terça-feira, 31 de março de 2015

A chuva e a gratidão

Na busca para melhorarmos como pessoas e sermos mais felizes, é normal que foquemos nos problemas, já que eles precisam ser resolvidos. O que já está bem, não precisa de atenção. Então acho normal que na vida cotidiana a gente pense e foque tanto no que falta e no que não está bom.

Acredito ainda que quem nega o lado ruim das coisas, nunca vai ter a chance de trabalhá-lo e então ele continuará sempre lá, não resolvido. Mas nem por isso acho que devemos nos esquecer das coisas boas que temos. 

Nos últimos dias, tem finalmente chovido no sudeste. Estava precisando. E saber disso já diminuiu muito a raiva que às vezes eu sinto da chuva porque ela atrapalha meu dia-a-dia. Mas foi mais que isso...

Eu cheguei em casa por volta de 22:00 horas. Estava caindo uma chuva leve. Tomei banho para tirar o frio do corpo. E deitei na minha cama quentinha, debaixo do cobertor. Foi quando a gratidão bateu forte. De ter um lugar onde morar, de estar protegida da chuva dentro da minha casa, de poder dormir sem preocupações enquanto a chuva, que a essa altura já tinha aumentado bastante, caía lá fora.

É importante ser grato e não esquecer das coisas boas que temos na vida. Parece muitas vezes que não é nada demais. Mas é sim.

sexta-feira, 27 de março de 2015

A leveza de sair de todos os grupos do whatsapp

Saí de todos. Eu sempre evitei entrar em grupos, mas eu participava de alguns poucos. Só que é aquela coisa... Eram aglomerados de pessoas, unidos por se conhecerem e não necessariamente por compartilharem interesses. E com o tempo eu fui percebendo que essa falta de temática levava as conversas a serem dominadas por: piadas e fotos.

Fotos eu já vejo nas redes sociais. Eu tenho facebook, tumblr e instagram. Todos já cumprem bem seus papéis. Geralmente o que eu via nos grupos, já tinha visto em algum desses outros.

O humor da maioria das piadas que surgem em grupos de whatsapp não é muito pra mim. Infelizmente o humor de massa ainda é dominado por machismos, racismos, escatologia... E são todas coisas que não me fazem rir. Eu rio de muitas piadas na internet, mas infelizmente não são as que chegavam por mim nos grupos.

E, por fim, a gota d'água, foi quando começaram as discussões políticas rasas cheias de ódio. Eu gosto de discutir política, mas vamos combinar que não dá para fazer isso pelo whatsapp. É pouco espaço, muita gente, difícil de digitar. Não dá. Aí quando a discussão parte para o ódio e o desrespeito... Realmente ficou meio demais para mim.

Saí de todos de uma vez. Não entrarei mais em nenhum. Estou bastante aliviada. Nem imaginei que ia fazer tanta diferença, tanto em consumo de tempo quanto de energia. Mas foi uma ótima escolha.


P.S: Na verdade, eu gosto muito do aplicativo para enviar mensagens para os outros, apenas os grupos que eu acho que não são muito pra mim.

Pra combinar coisas e dar avisos, acho ótimo e muito prático.

terça-feira, 24 de março de 2015

Desafio: limpar caixa de entrada

Eu tenho o péssimo hábito de deixar para depois lidar com e-mails. Claro que não chega aos pés de quem deixa e-mails não lidos na caixa. Eu leio e, se for pra deletar, já deleto. Mas aqueles que precisam ser respondidos ou exigem uma outra ação acabam se acumulando. No trabalho, eu não faço isso. Sou super eficiente. Mas não tenho o mesmo cuidado com os meus pessoais. Eu enrolo, deixo para depois, e tem coisa que acaba nunca sendo resolvida.

Mas eis que comecei a ler o Zen to Done, do Leo Babauta. Vou ler com calma e deixar para escrever mais sobre ele depois. só queria adiantar que lidar com sua caixa de entrada é um dos temas que ele já ventila no começo, e que a carapuça me serviu perfeitamente. 

Eu tenho ainda o hábito de guardar links para ler/ver depois, que só vão se acumulando.Um monte deles já nem deve estar no ar mais...

Então estou me lançando este desafio. Vou dedicar 15 minutos da minha manhã, e mais 15 minutos da minha tarde religiosamente a lidar com a minha caixa de e-mails e meus links não lidos. Vou começar dos mais recente e ir descendo pros mais antigos, para não correr o risco de os recentes caducarem. Os antigos já estão no limbo mesmo... Vou evitar que mais coisa entre pro limbo, e ir tirando o que está lá aos poucos.

Estou atualmente com 27 e-mails na minha Caixa de Entrada, 29 na "Social"e 14 na "Promoções".


Boa sorte para mim. Vou contando aqui os resultados. Quem quiser me acompanhar no desafio, será super bem vindo...

sexta-feira, 20 de março de 2015

Aproveitar a viagem

E quando digo isso, não é no sentido figurado, mas literal mesmo.

Há algum tempo, vi alguém dizer (não consigo lembrar quem) que gostava de dirigir porque era um momento em que conseguir ficar sozinha com seus pensamentos.

E trânsito é um negócio difícil. É chato, é irritante, aflora o pior das pessoas... Mas, se não tem como fugir, melhor dar um jeito de aproveitar e de passar menos raiva.

Fico lembrando de quando eu andava de ônibus, e que eu adorava aqueles momentos porque ficava olhando pela janela, sem nenhuma preocupação, dava umas cochiladas, lia um pouco. Achava bem relaxante. Eu até fugia de pegar ônibus com conhecidos, porque aí teria que conversar e perder meu tempo sozinha.

Já no carro, tem o trabalho de dirigir, o que diminui um pouco o prazer da coisa para mim, mas estou tentando focar menos na chegada, e ir curtindo o tempo sozinha, ouvindo rádio, olhando a paisagem...

Para conseguir curtir a viagem, o essencial é não ter pressa, o que é muito difícil nos dias de hoje, mas o minimalismo está aí para isso.

Primeiro que trânsito é uma realidade, então a gente sempre tem que considerar que vai perder tempo nele mesmo na hora de combinar um programa. Depois que, mesmo contando com esse tempo, vai ter vezes em que o trânsito vai estar mais complicado ainda do que se tinha imaginado. E nessa hora o jeito é aceitar com serenidade.

A vida nas grandes cidades é isso mesmo. Um programa ou outro a gente vai perder por causa da falta de tempo e do trânsito. E reclamar, sofrer e ficar com raiva não vai fazer o trânsito magicamente sumir. Só vai dar desgosto, stress e problemas de saúde. Então pra quê se preocupar?

segunda-feira, 9 de março de 2015

Compras em viagem? Não, obrigada

Como contei no post anterior, acabei de voltar de viagem. Como já tem tempos que evito consumir, de cara já descartei os passeios nos famosos destinos de compra nas duas cidades. Ir às compras sinceramente não tem o menor apelo para mim.

Mas eis que passeando pelas ruas, vi uma camisa de Montevideo e resolvi comprar. Era baratinha, bonitinha e ia ser uma lembrança da viagem. Comprei.

Chegando no hotel, fui experimentar a blusa e reparei na etiqueta:



Depois disso, minha pouca disposição para compras foi à zero.

Até acredito que fazer compras para si e para levar de presente em uma época em que cada lugar tinha seus produtos típicos e locais, e que era difícil achar na terra natal, faz sentido. Mas hoje em dia, tudo está globalizado, e em grande parte sendo fabricado na China com mão de obra barata/escrava. Não vejo por quê, e nem quero alimentar isso.

Além dessas questões todas, quero evitar contribuir para o acúmulo de tralhas tanto para mim, quanto para os outros.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Mais um post sobre mala (na verdade, mochila)

Tirei férias e, junto com o namorado/marido, fomos passar nove dias em Montevidéu e Buenos Aires. Depois de penar com malas de rodinha em ruas cheias de pedrinha, tivemos a ideia de usar mochilas desta vez, e foi ótimo.

Fiquei orgulhosa porque consegui ir com metade da mala (de 50 litros) cheia. E foi o suficiente.

Para começar, fui com um tênis para as caminhadas durante o dia, e levei uma sapatilha para passeios mais arrumados e um chinelo.


De roupas, levei 4 shorts, uma calça legging preta, um vestido preto também, um pijama e 8 blusas. Fui pensando em lavar roupas se precisasse, mas nem precisou. Usei todas, algumas mais de uma vez. Bom demais!


Além disso, levei shampoo e condicionador em potinhos pequenos. Levei hidratante também, protetor solar e desodorante. O marido levou pasta de dente, fio dental e pente para nós dois. Levei escova de dente também, mas essa foi na bolsa de mão. Não levamos sabonete e toalha, pois isso tinha nos hotéis (tinham shampoo também, mas eu desconfio da qualidade).


Por fim, roupas íntimas. Essas sim eu precisei lavar. Levei 5 calcinhas, 2 sutiãs e 4 pares de meia. E um biquíni.

Fora isso, foi na bolsa de mão: carteira, kindle, máquina fotográfica e carregador, celular e carregador.

Só.

Além de ter sido a viagem que eu levei menos coisa e a primeira em que eu usei absolutamente tudo que levei, gostei da experiência da mochila. É muito mais fácil de se locomover com ela.

Simplificar é tão bom. Fica tudo tão mais fácil! Sobra tempo e disposição para aproveitar o que é o objetivo da viagem: passear, descansar e conhecer novos lugares.

terça-feira, 3 de março de 2015

O futuro do minimalizo

Há uns 3 anos, eu e a Lud começamos este blog para falar sobre o minimalismo, que estávamos começando a descobrir. A Lud tinha seu objetivo de viajar o mundo, e eu de conseguir viver melhor no espaço minúsculo do quarto da minha mãe. Mas nossas vidas evoluíram, as coisas mudaram... Como não poderia deixar de ser.

Eu montei casa, desapeguei e apeguei de novo de várias coisas e hábitos, fui repensando em vários aspectos da minha vida. E, com isso tudo, ao invés de o minimalismo ter ficado menos relevante, ele ficou mais importante ainda. 

Os benefícios que eu apenas vislumbrava inicialmente - como economizar dinheiro, ter mais espaço livre, aproveitar melhor meu tempo - foram ficando cada vez mais palpáveis, e até mesmo fundamentais para uma vida não só feliz, como saudável. Não vejo outro caminho.

O minimalismo para mim hoje é também uma visão de mundo, uma maneira de ter menos para que sobre mais para os outros, e assim seja possível termos mais harmonia. É ainda a possibilidade de pensar em um futuro para o planeta. E para mim.

Então eu continuo por aqui - lutando, refletindo e aprendendo - e agradeço imensamente a quem tem feito parte dessa jornada comigo e convido a continuarem. Muito obrigada mesmo. Vamos em frente.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Eu estou logo ali (no Ludmilismos)

Eu sou uma pessoa de ciclos (o que não é novidade para ninguém). Toda vez que mudo de vida, mudo de blog.

Comecei com o Disneylud, pra dar notícias durante o período que trabalhei na Disney. Quando me mudei para o interior de Minas e me casei, fiz o Lud & Leo (Leo é o nome do marido, claro). Depois passei a falar só de mim e minhas descobertas feministas - no Ludmilismos.

Comecei a explorar o minimalismo no início das conversas sobre vender tudo e sair por aí. Quando decidimos, surgiu o Lud & Leo reloaded, para registrar os planos. Alguns meses depois, descobri que a Fê também estava buscando uma vida mais simples. Pronto: nascia o minimalizo.

Em 2012 o sabático começou e fui do Lud & Leo reloaded para o Lud & Leo pelo mundo. (Eu queria Lud & Leo revolutions, porque os nomes da trilogia de blogs foram inspirada pelo filme Matrix, mas achamos que ia ficar meio enigmático.)

Enfim, esse conversê todo é pra explicar que mais um ciclo se encerra. Estamos voltando para o Brasil (o Leo fala disso aqui e eu, aqui). Um novo (e empolgante, espero) período se inicia. E aí, é claro, eu preciso de um novo blog.

Desta vez, decidi voltar para um blog que já existia (o Ludmilismos) em vez de criar ainda um outro endereço. Tô tentando integrar minha história, faz sentido?

Sim, eu continuo minimalista. Só que, lá no Ludmilismos, que não é temático, eu posso falar não só de minimalismo, mas também de outros assuntos, sem me preocupar com a linha editorial. E eu adoro variar!

O minimalizo vai continuar muito bem, claro. Já tirei longas férias dele e não houve problema. Muito antes pelo contrário: uma leitora anônima comentou que preferia quando só a Fê escrevia aqui. (Aí, leitora anônima, estou quebrando seu ganho, hein?)

Aproveito para agradecer muito os comentários, conselhos e dicas. Foi muito bom escrever aqui!

E agora digo tchau, mas pode ser até logo: quem quiser aparecer no Ludmilismos será muito bem-vindo.