Minimalismo é eliminação de supérfluos. Pessoa pode resolver ter uma única bolsa e comprar uma Chanel 2.55 (aquela que custa uns dois mil dólares).
Economia é contenção de gastos. Pessoa pode gastar poucas dilmas em bolsas e ter várias (porque comprou em liquidações e brechós ou ganhou de presente).
Quando adotei o minimalismo, travei algumas lutas contra meu bom-senso econômico. Eu sou do tipo "quem guarda tem", que jura que manter um monte de tralhas é praticamente dinheiro no bolso - se um dia você precisar daquele item, está lá na gaveta. Já o minimalismo quer que você se livre de tudo que não seja imediatamente útil - nada de ficar estocando objetos para uma necessidade eventual que pode jamais ocorrer.
No fim das contas, o estilo de vida mínimo tende a resultar em redução de despesas: para guardar coisinhas, você tem de ter armários/gavetas/baús, que ficam em quartos, o que te obriga a alugar/comprar uma casa maior, o que desagua em custos maiores de manutenção, eletricidade e impostos. Poucos objetos = menores gastos. Mas há os minimalistas que gostam de investir em experiências (em oposição a bens materiais), e aí já viu: dormir em hotel de gelo e acampar no deserto não fica barato.
Eu me considero uma subespécie minimalista: a minimalista econômica. Gosto de ter pouca coisa, e gosto de ter um custo de vida baixo. Para mim, o resultado da soma desses elementos é liberdade: de ficar um tempo sem trabalhar, de mudar de endereço, de viajar por aí.