sexta-feira, 29 de março de 2013

Cortando o próprio cabelo por diversão e lucro

Uns dias antes de viajar, o Leo e eu fomos ao salão. Ele cortou o cabelo curtinho, como sempre, e eu pedi um corte que não precisasse de retoque por muitos, muitos meses.

Existem cabeleireiros pelo mundo, mas também existe Youtube. E máquinas de cortar cabelo. Um belo dia, o Leo viu uma à venda por 10 libras (30 reais). E vinha com pente e tesoura!

Compramos e resolvemos experimentar. Primeiro ele aparou a barba, que andou deixando crescer por causa do frio que faz aqui. Ficou ótimo. Aí eu usei o aparelhinho para acertar atrás e a tesoura para fazer o contorno em torno das orelhas. Também ficou bacana.

Na internet, vi vários vídeos mostrando a melhor maneira de usar a máquina em cabelos curtos. Da próxima vez, não vai ser só retoque: vou cortar tudo mesmo.

E o meu próprio cabelo? Por enquanto ele está beleza, mas vi que existem uns vídeos legais explicando como cortar comprimento e franja. Aguardem!

terça-feira, 26 de março de 2013

Coletor menstrual: prático, econômico e minimalista

Costumo dizer que o coletor menstrual e o kindle foram as melhores descobertas minimalistas que eu já fiz. Deixa eu contar para vocês.

O coletor menstrual é um copinho de silicone ou plástico que a gente insere na vagina para que o sangue menstrual caia e fique ali. Deve ser colocado um pouco abaixo de onde fica o O.B., sendo mais confortável e tendo ainda a vantagem de não ressecar a região.

O sangue desce e fica dentro do copinho, sem contato com o ar, que é outra grande vantagem. O contato com o ar é que dá aquele cheiro horrível. Quando a gente tira o coletor, o liquido lá dentro tem cheiro de ferro, sabe? De sangue fresco. Muito mais agradável e higiênico.

Depois de um certo tempo, é só tirar, jogar o líquido na privada e lavar o copinho. Você vai perceber com o tempo com que frequência precisa fazê-lo (eu tiro de 2 a 3 vezes por dia). Então, é só colocar de novo. Outra vantagem do coletor. Você não precisa gastar todo mês com um tantão de absorventes e nem produzir tanto lixo. É muito prático e econômico. Com uns 4 meses, eu já estava no lucro. O meu custou 70 reais, e já uso há mais de um ano. A duração é de vários.

Antes de começar um novo ciclo, é fundamental ferver água em um recipiente com o copinho dentro, para desinfetar, mas cuidado para não esquecê-lo na água por um hora. Ele derrete. Eu perdi meu primeiro assim, em uma ocorrência de lerdeza extrema.

Usar o coletor mudou muito minha relação com a menstruação. O cheiro não me incomoda e preocupa mais, eu consigo saber direitinho o tanto que estou menstruando, não fico com aquele volume chato entre as pernas e nem com aquele O.B. me dando cólicas, não preciso lembrar de comprar absorvente, e nem carregar reservas na bolsa. Me sinto mais limpa e confortável. E de quebra ainda economizo e não poluo o meio ambiente. Só tem pontos positivos. Recomendo fortemente para todo mundo que menstrua.

O meu é desse modelo, do verdinho.
O meu é da marca Meluna e comprei pelo site, mas há outras opções. Já ouvi falar do Misscup e do LadyCup.

Fui convencida a testar o coletor graças a este post no Blogueiras Feministas, que ainda por cima tem excelentes dicas.

Sou usuária fiel e satisfeita do coletor há mais de um ano. Se tiverem duvidas, e só falar.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Tamanho é relativo

Aqui em Edinburgh (ou Edimbra, como falam os locais), alugamos um apê para ficarmos 4 noites. Quarto, cozinha, banheiro e uma sala de estar/jantar. 

Estamos achando enorme, espaçoso, confortável. O pé direito é alto, os cômodos não são pequenos e tem até corredor, mas vejam bem, é um apartamento de 1 quarto.

Decidimos que, se no futuro compramos/construirmos um imóvel, esse tamanho e configuração são ótimos. O banheiro fica do lado do quarto, mas como não é suíte, dá para receber visitas - que serão instaladas na sala - confortavelmente. No quarto tem mesa de trabalho e cadeira. Os armários são poucos, mas como não queremos ter muita coisa, até sobra espaço!

Quando nos casamos, alugamos um apartamento com 4 quartos e 3 banheiros. Em retrospectiva, o que me choca não é só o tamanho, mas também o fato de a gente não achar nada de mais!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Minimalismo na Mala da Praia

Acabei de voltar da minha primeira viagem para a praia depois que o minimalismo entrou na minha vida. Fiquei uma semana. A mala foi um desafio. Apesar de eu não ser de me arrumar muito, eu tendo a levar um tanto de coisa baseada em possibilidades remotas (vai que sou convidada para uma festa de gala, vai que meu biquíni estraga e preciso de outro, vai que de repente faz um frio glacial etc. etc.). Este ano, consegui me conter.

Toalha. Como fiquei em hotel, usei a deles. Então, contrariando o Guia do Mochileiro das Galáxias, não levei toalha.

Produtos. Contando com o hotel, também não levei sabonete (deu certo). O namorado levou o shampoo e o condicionador (usamos o mesmo) e eu levei o protetor solar para os dois. Mais escova e pasta de dente, desodorante e hidratante.

Sapato. Praia é lugar de chinelo. Além dele, fui com um tênis no pé (pra jogar tênis, correr e fazer passeios com caminhada) e levei uma sapatilha preta para as noites. Com short, ficava despojado. Com vestido, mais chique.

A foto está escura, mas é a única em que eu apareço de corpo inteiro sem ser de biquíni. Olha a roupa: short, blusa, sapatilha. Ah... Deu pra perceber pra onde eu fui, certo?
Shorts, calças e saias. Short é uniforme de praia, então levei 5 (2 pro dia, 2 pra noite e 1 pra jogar tênis). Calça, só a do corpo (sinto muito frio em aviões). Levei uma saia, mas não usei.

Vestidos. Levei um bonitinho para passear, ir em restaurantes, mas que não ficava demais para ir ao shopping, sabe?

Blusas. É o que mais levei. Fresquinhas, que não amarrotavam. Levei 9. Usei 8 (foi o mais próximo da perfeição que cheguei). Levei um casaquinho leve, que foi no corpo.

Além disso, a bolsa com as coisas de bolsa mesmo, máquina fotográfica, kindle, canga, roupa íntima e biquíni.

Foi quase perfeito! Não precisei de nada que não tinha levado e só voltaram uma blusa e uma saia sem usar.  Fui com a bolsa de mão e uma mala pequena, super fácil de transportar.

Fiquei pensando que, se fosse o caso de aparecer um evento (o que não aconteceu), eu me virava e comprava algo lá. Afinal, não estava indo acampar longe da civilização.

Praia é lugar de usar pouca roupa. A maior parte do tempo, é biquíni, chinelo e canga.

Uniforme da praia.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Produtos 2-em-1

Eu tenho pouco espaço na mala, pouco tempo sobrando e pouca paciência para cuidados "de beleza". A solução que encontrei é arrumar uns produtos multiuso.

Não sou fã de hidratantes: tenho a maior preguiça de ficar passando aquele coisa visguenta no corpo. Mas pelas bandas de cá, com o frio, e a secura e as roupas justas, a pele tá pedindo socorro. Então, quando nosso sabonete acabou, arrumei um um gel de banho "com pérolas de óleo". É da Nívea e baratinho (custou 1,30 libra), mas parece que funciona. E tem outra vantagem: não precisa de saboneteira para ser transportado.  

Condicionador deixei de usar há vários anos, depois que descobri que ele não faz nada pelo meu cabelo, que é liso e fino. E como larguei as tintas/tonalizantes/luzes também, ele não precisa de ser restaurado/revitalizado/reconstruído. Xampu pra cabelo normal ou oleoso resolve. Mas bem que eu gosto quando ele está mais encorpadinho. Existem uns sprays e géis pra isso, mas se eu não uso nem condicionador, vou usar essas gororobas? Aí descobri que existe xampu volumizador. Tô achando uma beleza: o cabelo fica menos escorrido, e isso sem acrescentar nem um passo na minha rotina! E também não foi caro: 2 libras.

E pensar que há uns anos eu tinha prateleiras e prateleiras de produtos de beleza em casa. Humpf.

terça-feira, 19 de março de 2013

Sobre o blog

Estou de férias! Vou aproveitar esses dias para descansar e aproveitar a vida, mas também para dar uma mexida no blog. Gostaria da opinião de vocês. Como vocês acham que o blog poderia melhorar visualmente e funcionalmente?

Antigamente, quando os blogs eram construídos em HTML, eu conseguia mexer no layout todo. Agora é mais travado, então eu vou ter um pouco de dificuldade, mas vou tentar. Boa sorte pra mim.

Criei também uma página no Facebook para compartilhar os posts e outros assuntos minimalistas. 


Eu tinha tentado há um tempo manter uma conta no Twitter, mas não deu muito certo. Acabei abandonando. Muita gente hoje só acessa links e blogs pelo Facebook. Acabei me rendendo :)

segunda-feira, 18 de março de 2013

Leitor digital: um grande amigo do minimalismo

Eu não sou uma pessoa altamente tecnológica. Nunca tive espertofone. Não ligo para produtos da Apple. Não preciso dos últimos lançamentos. Mas o Kindle mudou minha vida (e acho que isso vale para leitores digitais em geral). Eu tinha centenas de livros em papel, e hoje não tenho praticamente nenhum (ok, uns de consulta/difíceis de encontrar eu guardei).

E-reader é uma maravilha em viagens. Começando com os guias: em um passe de mágica, centenas de páginas, quilos de papel, viram arquivos eletrônicos e sem peso. Mas o que eu estou achando mais bacana ainda é a facilidade de adquirir livros novos na estrada: alguém falou de um escritor local bacana, ou você descobriu que o romance tal é leitura obrigatória para entender o país? Em 30 segundos eu acho e compro. Ou localizo no site do Projeto Gutenberg e baixo de graça.

Agora que estou na Irlanda, comecei a ler Viagens de Gulliver, do Jonathan Swift (achei chato e larguei) e Oscar Wilde (as peças dele são divertidíssimas). Quando voltarmos à Inglaterra, vou reler os meus preferidos da Jane Austen (que são todos, menos Northanger Abbey). E quando estava no Vietnã, li O Americano Tranquilo e arrumei um novo  ótimo escritor para explorar: Graham Greene.

É exatamente assim que eu me sinto. 

sexta-feira, 15 de março de 2013

Área de trabalho minimalista

Comecei a organização do meu computador com o mais simples e visível: a área de trabalho. Estava cheio de atalhos de programas e de arquivos variados. Aquele tanto de coisa na tela tira o foco, cansa.

Para começar, coloquei todos os arquivos em pastas ou exclui. Não vou mais salvar outros ali. A gente perde o controle rapidinho. Aí fica aquela bagunça lá.

Deletei os atalhos. Acesso tudo que preciso via botão do windows.

Agora, na minha área de trabalho do PC (meu computador particular), tenho apenas a lixeira. Eu gosto de tê-la na área de trabalho para vê-la sempre vazia e não ir esquecendo coisa lá. Mas quem não tem essa loucura minha, pode deixar até a lixeira fora.

Tem ainda o menu de inicialização rápida. Ali eu deixo só a hora, o ícone do volume, da bateria e da rede, que são coisas que eu monitoro constantemente. O resto, não precisa ficar visível.

Na minha área de trabalho do Mac (computador do trabalho), não há mais arquivos também. Só deixo o dock, com os ícones dos programas que eu uso todos os dias.

Na hora de escolher papéis de parede, eu prefiro algo escuro, para não cansar a vista mais do que o necessário. Talvez no futuro eu deixe tudo pretão. Por enquanto, está assim:

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sem compras, sem stress

Muitas vezes parte da graça de uma viagem são as comprinhas que você faz - seja porque no Brasil não tem, ou porque tem no Brasil mas é muito mais caro.

No passado, acabei concluindo que uma boa maneira de juntar o útil ao agradável era comprar objetos práticos, que eu realmente usasse, em vez de lembranças óbvias demais, como bonequinhos e enfeitinhos.

Hoje, não compro nada, ponto. (Ok, compramos coisinhas fofas para os afilhados e sobrinhos, mas é para eles não esquecerem da gente, né?) Não vou dizer que não dá vontade: às vezes a gente passa em lojinhas de rua muito lindas, como em Notting Hill.

As plaquinhas mais fofas do mundo
Mas eu me contenho. Por um monte de razões: para não ter de carregar na mala; para não gastar; porque não tenho mais casa; porque não sei a cara que a casa vai ter quando eu tiver uma de nova.

E tem outra vantagem: sem comprar eu não me estresso. Porque eu não consigo fazer uma aquisição sem pesar prós e compras, fazer pesquisa de preços e me angustiar na hora de escolher entre o item A ou B.

Então eu só espio.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Pequenos luxos

Agora a gente não tem mais casa - viramos nômades, e ficamos viajando por aí, alternando entre hotéis, albergues e apartamentos mobiliados.

E, olha, está sendo bom. Cada "casa" nova é um celeiro de novidades. Aqui em Dublin, alugamos um apê cuja dona é roteirista - e o lugar está repleto de livros e filmes. Estamos falando de pilhas e pilhas, gente.

Se não temos domicílio fixo, o jeito é curtir os alheios. E eu curto: cada torneira de água quente, cada chuveiro forte, cada caminha gostosa. É claro que às vezes tem inconvenientes: montes de degraus, por exemplo, e malas a fazer e desfazer. Mas eu os ignoro solenemente, e foco no que é bom.

Sabe o apê atual? Tem lareira.

7 graus negativos lá fora, quentinho aqui dentro.

Eu desconfio que esse é um dos segredos da felicidade: prestar atenção no que é bom, e relevar o que não é. Na minha situação atual, é praticamente tudo bom, então fica fácil - mas todo mundo conhece uma pessoa que está em uma ótima posição (afetiva, profissional, financeira) e não para de resmungar.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Por que compramos e comemos tanto?

É fato que comprar e comer são necessidades. A gente precisa comer para viver e precisa comprar para funcionar na nossa sociedade, que já não se pratica mais trocas ou subsistência. Até aí, nenhuma novidade.

A questão é que a gente não compra e come apenas para sobreviver, algo que acho importante refletir ao se pensar em minimalismo. Comprar e comer são experiências culturais, de socialização, de prazer e também de compulsão.

A gente compra e come quanto está triste, com ansiedade ou baixa auto-estima. A gente compra e come para tentar se sentir melhor por um momento, para tentar preencher um vazio. Tudo muito legítimo. 

O problema é que o prazer é momentâneo e muito ligeiro. E se o que causou a tristeza/ansiedade/baixa auto-estima continua existindo e não for resolvido, o sentimento vai voltar, acrescido ainda da culpa por ter gastado/comido mais do que devia. Aí é hora de ter que fazer aquele esforço para economizar e controlar a alimentação, o que gera mais problemas emocionais, o que nos leva para o excesso de novo e lá se vai o ciclo sem fim.

Eu não sou de comprar. Mas eu tendo a buscar refúgio na comida. Então já vivi vezes sem conta esse ciclo descrito aí em cima. De uns tempos para cá - graças a terapia, amadurecimento e muita reflexão - tenho buscado focar na resolução dos problemas. Se algo está me deixando emocionalmente abalada, ao invés de correr pros braços do chocolate, tento pensar no que realmente está gerando aquele incômodo e atuar em cima disso, nem que seja trabalhando em mim a necessidade de aceitar uma situação desfavorável que eu não possa mudar.

É difícil, e nem sempre a gente consegue, mas com o tempo e com auto-conhecimento, vamos quebrando o ciclo. Se livrando dos excessos, podemos fazer com que os atos de comer e comprar voltem a ser para sobrevivência mas também aqueles momentos de prazer, sem culpas. 

Notícia escaneada do jornal Metro que eu peguei no sinal
e me deu ideia para este post. Clique na imagem para ampliar.

quinta-feira, 7 de março de 2013

De quanto espaço a gente precisa pra viver?

Desde que me mudei para a kitchenette em Brasília, a minha resposta é: pouco. Tenho vivido em hoteis e apartamentinhos desde então, e a resposta virou "menos ainda".

Vou qualificar essa resposta, lógico. Pouco espaço, mas muito bem planejado e organizado e - muito importante - situado em um lugar que ofereça muitas atrações e possibilidades de ficar fora de casa.

Aqui em Londres, onde vamos ficar uma semana e já estamos no meio dela, estamos hospedados em um bairro central, em um apart-hotel/apartamento de 12 m quadrados. O banheiro tem mais uns 4. Nossa "casa" atual é tão lindinha e funcional que eu tenho me sentido muito aconchegada e confortável (fotos aqui).

É tudo uma questão de hábito. Eu achei o mini-apê pequetito quando me mudei para ele, no meio de 2012; hoje, quando me lembro dele, fico pensando que era espaçoso!

Isso não quer dizer que quero que todo mundo more em lugares minúsculos. Eu tenho pensado como os espaços públicos são importantes na nossa vida e como, em muitos lugares do Brasil, por questões de segurança, a gente os aproveite muito pouco.

Mas as coisas estão mudando, né? Tenho esperanças que daqui a alguns anos a gente possa aproveitar intensamente as nossas praças e parques.

Jardim público em Londres. Tá vazio porque é o meio da tarde, mas  dali a pouco aparecem os corredores, donos de cachorros e mamães/papais com seus bebês. 

terça-feira, 5 de março de 2013

Ainda sobre a questão saúde X beleza

Desde que tive uns problemas de saúde no ano passado, passei a tomar mais cuidado com a minha alimentação. Apesar do dilema apontado pela Lud, infelizmente alimentação não é só questão estética.

A alimentação afeta todo o funcionamento do nosso corpo. E a gente tem que parar com essa ideia de que o corpo é apenas enfeite e receptáculo de roupas (hehe.. ficou engraçado). Ele é muito mais do que isso. É o que nos permite viver e interagir com o mundo. Escrevi mais sobre isso aqui.


Uma alimentação inadequada afeta a disposição, a memória, o raciocínio e a mobilidade. Pode diminuir seu tempo de vida, causar inúmeras doenças e deficiências com inúmero sintomas desagradáveis e limitadores. 

Vou dar o meu exemplo. Eu sou uma pessoa considerada magra, jovem (32 anos) e praticante de esportes. Mesmo assim, já tive diversos problemas que foram resolvidos apenas com cuidado com alimentação.

Já tive falta de vitamina B12 que bagunçou minha memória e eu só fui descobrir em um exame de sangue de rotina. Eu fiquei um tempão achando que era esquecida mesmo, ou que era o stress que me deixava assim, mas a alimentação também influencia e muito no cérebro. Foi passar a ingerir mais carnes que tudo melhorou.

Eu tenho colesterol alto, não por problemas na alimentação ou sedentarismo, mas por herança genética, e a única maneira de evitar começar a tomar remédio para isso é controlar ainda mais a alimentação e continuar com os exercícios. 

Eu tive anemia, também não por alimentação, mas por perda menstrual, e fiquei mais de um ano achando que eu estava sempre cansada e com cabelos caindo por causa do stress da vida, mas não, era físico. Tomei injeções de ferro para repor a reserva, e depois controlei com alimentação. Tem uns dois anos já que minha reserva de ferro está linda.

Para aproveitar ao máximo o nosso corpo, é preciso cuidar dele. Prestar atenção no que te faz bem ou te faz mal, fazer consultas médicas e exames periódicos. Você pode estar subaproveitando suas possibilidades e nem estar sabendo.

Para terminar, queria só enfatizar que se alimentar bem não é a mesma coisa que fazer regime. E que ser magro não é a mesma coisa que ser saudável, nem ser gordo é igual a ser doente. A mídia tenta fazer a gente acreditar que sim, mas não é não.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Reeducação alimentar on the road

Recebi um monte de sugestões legais na postagem em que reclamava das calças apertadas. Obrigada, pessoal: fiquei muito animada para fazer algo a respeito (que não fosse comprar calças novas).

Eu acho que comer de maneira saudável em viagens não é fácil. Em todos os pontos turísticos, o que está a venda é um monte de petiscos. E, na ânsia de passear mais e ver mais, a gente acaba optando por fast food mesmo. Sem falar que chocolate é um lanchinho prático e tão fácil de levar na bolsa...

Mas agora a situação melhorou para o meu lado. Vamos ficar sete dias em Londres, e temos uma cozinha completa (já já boto fotos!). Então deu para ir ao supermercado e comprar frutas, salada, cereal e iogurtes. Convoquei o Leo para me ajudar: ele me fez passar direto, sem parar, nas prateleiras de guloseimas (chuif!). Estamos saindo de casa daqui a pouco, e estamos levando água, maçã, um sanduíche caprichado - e nada de bombas calóricas.

Aí fica claro que, na hora de aumentar a qualidade da alimentação, o minimalismo funciona também. Fugir dos processados é o primeiro passo. Quanto menos industrializado, melhor.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Reclamando menos e fazendo mais

Estava reparando em como a gente reclama o tempo inteiro. Todo mundo. É um hábito tão natural que a gente nem percebe.

O tempo: esse grande gerador
de reclamações.
Reclamações são os mais habituais ganchos para conversa. Encontra alguém no elevador? Reclama do calor (ou do frio, ou da chuva, ou do tempo seco). Encontra com os colegas no trabalho? Reclama do sono, da preguiça, do chefe ou do fim de semana que não chega.

As reclamações têm seu lugar. São boas para iniciar conversas, criam laços (as pessoas sentem empatia) e servem como desabafo. Mas acho que a gente reclama demais (e o minimalismo não combina com "demais"). Dia desses me peguei reclamando do calor, mas quando fui pensar vi que nem estava achando o calor ruim, era mais o hábito de reclamar mesmo e para preencher o silêncio na sala.

Então me propus um desafio (adoro!): quando eu pensar em reclamar de algo, tenho que pensar em como resolver e não falar nada. Está calor? Ligo o ventilador, tomo água gelada, penso em usar uma roupa mais fresca no dia seguinte... E fico calada. Estou com sono? Tomo café, me programo para dormir mais cedo na próxima noite, penso se tem algo me atrapalhando a dormir... E fico calada.

Só vou falar se for para pedir ajuda ou se minha ação afetar os outros. Exemplo: "Está calor, né? Posso ligar o ar condicionado?".

Se for para iniciar conversa, ao invés de reclamar penso em um tema sobre o qual realmente quero conversar. Exemplos: "E o jogo do Galo ontem, hein?" (Sim. Eu adoro futebol, e conversar sobre). "Vi o filme tal esse final de semana. Achei o final meio chato". E por aí vai.

Acho que vou aprender mais sobre assuntos diversos e tirar um pouco de pessimismo da vida. Vamos ver como eu me sinto...