quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

... e feliz Ano Novo!

Quando eu era criança, adorava o Natal. Adolescente, idem. Hoje, adulta, confesso que não tenho mais aquela empolgação. Acho uma festa bonita e gosto das confraternizações (ok, não todas: sempre tem umas a que vou meio forçada. Mas essa sou eu, uma pessoa introvertida). E só.

Já o Ano Novo me agrada muitíssimo. E nem é por causa das festividades e dos fogos de artifícios: é porque a perspectiva de um novo início, de um recomeço, de um renascimento me encantam. Eu sei que é só uma convenção; que o fato de que o planeta completou mais uma volta em torno do sol poderia ser comemorado em qualquer data. Mas eu aprecio rituais, e acho bacana ter um momento, a cada trezentos e tantos dias, de parar pra pensar que já foi e no que será.  


Para dizer a verdade, não é uma tradição em minha vida. Mais jovem, eu ia vivendo sem planejar muito, seguindo a ordem "natural" das coisas (estudar-passar no vestibular-formar-arrumar emprego). Não é que eu não me esforçasse - é que não pensava muito onde queria chegar.

Nos últimos tempos, descobri que ter metas definidas e batalhar para alcançá-las é bacana. O resultado nem sempre vem do jeito que a gente imagina, ou da maneira que a gente sonha - mas é bem diferente, e gera muito mais autonomia, do que ficar esperando o que a vida traz.

 (Embora a vida possa ser muito generosa, e que às vezes a gente se lasque em nossas decisões, claro.)

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Feliz natal a todos

Como quem me conhece ou acompanha o blog há mais tempo já sabe, eu adoro natal! Adoro encontrar pessoas queridas, comemorar, enfeitar a casa, ver a cidade toda iluminada... 

Não gosto do consumo, mas esse optei por diminuir quando comecei a me conscientizar sobre o assunto, mesmo antes de saber o que era o minimalismo. Não gosto também dos exageros, da comilança e do embebedamento... Mas natal não precisa ser isso.

Então queria agradecer todos que têm compartilhado tanto comigo aqui nos últimos dias, semanas, meses e agora até podemos dizer anos. E desejar que aproveitem aquilo que mais tem valor para vocês no natal, e que consigam se manter distantes do que não achem legal.

Muito obrigada e feliz natal!!

Um pedacinho da minha árvore de natal!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

O melhor amigo oculto que já fiz: livros usados

Geralmente eu evito participar de amigo oculto, porque nunca sei o que dar e quase sempre ganho algo de que não preciso. Além do que, tento não incentivar o consumismo. Mas eu já participei de um que foi muito legal.

Um coletivo do qual faço parte resolveu fazer um amigo oculto de livro. Livro usado. Porque livro é aquela coisa que a gente guarda, e que não faz diferença ele ser novo ou não. E dar para alguém recebendo outro em troca diminui muito a minha dor no coração de desapegar de um livro que eu gosto.

A gente sorteou usando aqueles sites próprios para isso é mandou os presentes pelo correio. A taxa dos correios pra livro é mais barata, então ficou um presente super legal por 5 reais (eu ainda dei sorte de tirar uma menina de BH mesmo e não gastei nada). O mais legal é que as meninas se mandaram cartinhas escritas à mão junto com o livro. 

Acho uma ideia de amigo oculto excelente. Diminuí uma posse inútil, ganhei um livro novo do qual a pessoa tinha gostado e ainda uma cartinha cheia de carinho.

Carinho não precisa ser expressado via consumo. Dar livros, artesanatos e comidas feitos pela própria pessoa, ou até serviços pode ser tão ou mais carinhoso, atencioso e divertido.


PS: ano passado publicamos um guest post muito legal com a ideia do amigo oculto de talentos. É uma ótima ideia também.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O que é caro? O que é barato?

No nosso blog de viagens, eu e o Leo dizemos com frequência que uma tal atração é cara (ou não) e/ou que uma tal estadia ficou barata (ou muito antes pelo contrário). A gente sempre põe o valor dos itens, porque sabemos que o conceito é altamente subjetivo, mas gostamos de deixar registrada a nossa opinião também.

Mas, na verdade, dizer que algo é caro ou barato é tão pessoal que talvez nossa opinião não valha nada (ou valha muito pouco). Para começar, não depende tanto quanto se imagina dos recursos da indivídua: conheço gente que ganha muito bem e acha os preços de tudo um horror. E tem quem não tenha um salário alto, mas veja com a maior naturalidade os valores das vitrines. 

Contudo, esse é a apenas o primeiro passo: considerar que um objeto custa pouco não significa que ele vá ser comprado, assim como se chocar com preços não é igual a desistir da aquisição. Há quem tente racionalizar o gasto pensando no uso: se o troço custa milhares de dinheiros, mas vai ser usado todo dia durante anos, aí tudo bem, porque serão poucos dinheiros por dia.

Não sei. O fato de eu ser uma tremenda pão-dura faz com que eu basicamente ache tudo caro. O que é um problema, porque isso não é tão diferente de achar tudo barato: significa falta de critério, isso sim.

Talvez a solução seja objetiva: separar tantos por cento do orçamento para diferentes categorias (sendo que uma delas é a poupança/investimentos, claro) e gastar aquilo sem esquentar a cabeça demais. Porque passar muito tempo preocupando com trocados também não é esperto, não. 

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Saúde é essencial

Sabe quando a gente fala que desapegamos do supérfluo pra focar no essencial? Então... A saúde da gente é uma dessas coisas essenciais, e exige dedicação.

Primeiro, é preciso cultivar hábitos saudáveis. Uma alimentação equilibrada e sem exageros. Atividades físicas que façam bem ao corpo. Noites bem dormidas. Mente sã. 

Mas nem sempre isso tudo é garantia de que não nos machucaremos e não ficaremos doentes. Eventos que fogem do nosso controle acontecem e algumas doenças são hereditárias, congênitas e outras nem a ciência sabe ainda dizer por que acontecem.

Para lidar com elas é preciso em primeiro lugar respeitar nossas limitações. Eu estou aqui sofrendo pra não sair fazendo tudo que eu gostaria com a minha mão machucada. Ela precisa de repouso. Assim como diversas outras enfermidades. Precisamos ajudar nossos corpos a se recuperarem.

Outra coisa fundamental é ir ao médico. Inúmeras doenças, síndromes e condições prejudiciais à saúde podem ser curadas e revertidas com facilidade se descobertas no início. Alguns pelos quais eu já passei: anemia, colesterol alto, infecção urinária e baixa B12. Todas condições que agravadas poderiam me trazer problemas sérios e talvez irreversíveis. Mas há casos em que o diagnóstico tardio é ainda pior.

Então aproveito sempre o fim de ano para fazer um check-up. Vou em todos os especialistas que não fui durante o ano. Tem me feito muito bem e recomendo a todos. É para esse tipo de coisa que a gente tenta reservar o tempo não usado para inutilidades. 

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Esse negócio de viver o momento...

... é a coisa mais difícil do mundo, pelo menos pra mim! Eu gosto de refletir sobre o ontem e planejar o amanhã, então já viu.

Quase todos os livros sobre felicidade que tenho lido - alguns bons, alguns bem ruins - pregam que a gente tem de se concentrar no agora. Que só dá pra ser feliz neste segundo. Que não adianta ficar preso ao passado, nem de olho no futuro.

Como assim não fazer planos para o depois? A minha vida mansa de sabático vai acabar - ano que vem! - e não é possível que eu não saiba exatamente o que vou fazer então! Como vou viver? No que vou trabalhar? Onde vou morar? Quero respostas, já!

Coisa de gente doida (ou pelo menos gente preocupada), eu sei.

A meditação ajuda a ficar mais presente, é verdade. Mas tenho estado muito ocupada com o futuro para meditar, oras!

Ser humano é um trem (observem o mineirês) esquisito: ele sabe exatamente a solução para seus problemas... mas não quer aplicar.

Afe.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Lesão e aceitação

Lembram que eu fui ao médico alguns dias atrás? O motivo foi que eu torci a mão. Estou com ela imobilizada. Isso já tem três semanas e não está sendo nada fácil.

Ficar sem poder usar a mão direita é mais complicado do que eu imaginava.  A gente fica totalmente dependente dos outros para um monte de coisas, e isso pra mim é dificílimo. Tenho me sentido sem controle, sem rotina e limitada. Tem sido um exercício de humildade e aceitação enorme. 

Reconhecer limites não é fácil, mesmo já tendo aprendido tanto sobre isso com o minimalismo. A gente tem que manter sempre em mente que dinheiro, tempo e espaço são recursos limitados, e que então precisamos gastar com consciência.

Agora estou tentando lidar com esse novo limite de movimentos, e ter paciência enquanto a lesão não é curada. Trabalhar essa aceitação é importante não só para que eu me cure o mais rápido possível, mas também para que eu lide melhor com os tanto outros que a vida nos coloca.