quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A vida não é filme - mas bem que podia ser

Muitas e muitas horas de filmagem são produzidas para se fazer um filme. Aí entra o editor, que seleciona as cenas que contam melhor a história, corta o que não tem importância e monta a versão final.

Uma vida minimalista é uma vida editada. A gente escolhe o que conta melhor nossa história e do resto a gente se desfaz. Geralmente a escolha começa pelas posses materiais, mas não pára aí: entram também atividades, hábitos, despesas e até relacionamentos.

Fica tudo mais bonito, porque mantemos o que nos importa. A bagunça, o barulho e o excesso vão embora.

Tem horas que é sofrido, como quando descobrimos que as cenas da pirâmide dourada com sessenta camelos alados não fazem sentido na narrativa. Aí, embora essa parte tenha custado uma fortuna, o jeito é deixar no chão da sala de edição. (A minha pirâmide dourada com camelos eram os móveis e utensílios domésticos. Talvez eu descubra outros pelo caminho.)

Estou gostando de editar minha vida. Ando eliminando um monte de partes que só serviam pra encher linguiça (e me custavam tempo, dinheiro e energia). Está ficando o que realmente quero, gosto e preciso.

Abaixo os camelos alados!

Um comentário:

  1. Os meus "cavalos alados" eram as milhares de "lembranças" do passado que eu guardava. Reduzi batsnate e agora só mantenho oq ue é mais significativo.

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