recursos naturais e gera menos lixo. Só coisa boa!

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  2. As vezes eu tenho vontade de pegar as minhas coisas e ir embora: como as pessoas tem a cabeça fechada com relação as coisas, vou te contar viu.
    Já ouvi cada coisa por ser vegetariana que vou te contar...

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    1. Tatiana, eu imagino. Estou até querendo escrever sobre isso - as pessoas têm dificuldade em aceitar comportamentos diferentes dos seus, ainda que esses comportamentos não façam mal à ninguém (ao contrário, só fazem bem). Não sou vegetariana mas respeito muito quem é - acho tão bonito não consumir animais por questões éticas.

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    2. Eu não gosto muito de carne e sempre tenho que ouvir comentários e piadinhas também. Sei como é, Tatiana.
      As pessoas têm dificuldade em lidar com o diferente. Parece que ver alguém conseguindo algo que elas não conseguem (deixar de comer carne, praticar um esporte ou coisa parecida) expõe para elas de forma bem incômoda que não tem essa de "não conseguir".
      Mas força! Vamos lá! Estamos juntas!

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  3. Nada melhor do que a tranquilidade de ter uma reserva.
    Eu não pretendo me tornar milionária nem nada disso, mas meus tostões na poupança já me deixaram segura para alguns pequenos passos ousados q dei na minha vida e espero continuar me proporcionando essa segurança para as próximas etapas.
    Quando me mudei de Salvado para SP, sem emprego, sem lenço e só com documento e uma mala, eu pensava: "Se tudo der errado eu ainda tenho grana pra um hotel e a passagem de volta pra casa dos pais!"

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  4. Lud,
    É bem assim mesmo. Acho lindo ter a possibilidade de chutar o balde, de sair de uma situação com a qual não se concorda. Vivo a vida muito mais tranquila assim. E sabendo que estou no meu trabalho, no meu namoro, na minha casa porque eu quero, e não porque não tenho outra saída.
    Beijo!

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