O caminho é longo. E tão bonito! |
A verdade é que eu gosto de guardar coisas. Não chego a ser uma acumuladora de programa de televisão porque não sou das mais consumistas, mas "quem guarda tem" é (ou era!) meu lema. Adoro precisar de um objeto aleatório, tipo um terminal de trilho suíço, correr pra uma gaveta, tirar de lá o tal objeto aleatório e brandi-lo vitoriosamente.
Só que eu cheguei a uma encruzilhada: continuar minha rotina, cercada das minhas coisinhas, OU topar abrir mão de tudo e sair pelo mundo.
Em um mundo ideal, eu seria milionária e manteria um apartamento montado no Brasil enquanto pipocava por aí. Na vida real, eu tive de escolher.
Escolhi virar uma pessoa portátil.
A viagem estava marcada para o fim de 2014. Então, eu tinha um longo e confortável prazo para ir diminuindo gradativamente minhas posses e selecionando o que eu queria guardar (álbuns de fotos! diplomas! lembranças de viagem!).
Aí adiantamos a viagem para o fim de 2013 e tive que correr com o andor.
Comecei pelas roupas e sapatos. Passei para os cosméticos. Deixei de comprar. Esvaziei gavetas. Me entusiasmei. Despachei os livros. Pedi presentes consumíveis ou digitais. Vendi os móveis, eletrodomésticos, enfeites e objetos de cozinha e mudei para um lugar muito menor e mobiliado. Continuei sem comprar.
E, para minha grande surpresa, e apesar dos momentos de choro e ranger de dentes, o processo está sendo divertidíssimo.
Me livrar dos meus objetos está sendo muito menos dolorido do que eu imaginava. A verdade é que, depois de umas horas ou dias, eu nem me lembro mais deles. E quer saber? Estou achando que viver com menos é muito mais prático e legal mesmo.
"Pessoa portátil"? Adorei!
ResponderExcluirA gente também está gostando, Milene!
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