quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Como descartar celulares da melhor maneira possível

Lembram que meu celular morreu? Então... Comprei um novo há cerca de um mês e fiquei pensando sobre como jogar o antigo fora da melhor maneira possível, para que ele não virasse poluição e quem sabe até tivesse um destino útil.

Descartando o celular na loja da Claro
do BH Shopping.
Quando fui almoçar no shopping (trabalho em frente), aproveitei para perguntar nas lojas das operadoras e dos fabricantes de celulares. Algumas delas têm urnas de reciclagem. Descartei o falecido aparelho por lá.

Alguns dos materiais de celulares, aparelhos eletrônicos e baterias são muito tóxicos. Jogá-los no lixo comum traz muitos prejuízos para o meio ambiente (e o problema da água no Brasil nos mostra que essa não é uma preocupação para o futuro, mas para agora). Achei o correto descarte simples e rápido . 

Antes de descartar, apague tudo do celular. Se não for possível, como no caso do meu que nem ligava, procure em cada site de e-mail, rede social etc. a opção de gerenciar dispositivos. Revoque as permissões. Troque as senhas.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

A questão de tirar fotos

Dia desses eu fui a uma exposição de arte e, na entrada, tinha uma placa avisando que não podia tirar foto lá dentro. Eu percebi que aquilo me deixou aliviada, porque me senti livre daquela obrigação de parar no meio do programa, da observação da exposição, para pegar o celular, procurar uma posição boa e tirar uma foto. 

É chato isso porque realmente é legal ter uma foto depois para lembrar do momento, mas ficar parando o tempo todo acaba impedindo que o tal momento registrado, com tudo que ele envolve, aconteça em toda sua potencialidade.

Saí da exposição e fui com os meus amigos fazer um pique-nique na praça do papa. Ainda na onda da percepção de que tirar foto às vezes atrapalha o momento, não tirei nenhuma, apesar de ter pensado nisso algumas vezes, e me arrependi.

Estou achando que, como quase tudo na vida, o ideal é achar o caminho do meio. Registrar sim, mas não a ponto de transformar cada momento em apenas um cenário montado para fotografias, pior ainda se o objetivo for "mostrar para os outros". Ainda estou procurando esse equilíbrio...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Será o minimalismo a solução para todos os nossos problemas?

Provavelmente não. 

Eu acredito mesmo que o minimalismo tem muito de positivo, e pode sim resolver alguns problemas nossos e trazer mais bem-estar e felicidade. Mas eu não acredito que ele - ou qualquer outra coisa, estilo de vida ou acontecimento - seja a solução de todos os problemas de qualquer pessoa.

Às vezes eu me iludo, e vejo muita gente entrando nessa também, acreditando que se eu diminuir mais ainda minhas posses, trabalhar menos um pouco, ser mais desprendida e me desapegar de tudo, eu vou de repente atingir o nirvana. Mas eu acho que isso não existe e é uma ilusão mesmo.

Nos iludimos achando que existem fórmulas e caminhos que basta a gente seguir direitinho pra chegar à felicidade, porque é difícil reconhecer que não temos todo esse controle sobre as nossas vidas e também de que não existe receita para viver.

Eu tenho tomado cuidado para não fazer do minimalismo uma religião, ou uma obsessão. Competir também para ver quem consegue ter menos roupas, ou menos objetos ou menos sei lá o quê como acontece em alguns grupos dos quais já participei/participo também não me parece uma boa ideia.

A vida é mais complicada, difícil e complexa do que isso, mas também muito mais interessante e instigante.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Qualidade e preço: o caso do guarda-chuva

Preço alto nem sempre é garantia de qualidade, como eu já disse aqui, e nem preço baixo de falta dela, mas às vezes é o que acontece.

Meu guarda-chuva rasgou. Eu o tinha há 15 anos. Era um produto muito bom, e que por isso durou esse tanto. Minha mãe que me deu, mas ela infelizmente não lembra onde comprou. Por isso que, quando ele rasgou, eu fui tentar comprar outro meio às cegas.

Comprei um de 15 reais no armarinho da esquina. Sabe quanto tempo ele durou? Duas chuvas. Duas! E nem eram aquelas tempestades com granizo e vento não (e olha que o antigo já aguentou até isso). Era uma chuva normal, com um pouco só de vento, que fez uma das hastes dele se soltar. 

Agora estou sem saber como comprar outro. Porque já vi os mesmos guarda-chuvas vagabundos sendo vendidos em lojas mais chiques do Belvedere por muito mais dinheiros, então preço caro e loja "boa" não são garantias. Onde eu posso achar um guarda-chuva que dure? Socorro!

Bonitinho, mas ordinário

domingo, 11 de janeiro de 2015

Minimalismo e conforto

Eu sempre me surpreendo quando eu mudo de ideia, mesmo sendo uma pessoa bem mudadora de ideias. Isso acontece porque eu sempre acho que a última ideia é a melhor de todas, a resposta para todos os problemas, o sentido da vida. E nunca é, né?

Eu entrei no minimalismo de cabeça e virei uma minimalista espartana. Daquelas que tem o mínimo de objetos, só compra o estritamente necessário e acha que está acima de necessidades materiais tolas como, por exemplo, conforto. Precisei de vááários meses para perceber que, pra mim: 1) conforto é muito bom e 2) dá para ter conforto sem ser uma consumista desenfreada. A virtude está no meio, como dizia Aristóteles, mais de dois mil anos atrás.

O que também não quer dizer que conforto é tudo na vida, e que a gente não deva fazer nada porque vai ficar um tanto desconfortável (literal e metaforicamente). Muito antes pelo contrário: passar uns perrengues ajuda demais a valorizar o que temos. É fácil se habituar ao conforto e achar que aquilo ali não é nada demais.

Quando morei no mini-apê de 25 metros quadrados, o que mais me incomodava era a mesinha quadrada meio bamba - nenhum calço resolveu - com suas cadeirinhas anti-ergonômicas. Era a única mesa da casa, o lugar de comer e de estudar, e não tinha posição que fosse confortável. Hoje, eu acho que pode ser interessante ter uma única mesa na casa (em oposição a uma mesa de jantar, mais uma mesa na cozinha, mais uma outra no quarto de estudos/escritório, digamos) mas gostaria que ela fosse como a do apartamento em que estamos ficando agora: o tampo é largo, os pés são firmes e as cadeiras são excelentes.

E a mesa e as cadeiras ainda são em preto e branco, meu esquema cromático preferido! 
Foi muito bom termos (eu e o Leo) morado seis meses no mini-apê, para além do aspecto econômico, porque ele nos preparou para diversos tipos de estadia. Sabe, às vezes encontramos gente de férias reclamando da dureza da cama, do tamanho do travesseiro, da pressão do chuveiro. E elas não estão ficando em albergues ou em hotéis baratos - muito antes pelo contrário. E eu entendo: às vezes, as pessoas estão tão acostumadas ao conforto de seus lares, onde é tudo adaptado aos seus hábitos e vontades, que tudo que é um pouco diferente incomoda.

Então, a lição do episódio do He-man de hoje é esta: conforto é bom, mas a gente é que manda nele, não ele que manda na gente.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Balanço financeiro 2014 (Fernanda)

Este ano foi bem difícil fazer meu balanço financeiro porque montar apartamento e passar a dividir as contas com o namorado/marido mudaram bastante as coisas. Fica difícil comparar com os anos anteriores, já que eles foram tão diferentes.

Em relação às receitas, é mais tranquilo fazer comparações. Em 2014, eu trabalhei com carteira assinada o ano inteiro e mantive os meus investimentos. Essas foram minhas receitas. Não fiz freelas porque comprometem demais minha qualidade de vida.


Salário ainda foi minha maior receita e ainda deve ser por um bom tempo. Eu não incluí tesouro direto e nem o preço das ações porque são patrimônios. Só viram dinheiro quando/se eu vender. O comparativo com 2012 e 2013:

Comparativo. Azul 2012, Vermelho 2013, Verde 2014

Em 2013 eu fiquei alguns meses sem receber. Em 2012 eu ganhava um pouco mais do que hoje, mas está tudo bem. Os investimentos têm aumentado.

Quanto aos gastos, eu até fiz algumas comparações, mas a montagem do apartamento mudou muito as coisas, e isso aconteceu no meio do ano, em junho. Além disso, nos primeiros meses de casa nova, a rotina de compras e consumo não estava muito bem definida. Este ano que vou começar a ter uma ideia dos meus gastos mensais.

De qualquer jeito, os gráficos:

Gastos de 2014 divididos por categoria
Comparativo. Azul 2012, Vermelho 2013, Verde 2014

Os destaque foram:

Os gastos com saúde aumentaram, porque eu fiz um tratamento dental bem caro. Desde então estou fazendo bochechos de flúor e sendo mais rigorosa ainda com os cuidados com o dente.

O valor de presentes também foi tão alto por causa de umas doações que fiz e contabilizei aí.

O valor de Ajuda Mãe é referente aos meses que ainda morava com ela, e pagava algumas contas. Nem posso dizer que seja uma ajuda, mas uma obrigação.

Diminuí bastante os gastos com carro, o que me deixou bem feliz.

No mais, nada ficou muito diferente dos outros anos e tudo fez sentido no contexto da mudança de apartamento e da minha constante busca pelo minimalismo.

Eu continuo com alguns desafios para vencer, entre eles o salão e o carro, o primeiro por uma exigência social que eu não venci ainda, o segundo pela falta de um sistema de transporte público eficiente em Belo Horizonte.

Na verdade, eu só vou conseguir fazer um balanço para entender melhor as minhas finanças como um todo daqui a uns 6 meses, quando eu tiver um ano de casa nova.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

2015, a volta ao mundo real

Os últimos dois anos não passaram, voaram. A impressão que eu tenho é que faz só uns seis meses que eu e o Leo demos um "até logo" para a família e os amigos e começamos a viajar. Na verdade, a gente saiu do Brasil em 31 de dezembro de 2012, o que significa que... 2015 é o último ano de licença do trabalho.

Já estou começando a sentir aquele gostinho de reta final. A cabeça (e o coração) começa a dar voltas. Como é que vai ser? A gente vai se adaptar? Ou vamos ficar eternamente divididos, com um pé no Brasil e um pé fora, como contam alguns expatriados?

E mais: como fica o minimalismo? Morando longe, focando nas experiências e carregando tudo que a gente tem em duas malas, não é tão difícil evitar o consumo - e as comparações. Mas, quando voltarmos "à vida real", a tendência é cair nos padrões de antigamente - até para nos "recompensarmos" por termos voltado à rotina e ao trabalho e nos encaixarmos de novo nos relacionamentos e amizades. Não é o que a gente quer, mas o que pode acontecer se não ficarmos atentos. 

Ou seja: muita calma nesta hora. 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Balanço financeiro 2014 (Lud)

Quando a gente passa o ano viajando, a vida financeira fica bem diferente. Não há valores fixos para as despesas: a cada momento (e a cada cidade), o custo da habitação, da alimentação e das atrações muda. Também tem a variação cambial (o euro só vai ficando mais caro, o danadinho) e este ano o cartão internacional pré-pago (a gente usa o Visa Travel Money) passou a pagar IOF de 6,38% (o cartão de crédito internacional já pagava).

Mesmo com tantas variáveis, cumprimos nossas metas orçamentárias com folga: gastamos apenas 76% do valor separado para os custos do ano. Alegria, alegria!

A gente faz assim: temos um teto diário de despesas, e controlamos direitinho cada gasto, em uma linda planilha. Em 2014, já tínhamos as manhas adquiridas em 2013, que são basicamente as seguintes:

1) planejar tudo com antecedência, o que resulta em passagens e estadias mais em conta;
2) cozinhar bastante em casa;
3) comprar só o necessário;
4) compensar destinos mais caros (Japão, China, Coreia do Sul) com destinos mais baratos (Bálcãs).

Sem deixar de:
1) fazer todos os passeios e visitar todas as atrações que a gente queria; e
2) comer muitos doces.

Se tem alguma lição que podemos tirar para quando voltarmos à "vida real", acho que é:
1) viver abaixo de nossos meios. Porque, quando os imprevistos acontecem (e eles acontecem), damos conta de cobri-los.
2) ter um objetivo financeiro e focar nele!