terça-feira, 5 de novembro de 2013

Pare de dar desculpas

"Minha vida melhorou 1000% quando eu parei de fingir que a sociedade não tinha nenhuma influência no meu comportamento e nos meus padrões de pensamento e passei a focar em desaprender essa porcaria ao invés de criar motivos para defendê-la." (Tradução livre deste post no tumblr).

Li o trecho acima no tumblr e ele resume algo que já falei aqui, mas espalhado em alguns vários posts. É algo que eu tento manter sempre em mente na hora de tomar uma decisão de compra, de desapego e de outras questões relacionadas: até que ponto os meus motivos são genuínos e onde eles começam a ser desculpar para manter velhos hábitos?

É muito difícil saber esse limite, porque a gente não pode negar que não existimos no vazio e o que somos é moldado pela cultura e pela sociedade em que vivemos. Então buscar uma essência do nosso ser desconectada de tudo é meio infrutífero.

O minimalismo inclusive, por mais que vá contra os hábitos e os valores da maioria das pessoas, também é originado de valores da nossa sociedade. Então nenhuma escolha nossa é totalmente dissociada dela. É importante reconhecer tal fato, mas isso não quer dizer se deixar totalmente ir indo com o fluxo.

Quando eu tomei a decisão de adotar o minimalismo como estilo de vida, eu sabia que teria que fazer várias escolhas difíceis, e claro que me sinto tentada a manter velhos hábitos. No meu caso especificamente, eu tenho dificuldade de jogar coisas fora ou doar. Então, sempre que vou tomar esse tipo de decisão, tenho que fazer um grande esforço para não dar desculpas para mim mesma que justifiquem eu manter aquilo. 

É importante ter esse tipo de honestidade consigo mesmo. Até quando você decide mesmo assim fazer algo que não seja lá muito minimalista, ou sair do regime, ou comprar algo caro mesmo precisando economizar, ou fazer uma extravagância qualquer. 

7 comentários:

  1. Acho que é essencial que sejamos fieis a nós mesmos. Muitas vezes as pessoas entram numa "moda" mas não é o que elas são de verdade. Mais importante de tudo é que a gente se encontre. Descubra o que nos motiva, o que nos faz feliz e o que é o sentido da NOSSA vida. Claro que o meio em que vivemos influencia muito na nossa maneira de encarar os fatos, mas quando somos fieis a nós mesmos é mais fácil focar!

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    1. Também acho, Bruna. Mas não é simples. É preciso muito esforço e atenção, além de vontade também, né?
      ;)

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  2. Gosto muito desses posts mais reflexivos e filosóficos. Acho que eles ajudam às vezes até mais do que os de ordem eminentemente prática (que também adoro). Mas chega um ponto no qual precisamos muito mais refletir sobre os conceitos para seguir em frente. Grande abraço e parabéns!

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    1. Que bom que você gostou, Julia. Também acho que pensar e refletir é importante. As questões práticos acabam sendo um reflexo disso, né?

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  3. Bem, vivemos em sociedade e também numa pequena sociedade que é a família e que tem forte influência sobre nós. Concordo com você, não dá para negar isso. Eu gostei do momento em que passei a ter consciência disso, porque aí eu comecei a ficar atenta sobre o que é bom para mim e o que não é bom. Parece que acende uma luz, sabe? E muito do que fazemos e pensamos aprendemos com a sociedade e família. No entanto, temos toda a liberdade para repensar isso e buscar dentro de si quem somos verdadeiramente e o que queremos para nossa vida. Acho que o movimento para a mudança é algo complexo e difícil. Que requer esforço principalmente quando o mundo fora está navegando em outra direção. Acho que todo o movimento vale à pena, traz paz e tranquilidade, e certeza de estamos trilhando o nosso caminho.

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    1. Sei como é sim, Andreia. E concordo que a influência da nossa família é grande. Concordo que para mudar é preciso esforço. Só acho que escolher um caminho nem sempre tem a ver com essa busca de quem realmente somos, porque isso é uma coisa difícil de se definir. Acho que tem mais a ver com quem queremos ser, e aí sim vem essa paz e tranquilidade. Beijo!

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  4. Hehe... Por isso eu procuro nem olhar para promoções, para não me sentir tentada. Hehe... Na minha última viagem, eu acabei não resistindo e comprando um ipad porque estava barato e coisa e tal, mas vou te falar que não tinha a menor necessidade. Hoje eu até que o uso bastante, mas não me faria falta se eu não tivesse. Eu me arrependo, viu? Mas do e-reader não. Foi uma das melhores compras da minha vida.

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