quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Presentes de natal

Os sobrinhos e afilhados escaparam da minimalização dos presentes de natal. Eles ganham, sim, objetos. Se morássemos todos na mesma cidade, talvez fosse mais fácil bolar uma experiência. Já que faz anos que estamos longe, eles recebem brinquedos e todos ficam felizes (esperamos).

Então, ontem eu e Leo saímos para comprar os presentes de natal das crianças. Vou resumir o evento em uma palavra: exaustivo. Decidir o que comprar é difícil, porque tem opção demais. Decidir onde comprar é difícil, porque há muitas lojas e a gente faz pesquisa de preço. E decidir fechar negócio é mais difícil ainda, porque sempre fica a impressão que ali na prateleira seguinte tem um brinquedo mais sensacional ainda.

Gastamos a tarde toda e chegamos em casa cansados, física e mentalmente. Acho que não sabemos mais fazer compras.

E vocês, já estão pensando nos presentes de natal? O economista Gustavo Cerbasi, no livro Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, recomenda que as compras sejam feitas em novembro, porque em dezembro o comércio aumenta os preços para aproveitar o consumo "obrigatório". E eu aconselho a:

1) fazer uma lista de pessoas a presentear;
2) decidir quanto você quer gastar no total e não ultrapassar esse limite;
3) tentar trocar objetos por experiências: em vez de presentes físicos, combinar um jantar, dar entradas de teatro ou ingressos para o parque (pensando bem, a gente fez isso com os sobrinhos do Leo no ano passado) ou oferecer livros virtuais (bom pra quem tem leitor digital ou lê no tablet).

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Onde estão os apartamentos minimalistas?

Eu e meu namorado estamos procurando um apartamento para alugar que seja condizente com nosso estilo de vida minimalista, mas é tão difícil de achar!

A maioria dos apartamentos é grande demais para nós dois e não queremos pagar por espaço que não vamos usar. São apartamentos para famílias com filhos, tendo 3 ou 4 quartos, o que não é o nosso caso. A gente também não precisa de quarto de empregada.

Quando achamos algum pequeno, é um prédio cheio de coisas - espaço gourmet, piscina, porteiro, elevador, salão de festas - o que faz com que o condomínio seja caro. Novamente, algo que não queremos e nem podemos pagar.

Além dessas exigências, a gente precisa de um lugar que seja bem servido de transporte público, porque não queremos ter carro, e que seja perto dos nossos trabalhos, para não perdermos muito tempo no trânsito.

Vou contar para vocês que está bem complicado de achar, mas não perderemos as esperanças. Continuaremos procurando. Desejem-me sorte.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Confiança no futuro

Tenho pensando nisso ultimamente: que, quando a gente decide se desfazer de um monte de objetos, na verdade está dando um voto de confiança à vida.

Estamos acreditando que o futuro será bom e próspero (não apenas materialmente). Que não vamos precisar daquilo que estamos passando adiante (ou, se precisarmos, vamos dar um jeito: pegando emprestado, alugando, improvisando ou, no pior dos casos, até comprando de novo).

Estamos, ao mesmo tempo, assumindo controle sobre nossas vidas (tomando decisões, eliminando o que não precisamos) e abrindo mão do controle (ou da ilusão de tê-lo): acho que quem é acumulador sente um grande conforto interno sabendo que, se um dia precisar de um terminal de trilho de cortina, ele vai estar guardadinho (encontrá-lo são outros quinhentos).

Por enquanto, o universo tem respondido de maneira muito positiva.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Preço alto não é sinônimo de qualidade

A discussão sobre pagar mais caro por produtos de melhor qualidade é bastante comum no minimalismo. Embora eu concorde em alguns casos, não são a maioria. É preciso atenção. Explico...

Muitas vezes, principalmente em lugares com muita desigualdade social como é o caso do Brasil, o preço alto reflete mais um posicionamento de mercado do que um maior custo de produção. Não quer dizer que o produto seja de melhor qualidade. Isso porque usar um produto caro confere status para quem o usa. Então a empresa vai e faz exatamente o mesmo produto que se vende ali na esquina, com o mesmo custo de produção, mesmas matérias-primas, e cobra mais caro. Logo logo as pessoas estão comprando só pra mostrar para os outros que elas têm dinheiro.

Vou dar um exemplo concreto para não ficar no campo das ideias: chinelo havaianas. Lá nos anos 1980, era coisa de pobre. Era um chinelo barato, confortável e com muita durabilidade, o que o levava a ser um item básico das camadas mais baixas da população. Mas aí veio a concorrência e as havaianas precisaram partir para novos mercados. Tiveram a ideia de conquistar as classes média e alta, que não queriam ser associadas a chinelos de pobre.

O que eles fizeram: mantiveram exatamente o mesmo produto, mudaram as cores, deram o nome de "Havaianas Top", colocaram uns mostruários bonitos em lojas descoladas (antes eram vendidas em bacias nos mercados), contrataram um pessoal famoso para fazer propaganda e aumentaram o preço. O resultado a gente sabe. Hoje havaianas "todo mundo usa" (que, aliás, era o mote das tais propagandas). Mas o produto é exatamente o mesmo. Mesma qualidade. Preço mais caro.

Foto de divulgação da Havaianas comemorativa de 50 anos. A branca com azul é o modelo original (não tinha, na época, essa placa prateada). A toda azul é o modelo top.

Além disso, muitas vezes o preço de um produto é maior porque ele veio de mais longe, porque se produz em menor escala ou até mesmo porque a matéria-prima é mais escassa ou custosa de trabalhar, o que não quer dizer que ele seja melhor.

Adotar o minimalismo vai contra a corrente, e não é fácil. Então muitas vezes a gente cria desculpas para nós mesmos para manter velhos hábitos. Normal. Como tudo na vida, acho que vale a pena ficar atento e refletir sempre.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A simplicidade de não ter filhos

Não tô dizendo que quem é minimalista não pode ter filho. O Leo Babauta tem. SEIS.

Não tô dizendo que ter filho não é bom. A Rita tem, e ela adora.

Só tô dizendo que, apesar de muita gente nem refletir sobre o assunto, não ter filhos é uma opção válida também. Às vezes a pessoa (ou o casal) não pode. Às vezes não quer.

Quando eu era criança, não queria me casar, mas tinha certeza que ia ter filhos. O Leo me fez mudar de ideia em relação ao primeiro, e juntos decidimos que não queremos o segundo.

De vez em quando a gente escuta um pedido de neto, sorri e fala que não vai rolar. Mas, de maneira geral, ninguém nos perturba ou assedia. Talvez porque a gente não dê muita abertura. Talvez porque na família já tenha tanto neto/sobrinho que a nossa (não) participação não faz falta.

A minha conclusão é a seguinte: ter filho pode ser muito bom. Não ter filho... também. Nós temos muita liberdade para tomar decisões, porque nossas decisões só afetam a nós mesmos. Podemos mudar de cidade, de emprego e de país sem piscar - aliás, não só podemos como o fazemos. Temos mais espaço de manobra financeira também. Tirar licença, trocar de carreira, um de nós parar de trabalhar pra estudar - tá tudo valendo.

É óbvio, mas acho que vale a pena registrar: quem não tem filho tem menos despesa, menos preocupação, menos estresse, mais tempo livre, mais liberdade.

Dizem que os filhos enriquecem a vida, e eu acho que é verdade. Mas uma vida sem crianças pode ser muito rica também.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

11 dicas para economizar água

Assim como os recursos de tempo e dinheiro são limitados, alguns outros da natureza podem até não parecer, mas são também. Acredito que buscar o uso reacional e sem desperdícios desses recursos pode contribuir para a preservação deles e também do nosso dinheirinho.

Vão aí algumas dicas que eu colhi aqui e ali para economizar no uso de água:

1. Evite banhos muito demorados.

2. Escove os dentes e faça a barba com a torneira fechada. Abra-a apenas para enxaguar.

3. Não use a privada como lixeira ou cinzeiro e não acione a descarga à toa. Ela gasta muita água.

4. Mantenha a válvula da descarga sempre regulada.

5. Fique de olho em vazamentos e conserte-os o mais rápido possível.

6. Ao lavar a louça, primeiro limpe os restos de comida com esponja e sabão e só então abra a torneira. Ensaboe tudo que tem que ser lavado e então abra a torneira novamente para novo enxágue.

7. Só ligue a máquina de lavar louça quando ela estiver cheia.

8. Evite lavar passeios com a mangueira. Prefira varrê-los.

9. Mantenha bem fechados os registros de chuveiros, torneiras e bidês para evitar que fiquem pingando continuamente.

10. Use um regador para molhar as plantas ao invés de utilizar a mangueira.

11. Use uma garrafinha ou um mesmo copo para beber água ao longo do dia, evitando a lavação em excesso.

São atitudes simples e com um impacto pequeno, mas acho válido.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Kindle Paperwhite: testei e decidi

O que eu achei do Kindle Paperwhite 2012 (em comparação com o Kindle 4):

1) ele é mais pesado: 221 gramas contra 170. É pouca coisa, mas faz diferença pra quem está acostumado à leveza do Kindle 4 - principalmente quando você está lendo na cama, pega no sono e o aparelho cai no seu nariz.

2) ele é maiorzinho: uns poucos milímetros - ele cabe no estojo do outro -, mas é perceptível. Não achei que incomodou.

3) a memória para armazenagem de livros é menor: 1,2 GB contra 1,35 GB. Ainda assim, dá pra enfiar muita publicação lá dentro.

4) ele é touch: em vez de usar as teclas das laterais e da parte inferior, você toca a tela. É mais moderno? É. Eu gostei? Não. Acho o acesso às teclas mais imediato (você não precisa tocar na tela para o menu aparecer, e aí tocar no comando) e a-do-ro o barulhinho que elas fazem pra mudar a página.

5) ele mostra as capas dos livros: você pode optar pela visualização "lista" (que é a única disponível no Kindle anterior) ou pela exibição das capas. A ideia parece ótima... até você perceber que só cabem 6 capas em cada tela. Aí, se você tem uns 300 livros arquivados, como eu, a coisa não funciona.

6) ele tem um acabamento aveludado: é uma delícia segurar, mas é um imã para marcas de dedos. As manchas ficam bem visíveis, principalmente porque o material é preto.

Ok, mas o mais importante: e a tal tela iluminada pra ler no escuro?

Bem, ela funciona. Dá pra ler direitinho. Mas eu não achei tão confortável quanto o Kindle original. Em ambiente escuros, o indicado é a configuração mínima de luz. Mesmo assim, achei que cansou os olhos. De dia, então, que a indicação é a configuração máxima, não gostei mesmo.

Não é tão incômodo quanto uma tela de computador ou tablet - a teoria é que a luz que dessas telas vêm de trás (elas são "backlit") enquanto a luz do Paperwhite viria da frente ("frontlit"). De fato, o efeito final é bem mais suave, mas, para ler as minhas várias horas por dia (não estou me gabando, é um vício mesmo) continuo preferindo o Kindle tradicional.

Conclusão: nada de upgrades para mim. Eu e meu Kindle continuaremos nosso caso de amor!

Atualização em 23/8/2014: não ficou claro no texto, mas não dá pra desligar a luz do Paperwhite. Fica sempre uma luzinha, ainda que mínima. Isso, pra mim, é o maior problema - se desse e ele ficasse igual ao Kindle 4, eu pensaria seriamente em comprá-lo. 

Atualização em 15/9/2014: me puxaram a orelha nos comentários porque eu não informei a versão do Kindle Paperwhite. Merecido. Não o tenho mais comigo (era emprestado), mas, pelo peso, é a versão 2012. Vou incluir a informação lá no primeiro parágrafo também.




PS: procurei resenhas na internet e li um monte de elogios rasgados ao Paperwhite. Fiquei me sentindo do contra, mas fazer o quê. Meu conselho: antes de comprar a nova versão do aparelho, dê um jeito de testá-la, pra ver se você gosta mesmo.

PS II: não tem um Kindle ainda? Eu apostaria no tradicional. Ele é bem mais barato (quase metade do preço) e, como diz o Leo, quanto mais simples o produto, mais difícil de dar problema.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Kindle Paperwhite: compro ou não compro?

A sociedade de consumo não quer só que você compre: ela quer que você compre sempre, substituindo o produto que você tem, mesmo que ele seja perfeitamente útil e funcional, por outra versão mais "moderna" e "eficiente" (e, geralmente, mais cara também).

É por isso que todo ano as empresas lançam novos tipos de celular, de computador, de carro (e não vou nem me estender sobre a indústria de moda, que faz isso duas vezes por ano!).

É verdade que às vezes o lançamento apresenta, sim, inovações em relação ao modelo anterior. Olha o meu caso:

Final de 2012. Lá estava eu, em plena lua de mel com meu Kindle. Aí a Amazon lançou a versão Paperwhite. É o mesmo produto, com as mesmas características, mas com uma vantagem significativa: a tela tem luz própria, então você pode usá-lo em ambientes escuros.

Me agitei toda. O Kindle tradicional é exatamente como um livro - isto é, você precisa de luz externa para enxergar a página. Isso não era um problema... até eu descobrir a outra possibilidade: um aparelhinho que permitiria a leitura em todos os momentos do dia (e da noite)!

Muita gente pode achar isso bobagem. Mas eu, que ia passar um longo período viajando, já imaginava trens pouco iluminados e camas sem luz na cabeceira, e o Paperwhite me parecia a soma de todos os confortos.

Só que, ao mesmo tempo em que eu ambicionava o novo modelo do Kindle, eu tinha consciência o que o meu, que me acompanha desde o final de 2011, funciona muitíssimo bem. E, como eu estou ligada na febre dos upgrades promovida pelos mercados (você tem de ter o novo, sempre!), segurei a onda.

Corta para os dias de hoje. Meu amor pelo meu Kindle continua forte, mas aqueles momentos em que a iluminação para a leitura não é a ideal se concretizaram. E, como o fim do ano está chegando, fiquei pensando se não seria uma boa oportunidade para aproveitar uma possível promoção de natal.

Mas sabe quanto custa o Kindle na Europa? 129 euros! É uma grana. E sempre havia o risco de eu não gostar da novidade. (O Leo ficava rindo de mim e dizendo que eu ia me desfazer do meu antigo e depois querer tomar o dele, então era para eu pensar bem.)

Aí dei uma sorte danada: os tios e os primos do Leo passaram por essas bandas em setembro, e eles compraram um Kindle Paperwhite (em Londres, por 109 libras). E me emprestaram por uns dias para eu testar!

O que eu achei? Leia no post de amanhã!

Kindle velhinho de guerra e a nova versão Paperwhite

De volta das férias do blog!

Fiquei um tempinho sem escrever no blog pra recarregar as baterias. Foi ótimo: estou descansada e cheia de ideias. Já até tenho post pronto: upgrade de Kindle para a versão Paperwhite, boa ideia ou maior bobagem?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Despertando para os investimentos: Pai Rico, Pai Pobre

Um dos livros que me despertou para a importância de investir meu dinheiro foi o "Pai Rico, Pai Pobre". Apesar de ser um pouco autoajuda, a ideia é muito interessante. Na verdade, acho até bom ser um livro tão simples porque a gente vai entendendo melhor a mensagem.

O autor fala sobre as diferenças entre os ensinamentos financeiros do seu pai, que lhe fala sempre para estudar muito e conseguir um bom emprego, e o pai de um amigo que lhe ensina que, para enriquecer, é preciso fazer com que o dinheiro trabalhe para você.

Resumindo bem a ideia do livro é o seguinte: quando você trabalha em uma empresa, está enriquecendo é o dono dela e o governo por meio de impostos. Se você quer ser rico, tem que fazer o dinheiro que você ganha trabalhar por você. E como você pode fazer isso?

Aí entra a segunda comparação do livro. O pai "pobre" tem um bom salário, mas gasta seu dinheiro. Ele compra uma casa para a família morar, carros novos, roupas, essas coisas. O "pai" rico é um empreendedor, ele investe seu dinheiro. Ele compra uma casa para alugar, ações para receber lucros, títulos para receber o pagamento em alguns anos.

É mais ou menos o que eu falei neste post aqui

Eu não gosto de algumas coisas no livro, mas a leitura é rápida e educativa. Recomendo.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

No pain, no gain

Essa expressão, que pode ser traduzida como "sem dor, não há ganho", foi populariza na década de 1980 nos vídeos de ginástica da Jane Fonda, mas sua origem é incerta (veja aqui, em inglês). De qualquer maneira, ela é muito usada no mundo dos esportes e dos exercícios físicos.

À primeira vista, a ideia de que é preciso sentir dor para ganhar alguma coisa parece bem pessimista. Parece ainda uma desculpa para incentivar excessos destrutivos nas dietas, nos exercícios e em outros esforços. Mas, pensando bem, faz sentido.

Em todos os aspectos da nossa vida, temos uma zona de conforto, que geralmente é onde estamos. Quando a gente quer mudar alguma coisa, evoluir, precisa se esforçar para sair dessa zona, e isso causa incômodo e também, em diferentes graus, dor.

Nos exercícios físicos, se você quiser ter ganhos de desempenho - correr mais, levantar mais peso, ter uma batida mais forte no tênis, sacar melhor no vôlei, aumentar sua flexibilidade etc. etc. - você vai ter que forçar um pouco o seu limite. Ir puxando e se ajustando continuamente, ou você continua sempre no mesmo lugar. A cada quebra de limite, vai um período de dor, de esforço excessivo, até o nosso corpo se acostumar. Para ser sincera, é justamente essa superação que me atrai tanto nos esportes.

Na vida, e no minimalismo, acredito que o caminho é o mesmo. Uma das bases do minimalismo é minimizar o consumo, o que para mim foi muito fácil, já que eu nunca fui consumista mesmo. Mas, ao mesmo tempo que é fácil, os resultados são insignificantes, afinal, eu já era pouco consumista. O ganho real vem quando eu supero as minhas dificuldades.

Para mim, sempre foi difícil desapegar. Primeiro porque eu sou muito controladora, então me sinto confortável tendo vários objetos que podem ser úteis um dia. Segundo porque eu não gosto de comprar, e cada desapego abre a possibilidade de eu precisar fazer uma compra no futuro. Então, para mim, é muito difícil desapegar. Tanto que é meu principal assunto aqui no blog. Eu falo pouco de não consumir porque não é um desafio para mim. Mas é justamente o desapego que me faz ter mais resultados.

Não vou negar que é doloroso algumas vezes jogar coisas fora, doar. É todo um esforço psicológico e emocional. Por isso vou aos poucos, forçando os meus limites. Enxergar os resultados me dá forças e motivação para forçar um pouquinho mais.

Se você quer mudanças reais na sua vida, vai ter que vencer desafios, se superar, forçar seus limites, aceitar o desconforto e a dor. Vá aos pouquinhos e vá se motivando com os resultados. Vale a pena.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Dia das crianças: troque e doe brinquedos

Sábado é dia das crianças. Como acontece com grande parte das datas comemorativas, o apelo ao consumismo é forte. Querendo fugir dessa tentação e ao mesmo não deixar as crianças sem brinquedos, o Instituto Alana está promovendo a ideia da trocas. O site http://mobilizacao.alana.org.br reúne informações sobre feiras de trocas de brinquedos em diversas cidades do Brasil.

O trabalho do instituto é muito legal. Essa iniciativa é mais uma ideia muito bacana. 


Outra ideia legal para colocar em prática nesta data é o desapego. Doe brinquedos. Há diversas crianças que não podem comprá-los e nem têm o que trocar. Então dê uma olhada na tralha dos seus pequenos e doe algo. Dê uma olhada nas próprias tralhas. A gente às vezes guarda brinquedos da infância como recordação, mas posso te garantir que eles seriam muito melhor aproveitados por uma criança que não tem com o que brincar. Então para de bobeira e doe ;)

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Aproveite a arte da sua cidade

Quando a gente viaja, sempre busca saber os museus mais famosos que têm na área para visitar. Às vezes, até nos dedicamos em excesso a esses programas. Mas eu tenho reparado que raras são as pessoas que lembram ou tomam a iniciativa de conhecer os museus (e os centros culturais) da própria cidade.

Já tem um tempo que venho pensando nisso e semana passada resolvi agir. Eu e meu namorado fomos à exposição "ELLES: Mulheres artistas na coleção do Centro Pompidou" no Centro Cultural do Banco do Brasil.


A entrada é gratuita e a exposição é bem interessante. Tem várias salas cheias de obras: pinturas, fotografias, vídeos e instalações.


De lá, fomos caminhando para o Palácio das Artes, onde vimos a exposição "A Magia de Escher". A entrada também é gratuita.

Já tinha visto fotos das gravuras do Escher, mas a experiência de vê-las ali ao vivo é muito mais legal. Além do que, essa mostra tem várias instalações que brincam com a nossa percepção do espaço. O pessoal se diverte. Estava lotada.


Aproveitei o passeio, a companhia do namorado e muita arte. Tudo isso gastando míseros R$ 5,80 (das passagens de ônibus de ida e volta).

Foi uma experiência fantástica. Pretendo ficar mais atenta ao que acontece na minha cidade. Eu moro em Belo Horizonte há mais de 25 anos e confesso que nunca prestei muita atenção nessas coisas. Devo ter visitado só um museu ou outro pela escola, quando era criança.

É um programa dos mais baratos e divertidos que fiz nos últimos tempos. Recomendo não só essas exposições, mas que todo mundo procure descobrir os museus, os centros culturais e os diversos eventos artísticos gratuitos que às vezes estão logo ali do ladinho.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Tralhas inacreditavelmente antigas

Acabei de entregar um freela e resolvi aproveitar o tempo livre pra ajudar no desapego do pessoal daqui de casa. Então me preparei psicologicamente e fui arrumar o quartinho do fundo, o chamado DCE, que virou um grande depósito de tralhas.

Além de ficar coberta de poeira e de ter um trabalho danado (não cheguei nem na metade ainda, depois conto mais), eu me diverti com algumas coisas que eu achei no meio da bagunça.

Apresento a vocês as tralhas inacreditavelmente antigas encontradas na minha casa:

Um CD-ROM! Lembram quando eles existiam? Será que eu mando para um museu?

Uma câmera fotográfica sei lá de quando. Nem sei se ainda funciona.

Uma "medalha" que eu ganhei em 1987, quando eu tinha 6 anos, por ter vencido um concurso de ditado no pré-primário (isso nem existe mais, certo?).

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Revisitando minha saúde

Lá no começo do blog, comentei que eu fui diagnosticada com uma gastrite nervosa. Comecei um tratamento simples, comendo de 3 em 3 horas, bebendo muita água e evitando coisas que fazem mal para o estômago, como café e fritura. No primeiro mês, tomei remédio para a azia. Poucos meses depois, parei de sentir qualquer desconforto. Continuo tomando os cuidados, e nunca mais tive problemas.
 
Um tempo depois, minha médica descobriu que eu tinha níveis altos do colesterol ruim, o LDL. Ela disse que tem uma parte do colesterol que o nosso corpo produz, independentemente da alimentação, e que isso tem a ver com uma predisposição genética.

Ela me avisou que eu provavelmente teria que começar a tomar remédio para controlar o colesterol, mas que eu podia tentar por uns meses diminui-lo apenas com a alimentação. Topei o desafio e, três meses depois, consegui. Os resultados abaixo mostram meu nível de LDL que foi de 173 para 131.


Minha médica me deu parabéns e disse que ficou impressionada. 131 ainda está no limite, mas o meu HDL é alto e isso equilibra as coisas. Eu continuo tendo que controlar minha alimentação, mas acredito que isso é uma coisa boa, pois minha saúda ganha como um todo.

Este post não tem muito a ver com o minimalismo. No entanto, eu ter problemas de saúde, sendo que pratico esportes e me alimento mais ou menos bem, foi uma das coisas que me despertou para o fato de que eu precisava mudar a minha vida. Logo, acredito que o minimalismo me ajudou também a superá-los.